Finalmente vem o tão esperado Concurso do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), para os cargos de Técnico de Seguro Social e Analista de Seguro Social. O cargo de técnico é anunciado como de nível médio, o que, para um concurso desses, com programa organizado pelo maléfico CESPE, órgão ligado à Universidade de Brasília, não passa de conversa para boi dormir.
O programa para nível médio (ou seja, válido para quem tem só a formação no ensino médio, o antigo curso de segundo grau) é bem pesado. Inclui Direito Constitucional, Administrativo e Previdenciário, além de Informática e Raciocínio Lógico (eufemismo para Matemática), o que nos faz perguntar se realmente é de nível médio ou se é desculpa para atrair mais candidatos.
Afinal, o programa, da maneira como é exigido, mais parece um programa para quem já está formado em faculdades de Direito e Matemática, e só o Raciocínio Lógico exige uma dedicação exclusiva nos estudos, o que sobrecarrega demais os candidatos que dificilmente farão uma boa prova.
Além disso, o fato do concurso ser organizado pelo CESPE - há quem o apelide pejorativamente de COSPE ou CESPENTE - causa muitos arrepios, principalmente pelo seu critério vilanesco de avaliar as respostas das questões.
Numa prova organizada pelo CESPE (Centro de Seleção e Promoção de Eventos), o candidato que não sabe resolver uma questão é melhor não fazer. Se não fizer uma questão, terá ponto zero. Mas, se errar a mesma, terá um ponto a menos na prova.
Imagine uma prova com 75 questões e você consegue acertar apenas 40. Digamos que você fez, portanto, 35 questões erradas, porque você decidiu resolver todas as questões. A pontuação dos erros deu 35 negativos, o que significa que, nos critérios de avaliação, será feita uma subtração do número de acertos com o número de erros.
E isso é complicado quando as questões que o CESPE costuma fazer envolvem enunciados longos e prolixos, questões engenhosas, com opções para respostas em textos longos, que exigem mais tempo de leitura e maior cautela nos raciocínios? A coisa é de deixar qualquer um louco!
A conclusão é que, com 35 pontos subtraídos de 40, sobram apenas cinco pontos de acertos. Nada mais vergonhoso, nada mais humilhante. Você tem ideia de quantos pontos pode perder, mesmo se estudar como um louco, se fizer uma prova com todo o estresse natural depois de tanto esforço, e só acertar uma minoria dessas questões? É um drama só.
Daí que esse papo de nível médio é só desculpa para atrair mais candidatos e encher de dinheiro quem se envolve com a organização do concurso. No entanto, observa-se que, neste caso, quem tem nível superior está mais preparado para fazer as provas não só para esta formação, mas também para as de nível médio.
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