A Ordem dos Advogados do Brasil protocolou o pedido de impeachment do presidente Michel Temer, ontem, em Brasília.
O pedido, feito por motivação técnica, segundo a OAB, não provocará instabilidade no país.
Representaram a OAB seu presidente do Conselho Federal, Cláudio Lamachia, e outros representantes regionais, como conselheiros, presidentes seccionais e outros.
Além do pedido ter sido feito visando critérios técnicos, também não foi feito por razões ideológicas.
O pedido teve o respaldo de advogados tanto de direita quanto de esquerda.
Consta-se que, com este pedido, já são 13 os pedidos de impeachment do governo temeroso.
Isso revela uma situação grave e reforça o isolamento político de Michel Temer.
Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados e espécie de "garoto de recados" de Temer, disse que não acolherá os pedidos.
Sua desculpa é que o impeachment iria "desestabilizar" o país.
Mas o que provoca a instabilidade é a permanência de um presidente que não só é impopular como é um dos poucos que se divertem com isso.
Quanto aos protestos radicais em Brasília, anteontem, vários políticos e jornalistas de esquerda confirmaram que são pessoas infiltradas entre os manifestantes.
Elas variam entre desordeiros que defendem o governo Temer e radicais de extrema-direita.
Os protestos foram pacíficos, mas seus manifestantes foram agredidos pela repressão policial.
Os radicais de extrema-direita é que teriam aparentemente reagido à repressão, aproveitando o clima de baderna para invadir e destruir o que encontraram nos prédios dos ministérios.
Surgiu também uma informação de que Michel Temer não renuncia por influência do ex-deputado Eduardo Cunha, que, dizem, está comandando a política dentro da prisão.
A esposa de Cunha, a ex-jornalista Cláudia Cruz, foi inocentada pelo juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato.
Apesar dos fortes indícios de lavagem de dinheiro, Moro "não viu provas suficientes" para condenar a mulher de Cunha.
Voltando a Temer, ele disse que o Brasil "não vai parar" com tais escândalos.
Mas ele sabe que seu governo está caminhando para o fim.
Ontem foi apenas um "descanso" e Temer ainda parece disposto a manipular para que adiasse o processo de julgamento da chapa eleitoral com Dilma Rousseff em 2014, para ver se salva da cassação.
Temer já é um condenado político, pela Justiça Eleitoral de São Paulo, que o proibiu de concorrer a cargos públicos entre 2015 e 2023.
O TSE poderá fazer o mesmo, com a cassação do mandato presidencial.
A crise continua e o Brasil está desgovernado.
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