
Um dos legados do Brasil de Lula 3.0 está na felicidade tóxica de uma parcela de privilegiados. A obsessão de uns poucos bem-nascidos em parecer “gente legal”, em atrair apoio social, os faz até manipular a carteirada para cima e para baixo, entre um sentimento de orgulho aqui e uma falsa modéstia ali, sempre procurando mascarar a hipocrisia que não consegue se ocultar nas mentes dessas pessoas.
Com a patrulha dos negacionistas factuais, “isentões” designados para promover o boicote ao pensamento crítico nas redes sociais, a “boa” sociedade que é a elite do bom atraso precisa parecer, aos olhos dos outros, as mais positivas possíveis, daí o esforço desesperado para criar um ambiente de conformidade e até de conformismo, sobretudo pela perigosa ilusão de acreditar que o futuro do Brasil será conduzido por um idoso de 80 anos.
Quando ouvimos falar de períodos de supostas regeneração e glorificação do “povo brasileiro”, nos animamos no primeiro momento, achando que agora o Brasil será a nação mais feliz e próspera do planeta. Mas depois percebemos a farsa, quando não somos nós os “predestinados”, mas uma parcela de gente que ganha fácil sem necessidade e sai em busca de privilégios e vantagens abusivos e extremos.
No atual contexto de Lula, a elite do atraso, expurgando aqueles que aderiram a Jair Bolsonaro, decidiu se repaginar para se transformar na “classe social mais legal do planeta”. Em plataformas como Instagram, Facebook, Tik Tok e WhatsApp, sem falar no emergente Blue Sky, a burguesia ilustrada e sua frente ampla social se empenham na busca de prestígio através da lacração e, portanto, precisam se sustentar pelo sistema de valores vigente que lhe garante as vantagens desejadas.
E o que faz a elite do bom atraso se achar, hoje, a “classe social mais legal do mundo”, engajada no apoio a Lula em prol da sonhada dominação do planeta?
Simples. É uma classe cujos indivíduos ganham bons salários, têm acesso aos mais desejados bens de consumo, possuem amigos importantes e muitos seguidores nas redes sociais, se achando os “reis” nesse mundo de miniatura das mídias digitais.
Quando escrevem, algumas centenas de pessoas são capazes de concordar com quase tudo, mesmo que o texto seja uma besteira ou uma enorme narrativa sem pé nem cabeça. Isso lhes dá uma ilusão de ter a verdade em suas mãos, uma vez que ele se baseia nas visões oficiais trazidas pela mídia empresarial para produzir argumentos facilmente compartilhados por muitos.
Há também o lazer descolado que, apesar do nome, é coladíssimo no mainstream - apesar de todas as poses de “diferentão” metido a alternativo ou vanguardista - , seguindo sempre os sucessos do momento. E isso tudo mantido dentro dos parâmetros da mesmice, seja no hit-parade, nos best sellers, nos blockbusters e nos campeões de audiência e por aí vai.
E tudo isso porque o que importa não é a individualidade, mas o que a “manada” curte, e mesmo a “individualidade “ só serve para misturar o joio do trigo, como uma pessoa que curte rock e axé-music ao mesmo tempo.
É uma cultura deteriorada, mas defendida com arrogância e megalomania. Afinal, são “as pessoas mais legais do mundo”. O mundo pouco importa, o que importa é a burguesia ilustrada e bronzeada que acha que pode prevalecer na humanidade planetária devido à sua alegria e curtição. Mesmo com seu viralatismo cultural saltando aos olhos de qualquer um.
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