A esperança dos lulistas em ver o presidente Lula garantindo o ingresso ao quarto mandato está cada vez mais incerta. Mesmo as supostas pesquisas de opinião apontam o agravamento da desaprovação do governo, definido como ruim ou péssimo, pelo índice de 53%, e isso é apenas uma amostra suavizada do que ocorre na realidade, onde a rejeição a Lula torna-se cada vez pior.
O bloqueio de R$ 31,3 bilhões do Orçamento de 2026 vai complicar ainda mais a situação do governo. Os cortes de investimentos do governo Lula chegam mesmo a ser comparáveis com os do governo Michel Temer e contrastam com a imagem fantástica do “presidente das realizações fabulosas”, como os ditos “recordes históricos do Efeito Lula”.
O mais vergonhoso é Lula querer informar a realidade dos fatos de que ele está “realizando” os tais “recordes”. Os fatos não podem existir por si, pois Lula é o senhor de tudo, da realidade à democracia. É como se o universo girasse em órbita em torno de Lula, o centro de tudo, prestes a mais uma vez brincar de ser anfitrião como convidado-ouvinte da reunião de cúpula do G-7, o grupo dos sete países mais ricos do mundo.
Mas aí vemos o que é a realidade. A realidade dos fatos não pode ser escrava de um homem, não se pode aceitar o monopólio de uma forma, por sinal antiquada, de ver a realidade. Precisamos aproximar as narrativas da fidelidade aos fatos e não da vontade de uns poucos indivíduos supostamente iluminados.
Vemos tanto os bloqueios dos investimentos quanto a manutenção dos juros da dívida pública altos, o que mostra que Lula não soube combater o legado de Michel Temer, fazendo com que poucas realizações fizesse pelos brasileiros. É inútil apelar para o relatorismo e narrar coisas fantásticas, pois os alegados recordes históricos não refletem no cotidiano dos brasileiros. Por exemplo, que “queda recorde do desemprego” é essa se a oferta de trabalho prioriza o emprego precarizado, mesmo aquele que segue as normas da CLT?
O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o bloqueio de gastos públicos, inclusive para Educação e Saúde, e os juros altos da dívida pública fazem com que a economia esteja tão fragilizada. E esse contraste com os relatos fantásticos do "Efeito Lula" fazem com que o povo pobre da vida real fique profundamente decepcionado com o presidente.
Mas o problema é que o povo pobre da vida real não aparece no Instagram nem no Tik Tok e muito menos influi na chamada opinião pública (ou "opinião que se publica). Esse povo está ocupado demais para usar as redes sociais e, ainda assim, não tem dinheiro sequer para ter um razoável plano de Internet.
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