A BANDA BRITÂNICA BELLE AND SEBASTIAN.
Recentemente, o sítio Mensagens Com Amor fez uma lista de dez músicas cujo tema é a solteirice.
Melhor esquecê-las. Todas.
Primeiro, são apenas músicas comerciais. E quase todas brega-popularescas.
Segundo, porque alguns intérpretes são pessoas casadas, como Beyoncé Knowles e a dupla, ou melhor, o casal Maria Cecília & Rodolfo.
Terceiro, músicas sobre solteirice só servem para aquelas que procuram algum namorado ou marido, querem curtição e narcisismo ou sofrem de misandria.
Tolice imaginar que a mulher solteira e feliz vai ouvir músicas sobre carências amorosas ou desavenças conjugais.
A solteira feliz vai ficar preocupada se a música fala de um ex-namorado que não presta ou do homem dos sonhos que nunca vem?
Não, a solteira feliz vai procurar outros temas relevantes.
Ora, se ela está solteira e feliz, vai buscar outros interesses na vida.
Não vai ficar chorando a ausência do "príncipe encantado" nem ficar comemorando o "pé-na-bunda" no "safado da hora".
Aliás, essa "solteirice" da mídia venal é muito contraditória.
Criam mulheres que parodiam a vida de solteira de uma maneira muito, muito confusa.
Num dia são "solteiras felizes e convictas". Noutro, mulheres "desesperadas à procura de um homem".
Num dia perguntam onde está o "príncipe encantado". Se encontram, em duas semanas ele vira o "safado da hora".
Isso não é solteirice de verdade. Nem em sonhos.
Mais parece solteirice de comédia da Globo Filmes, dessas protagonizadas por atrizes que, na verdade, são esposas dos diretores de tais produções.
A solteira de verdade investe em outras ocupações. Se ela está solteira, ela vai buscar atividades diversas que não envolvem necessariamente temas amorosos ou sexuais.
E sua trilha-sonora nem de longe apela para bordões como "Se ela não tem dono..." ou "Tô Feliz! Larguei o meu marido!".
A verdadeira solteira ouve coisas mais relevantes. E vive coisas mais relevantes.
Ouve XTC, Belle and Sebastian, Smiths, R. E. M., Byrds, Velvet Underground. Ou Sylvia Telles, Toninho Horta, Mutantes, Edu Lobo.
A verdadeira solteira lê sobre Política, História, Poesia, Artes Plásticas, Sociologia, sem necessariamente submeter tais coisas a um contexto sexista ou hipersexualizado.
A verdadeira solteira está ocupada, lendo Noam Chomsky, vendo quadros de Jackson Pollock, ouvindo os acordes de João Gilberto, vendo filmes de Jacques Tati etc.
A grande mídia, inclusive a "popular" (tão "divertida", mas também dotada de Datenas aos montes por aí), estabelece uma visão depreciativa da mulher solteira.
Falta debater isso, mesmo nos círculos de esquerda.
Pois a solteira de esquerda pode estar ali, tocando sua vida normalmente, sendo dona do seu nariz.
Mas, à revelia dela, o poder midiático está depreciando a solteira vendendo uma imagem contraditória da mulher carente e misândrica ao mesmo tempo.
A da mulher que procura desesperadamente um homem e, quando o acha, o rejeita.
As solteiras do Brasil não sabem, mas a "mídia do espetáculo" também deprecia mulheres que vivem sem precisar de namorados ou maridos.
A sociedade machista não tolera mulheres que tenham vida própria e independente e, por isso, usa a "cultura de massa" para reduzir as solteiras a uma caricatura.
Recentemente, o sítio Mensagens Com Amor fez uma lista de dez músicas cujo tema é a solteirice.
Melhor esquecê-las. Todas.
Primeiro, são apenas músicas comerciais. E quase todas brega-popularescas.
Segundo, porque alguns intérpretes são pessoas casadas, como Beyoncé Knowles e a dupla, ou melhor, o casal Maria Cecília & Rodolfo.
Terceiro, músicas sobre solteirice só servem para aquelas que procuram algum namorado ou marido, querem curtição e narcisismo ou sofrem de misandria.
Tolice imaginar que a mulher solteira e feliz vai ouvir músicas sobre carências amorosas ou desavenças conjugais.
A solteira feliz vai ficar preocupada se a música fala de um ex-namorado que não presta ou do homem dos sonhos que nunca vem?
Não, a solteira feliz vai procurar outros temas relevantes.
Ora, se ela está solteira e feliz, vai buscar outros interesses na vida.
Não vai ficar chorando a ausência do "príncipe encantado" nem ficar comemorando o "pé-na-bunda" no "safado da hora".
Aliás, essa "solteirice" da mídia venal é muito contraditória.
Criam mulheres que parodiam a vida de solteira de uma maneira muito, muito confusa.
Num dia são "solteiras felizes e convictas". Noutro, mulheres "desesperadas à procura de um homem".
Num dia perguntam onde está o "príncipe encantado". Se encontram, em duas semanas ele vira o "safado da hora".
Isso não é solteirice de verdade. Nem em sonhos.
Mais parece solteirice de comédia da Globo Filmes, dessas protagonizadas por atrizes que, na verdade, são esposas dos diretores de tais produções.
A solteira de verdade investe em outras ocupações. Se ela está solteira, ela vai buscar atividades diversas que não envolvem necessariamente temas amorosos ou sexuais.
E sua trilha-sonora nem de longe apela para bordões como "Se ela não tem dono..." ou "Tô Feliz! Larguei o meu marido!".
A verdadeira solteira ouve coisas mais relevantes. E vive coisas mais relevantes.
Ouve XTC, Belle and Sebastian, Smiths, R. E. M., Byrds, Velvet Underground. Ou Sylvia Telles, Toninho Horta, Mutantes, Edu Lobo.
A verdadeira solteira lê sobre Política, História, Poesia, Artes Plásticas, Sociologia, sem necessariamente submeter tais coisas a um contexto sexista ou hipersexualizado.
A verdadeira solteira está ocupada, lendo Noam Chomsky, vendo quadros de Jackson Pollock, ouvindo os acordes de João Gilberto, vendo filmes de Jacques Tati etc.
A grande mídia, inclusive a "popular" (tão "divertida", mas também dotada de Datenas aos montes por aí), estabelece uma visão depreciativa da mulher solteira.
Falta debater isso, mesmo nos círculos de esquerda.
Pois a solteira de esquerda pode estar ali, tocando sua vida normalmente, sendo dona do seu nariz.
Mas, à revelia dela, o poder midiático está depreciando a solteira vendendo uma imagem contraditória da mulher carente e misândrica ao mesmo tempo.
A da mulher que procura desesperadamente um homem e, quando o acha, o rejeita.
As solteiras do Brasil não sabem, mas a "mídia do espetáculo" também deprecia mulheres que vivem sem precisar de namorados ou maridos.
A sociedade machista não tolera mulheres que tenham vida própria e independente e, por isso, usa a "cultura de massa" para reduzir as solteiras a uma caricatura.
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