O presidente Michel Temer fez mais um discurso nervoso ontem, mantendo a arrogância do pronunciamento feito anteontem.
Com o chamado "terremoto político" que atinge seu governo, Temer reafirmou ontem que permanece no poder e que, portanto, não renuncia.
Pediu arquivamento do inquérito do Supremo Tribunal Federal.
E disse que as gravações de suas conversas com o empresário da JBS, Joesley Batista, foram "editadas".
Temer é o anti-Jango, se lembrarmos do saudoso João Goulart.
O antigo presidente, deposto pelo golpe de 1964, defendia outro tipo de reformas, as reformas de base, progressistas e benéficas às classes trabalhadoras.
As reformas de Temer são maléficas aos trabalhadores e sinalizam mais favores ao patronato e proteção aos abusos destes.
Na extrema crise política, Temer continua sendo o anti-Jango.
João Goulart, popularíssimo depois do comício da Central do Brasil, foi duramente pressionado pela oposição a deixar o poder.
Com humildade, Jango renunciou o cargo, evitando uma guerra civil no Brasil.
Ele também sabia que perderia a batalha, porque desconfiava que os EUA iriam reagir com um forte aparato militar, depois confirmado, já depois da morte de Jango, pelas revelações da Operação Brother Sam.
Já Temer pouco se importa com a ameaça de conflitos.
Ele fez dois discursos, irritado e arrogante, dizendo que vai ficar no poder.
Três partidos da base aliada já desembarcaram do governo: PSB, PPS e o pouco conhecido PTN.
Especialistas já afirmam que existem condições jurídicas para o impeachment.
A OAB declarou que Temer não tem condições para permanecer no governo.
O Supremo Tribunal Federal já cogita antecipar o julgamento da chapa Dilma-Temer.
Michel Temer se encontra em progressivo estado de isolamento político.
Se bobear, nem a Marcela fica mais com ele.
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