POLÍTICA DO NOVO? UM ENTUSIASMADO MICHEL TEMER É COTADO COMO FUTURO EMBAIXADOR DO BRASIL NA ITÁLIA NO GOVERNO JAIR BOLSONARO.
No fundo, dá pena ver esses aloprados nas redes sociais ofendendo e agredindo pessoas e impondo pontos de vista retrógrados.
Os hoje conhecidos "bolsomínions" que, em 2007, se escondiam no armário da comunidade "Eu Odeio Acordar Cedo" no Orkut e defendiam furiosamente uma simples gíria, "balada", estão encrencados.
Só uns parênteses. A gíria "balada" é um jargão privativo de jovens ricos, patenteada pela Jovem Pan, popularizada por Luciano Huck e que tentou se impor acima das condições naturais de uma gíria: os limites de tempo e espaço de prazos e grupos.
Afinal, uma gíria sem pé nem cabeça, inspirada num eufemismo para ecstasy ("bala"), que tem a mesma grafia de uma palavra que significa música lenta ou drama pessoal, queria estar acima dos tempos e das tribos.
E uma juventude que se enfurece quando alguém diz que "balada" não é gíria de gente inteligente, tem em Jair Bolsonaro seu herói, seu "mito", como ele é conhecido.
Coitados. Eles devem ser muito infelizes, por trás da prática pretensamente triunfante do valentonismo digital.
E agora que Jair Bolsonaro desmente que seu governo é a "política do novo", os bolsomínions andam sem entender coisa alguma.
E aí nos lembramos, também, do terrível atentado em Thousand Oaks, no condado (como se chamam as regiões metropolitanas nos EUA) de Ventura, na Califórnia.
Um ex-militar, com pinta de jovem invocado como os bolsonaristas daqui, chamado Ian David Long, de 28 anos, invadiu um bar e, armado de uma pistola, atirou em várias pessoas com, pelo menos, 30 disparos, causando 12 mortes.
Estava ocorrendo uma apresentação de country na ocasião. Uma das vítimas, a jovem Alaina Housley, de 18 anos, era sobrinha das atrizes Tia e Tamera Mowry, do seriado Irmã ao Quadrado (Sister, Sister).
Um jovem que sobreviveu a outro massacre também está entre os mortos. Telemachus Orfanos, de 27 anos, escapou de ser morto no atentado em Las Vegas, em 01 de outubro de 2017, mas teve o destino fatal em Thousand Oaks.
Long se matou, depois de ter realizado um massacre, que como tantos outros, causou comoção e revolta nos EUA, que clamam por mais controle no porte de armas, apelo nunca ouvido por causa do poder mercadológico da National Rifle Association, a entidade armamentista daquele país.
A mãe de Telemachus fez um apelo dramático para que ela não recebesse orações, porque o que ela deseja mesmo é o controle no porte de armas.
Enquanto isso, no Brasil, se propõe o contrário: a liberação do porte de armas, que pode fazer com que atentados como os dos EUA ocorram com frequência, partindo de bolsonaristas enlouquecidos ou das mesmas convulsões sociais de sempre.
Isso é apenas um dos fatos sombrios de um governo caótico.
Bolsonaro declarou a educadores que o Brasil é um país conservador e isso deve ser entendido pelo futuro ministro da Educação.
Ele pretende extinguir os ministérios do Trabalho e Cultura, a EBC (e, com ela, a TV Brasil e até o IRDEB onde trabalhei) e o Senado Federal já aprovou o fim do fundo social do Pré-Sal, que seria destinado à Educação.
Isso significa que o Pré-Sal está sendo preparado para perder mais fatias, continuando o processo de privatização gradual da Petrobras.
Daí aquele papo de caridade: a "substituição" do fundo social por projetos filantrópicos de empresas estrangeiras não será à altura, pois tais medidas serão apenas um gancho publicitário das companhias, dentro da perspectiva de que, nessa "caridade", o benfeitor se sobrepõe aos necessitados.
Consta-se que o governo Bolsonaro já está sobrecarregado de trapalhadas e medidas impopulares.
Só seu superministro Paulo Guedes, o "posto Ipiranga" do "mito", tem fama de medíocre e temperamental nos bastidores.
O governo Bolsonaro nem começou e já está vivendo uma séria crise, ainda mais quando surgem denúncias de hackers invadindo o portal da Justiça Eleitoral, o que indica fraude na apuração das votações de segundo turno.
Segundo o TecMundo, os hackers tiveram "um suposto acesso não autorizado ao sistema GEDAI-UE da urna eletrônica, que teve o código do sistema de carga do software".
O software foi vazado uma semana antes do dia da votação, 28 de outubro.
Ainda segundo a reportagem, "os hackers alegaram que tiveram sucesso ao entrar na intranet do TSE e obter informações privilegiadas e confidenciais, como troca de emails, envio de senhas para juízes, credenciais de acesso etc".
Só esse episódio, alvo de uma sindicância do Tribunal Superior Eleitoral, para se somar às fake news, ao valentonismo digital, ao "voto de cabresto" nas igrejas e ambientes de trabalho e todo o aparato que favoreceu a vitória eleitoral de Bolsonaro.
Bolsonaro tornou-se o "rei Pirro" da vez e sua imagem começa a se desgastar a pouco mais de um mês da posse.
Pelo jeito, os bolsonaristas vão começar o próximo ano "pagando mito".
No fundo, dá pena ver esses aloprados nas redes sociais ofendendo e agredindo pessoas e impondo pontos de vista retrógrados.
Os hoje conhecidos "bolsomínions" que, em 2007, se escondiam no armário da comunidade "Eu Odeio Acordar Cedo" no Orkut e defendiam furiosamente uma simples gíria, "balada", estão encrencados.
Só uns parênteses. A gíria "balada" é um jargão privativo de jovens ricos, patenteada pela Jovem Pan, popularizada por Luciano Huck e que tentou se impor acima das condições naturais de uma gíria: os limites de tempo e espaço de prazos e grupos.
Afinal, uma gíria sem pé nem cabeça, inspirada num eufemismo para ecstasy ("bala"), que tem a mesma grafia de uma palavra que significa música lenta ou drama pessoal, queria estar acima dos tempos e das tribos.
E uma juventude que se enfurece quando alguém diz que "balada" não é gíria de gente inteligente, tem em Jair Bolsonaro seu herói, seu "mito", como ele é conhecido.
Coitados. Eles devem ser muito infelizes, por trás da prática pretensamente triunfante do valentonismo digital.
E agora que Jair Bolsonaro desmente que seu governo é a "política do novo", os bolsomínions andam sem entender coisa alguma.
E aí nos lembramos, também, do terrível atentado em Thousand Oaks, no condado (como se chamam as regiões metropolitanas nos EUA) de Ventura, na Califórnia.
Um ex-militar, com pinta de jovem invocado como os bolsonaristas daqui, chamado Ian David Long, de 28 anos, invadiu um bar e, armado de uma pistola, atirou em várias pessoas com, pelo menos, 30 disparos, causando 12 mortes.
Estava ocorrendo uma apresentação de country na ocasião. Uma das vítimas, a jovem Alaina Housley, de 18 anos, era sobrinha das atrizes Tia e Tamera Mowry, do seriado Irmã ao Quadrado (Sister, Sister).
Um jovem que sobreviveu a outro massacre também está entre os mortos. Telemachus Orfanos, de 27 anos, escapou de ser morto no atentado em Las Vegas, em 01 de outubro de 2017, mas teve o destino fatal em Thousand Oaks.
Long se matou, depois de ter realizado um massacre, que como tantos outros, causou comoção e revolta nos EUA, que clamam por mais controle no porte de armas, apelo nunca ouvido por causa do poder mercadológico da National Rifle Association, a entidade armamentista daquele país.
A mãe de Telemachus fez um apelo dramático para que ela não recebesse orações, porque o que ela deseja mesmo é o controle no porte de armas.
Enquanto isso, no Brasil, se propõe o contrário: a liberação do porte de armas, que pode fazer com que atentados como os dos EUA ocorram com frequência, partindo de bolsonaristas enlouquecidos ou das mesmas convulsões sociais de sempre.
Isso é apenas um dos fatos sombrios de um governo caótico.
Bolsonaro declarou a educadores que o Brasil é um país conservador e isso deve ser entendido pelo futuro ministro da Educação.
Ele pretende extinguir os ministérios do Trabalho e Cultura, a EBC (e, com ela, a TV Brasil e até o IRDEB onde trabalhei) e o Senado Federal já aprovou o fim do fundo social do Pré-Sal, que seria destinado à Educação.
Isso significa que o Pré-Sal está sendo preparado para perder mais fatias, continuando o processo de privatização gradual da Petrobras.
Daí aquele papo de caridade: a "substituição" do fundo social por projetos filantrópicos de empresas estrangeiras não será à altura, pois tais medidas serão apenas um gancho publicitário das companhias, dentro da perspectiva de que, nessa "caridade", o benfeitor se sobrepõe aos necessitados.
Consta-se que o governo Bolsonaro já está sobrecarregado de trapalhadas e medidas impopulares.
Só seu superministro Paulo Guedes, o "posto Ipiranga" do "mito", tem fama de medíocre e temperamental nos bastidores.
O governo Bolsonaro nem começou e já está vivendo uma séria crise, ainda mais quando surgem denúncias de hackers invadindo o portal da Justiça Eleitoral, o que indica fraude na apuração das votações de segundo turno.
Segundo o TecMundo, os hackers tiveram "um suposto acesso não autorizado ao sistema GEDAI-UE da urna eletrônica, que teve o código do sistema de carga do software".
O software foi vazado uma semana antes do dia da votação, 28 de outubro.
Ainda segundo a reportagem, "os hackers alegaram que tiveram sucesso ao entrar na intranet do TSE e obter informações privilegiadas e confidenciais, como troca de emails, envio de senhas para juízes, credenciais de acesso etc".
Só esse episódio, alvo de uma sindicância do Tribunal Superior Eleitoral, para se somar às fake news, ao valentonismo digital, ao "voto de cabresto" nas igrejas e ambientes de trabalho e todo o aparato que favoreceu a vitória eleitoral de Bolsonaro.
Bolsonaro tornou-se o "rei Pirro" da vez e sua imagem começa a se desgastar a pouco mais de um mês da posse.
Pelo jeito, os bolsonaristas vão começar o próximo ano "pagando mito".
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