O macartismo ameaça ser introduzido oficialmente no Brasil.
Ele tem seu nome: ESCOLA SEM PARTIDO.
Um projeto pedagógico que se diz "contra ideologias", mas estabelece um padrão ideológico, ultraconservador, reacionário e obscurantista.
Quem conhece História - matéria que, pelo jeito, vai desaparecer com esse "novo" projeto - sabe o que foi o macartismo.
Ele foi uma campanha anticomunista comandada pelo senador do Partido Republicano Joseph McCarthy, nos EUA, durante a primeira metade da década de 1950.
A campanha consentia em denunciar qualquer cidadão nos EUA que supostamente estivesse associado a atividades "comunistas".
Era a época da Guerra Fria e qualquer um que praticasse um mínimo de progressismo era considerado "suspeito".
De Charles Chaplin a Lena Horne, um sem-número de famosos também foi enquadrado na chamada "Lista Negra de Hollywood".
Havia também a operação Red Scare ("Pavor Vermelho"), que estimulava a deduragem de supostos envolvidos com o comunismo.
A deduragem é o ingrediente principal da Escola Sem Partido.
Alunos e outros agentes educacionais são autorizados a filmar as aulas com o celular, e, quando o professor apresentar algo considerado "incômodo" para o status quo, ele será denunciado.
O professor corre o risco de perder o emprego só porque ele ensina a realidade e as complexas mudanças na sociedade contemporânea.
Ele será proibido de fazer isso, nas regras da Escola Sem Partido.
Enquanto isso, se o professor quiser ensinar absurdos como o mar se rasgando pelo meio, como nas interpretações amalucadas da Bíblia que prevalecem hoje, aí pode.
Será terrível. A Escola Sem Partido será, na verdade, uma indústria de dedos-duros.
O pior é que o macartismo se desgastou rapidamente nos EUA e virou uma lição traumatizante para o mundo inteiro.
Mas, pelo jeito, há pessoas que odeiam ser informadas, odeiam debater a realidade e ficam vendo fake news demais no WhatsApp.
Tem gente que tem orgulho de ser estúpida.
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