Numa época em que pessoas com mais de 50 anos se demonstram cada vez mais imaturas e com impulsos adolescentes tardios, mas intensos, uma boa notícia acontece no Brasil.
Pelo menos, boa parte desse pessoal está entrando na universidade.
Segundo levantamento do Quero Bolsa, plataforma da Internet que se dedica à inclusão de estudantes do ensino superior, em 2017 73.048 brasileiros com 50 anos ou mais ingressaram nas faculdades.
62% dos estudantes dessa faixa etária optou pelo ensino à distância, mas é animador que 38% têm condições de encarar o ensino presencial.
Dois famosos já declararam que cursam faculdade depois dos 50 anos, o roqueiro Leoni, ex-Kid Abelha, e a modelo e empresária Luíza Brunet.
Para os brasileiros comuns analisados pela pesquisa, tanto o ensino presencial quanto o remoto oferecem vantagens.
No caso do ensino remoto, há a flexibilidade de horário e as baixas taxas de mensalidades, além da economia de dinheiro para deslocamentos, no caso de quem não tem condições para pagar o transporte.
No caso do ensino presencial, há a oportunidade de renovar o círculo social e viver novas experiências de convívio, principalmente com colegas mais jovens.
A geração nascida entre 1950 e 1970 não foi estimulada a desenvolver seu idealismo na juventude e chegou na meia-idade mantendo neuroses, incompreensões e até preconceitos diversos.
Três legados dessa geração mostram o equívoco praticado dos que antes eram definidos como "amadurecidos": a vitória eleitoral de Donald Trump, nos EUA, a vitória do Brexit (saída da União Europeia) no Reino Unido e o projeto político de Michel Temer-Jair Bolsonaro, no Brasil.
Daí que a volta à faculdade para os grisalhos é muito melhor do que esbanjar pedantismo por aí.
Foi vergonhosa uma geração de empresários, médicos e economistas nascidos entre 1950 e 1955, casados com belas mulheres mais jovens, fingir erudição nas entrevistas para Caras e outras publicações "sociais".
Da mesma forma que assusta perceber que boa parte das palestras de ricaços "coroas" que ocorrem por aí, na verdade, foram escritas por ghost writers, geralmente seus filhos mais velhos.
Aprender de novo é muito melhor do que bancar o pedante. Se não dá para ser o "ancião da tribo", pelo menos dá para reoxigenar a mente encarando novamente a faculdade.
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