Pular para o conteúdo principal

JORGE PAULO LEMANN FINANCIOU O "COMBATE AO PRECONCEITO" DO "POPULAR DEMAIS"


Já foi escrito isso em outra oportunidade, mas não custa enfatizar: Jorge Paulo Lemann financiou a campanha do "combate ao preconceito" da bregalização pelo "popular demais".

Tínhamos um cenário de cultura popularesca, marcado pelo politicamente incorreto, pela mediocridade artística e pelo grotesco comportamental, nos anos 1990, que estava se desgastando naturalmente.

Todo o brega-popularesco corria o risco de cair no esquecimento. Jornalistas sérios alertaram para a degradação cultural que tratava o povo de maneira caricatural.

Tudo isso se deu no fim dos anos 1990. Parecia que, se não toda a multidão popularesca, mas, ao menos, uma considerável maioria, iria arrumar as malas e deixar a fama para ir ao ostracismo.

Mas eis que uma geração de intelectuais virou a mesa: a intelectualidade "bacana", assim considerada por ela querer parecer "simpática" dentro de um cenário de anti-intelectualismo.

A partir de 2000, veio a tal campanha que consistiu na falácia do "combate ao preconceito".

Ela se deu ainda no segundo governo Fernando Henrique Cardoso, mas sua finalidade, depois, foi sabotar, culturalmente, a Era Lula, para evitar a reedição de antigos movimentos sócio-culturais dos anos 1960.

Sejam os Centros Populares de Cultura (UNE), o Método Paulo Freire, a MPB dos festivais, o Teatro Oficina, o feminismo de Leila Diniz.

A ideia, portanto, era evitar que equivalentes desses fenômenos fossem reeditados na Era Lula.

Uma campanha articulada, à maneira do antigo IPES-IBAD e do já então emergente Instituto Millenium, que chegou a usar jargões como "cultura das periferias", "expressão do povo pobre" e até mesmo o cínico "verdadeira cultura popular".

Foi uma campanha muito articulada, que seduziu até mesmo a mídia de esquerda, que mordeu a isca, achando que essa pretensa "cultura popular" valorizava o povo pobre.

Só que a bregalização é um engodo que glamouriza a ignorância e a miséria e combina um provincianismo jeca do povo pobre dominado por oligarquias com uma subserviente apreciação de culturas estrangeiras difundidas "de cima" pelas oligarquias midiáticas.

Estava na cara que esse discurso de "romper o preconceito" era falso. Eu nunca acreditei nele.

Mas como eu era o "patinho feio" dos blogueiros de esquerda, eu não conseguia 1% da visibilidade que a "intelectualidade mais legal do país", que a essas alturas arrancava aplausos até quando tossiam, tive que compensar escrevendo muitos e muitos textos.

Explicava as contradições e equívocos dessa campanha, que começou na mídia venal mas já estava contaminando a mídia de esquerda, que, limitada à agenda político-econômica - vício criticado hoje por autores como Jessé Souza - , ignorou as armadilhas culturais.

Chegou-se a brigar com os fatos, tentando vender o brega dos anos 1970 como uma pretensa subversão contra a ditadura, superestimando e entendendo mal os motivos das censuras a certos intérpretes.

Verdadeiras fake news foram criadas, pela interpretação torta dos fatos históricos, que fizeram Waldick Soriano e Dom & Ravel serem creditados como falsos esquerdistas.

No discurso, enfatizou-se, também, toda a campanha do "funk", que com sua mera ambição mercadológica se valeu de um discurso confuso, pseudo-ativista, pseudo-libertário, pseudo-etnográfico.

O "funk" virou o "Cabo Anselmo" da Era PT. A APAFUNK surgiu apadrinhada por José Padilha, membro do Instituto Millenium.

Tati Quebra-Barraco foi a porta-voz da "periferia legal", como uma Tábata do popularesco. "Tábata Quebra Barraco"?

Mais tarde, a Liga do Funk, com Bruno Ramos à frente, reeditava o próprio tom raivoso de Cabo Anselmo, enganando as esquerdas e se desmascarando fácil. A Liga do Funk se infiltrou num protesto anti-Globo em São Paulo, mas pouco depois gravou matéria para o Fantástico.

O que as esquerdas ignoraram é o maior apoiador do "funk", o sujeito que mais investiu e divulgou o gênero. Ninguém menos que Luciano Huck.

O apoio de Huck era tal que os funqueiros (inclusive MC Leonardo), adotaram a gíria "É o Caldeirão" (inspirado no nome Caldeirão do Huck), cujo significado quer dizer "É o máximo, é a coisa mais maravilhosa do mundo".

No pacote, programas policialescos de televisão, mulheres-frutas, garotas da Banheira do Gugu, o grotesco do É O Tchan, a linguagem estereotipada do pobre ignorante, banguela, desajeitado em programas de televisão.

Tudo foi uma espetacularização barata, que, se fosse no Primeiro Mundo, teria sido um grave problema analisado por gente do nível de Umberto Eco.

Mas aqui até a mídia de esquerda mordeu a isca, seduzida pelo discurso festivo do jornalista-modelo de Otávio Frias Filho, Pedro Alexandre Sanches, o Sérgio Moro do verão pós-tropicalista.

E muito dinheiro rolou para essa campanha do "combate ao preconceito" brega: das verbas do magnata George Soros, apoiador do "funk", à grana de Jorge Paulo Lemann, que patrocinou tudo que fosse "popular demais", brega e afins.

A ideia é meramente comercial: a choradeira "contra o preconceito" não visava, realmente, romper o preconceito, assim como a Operação Lava Jato, que se dizia "contra a corrupção", não atuou realmente contra a corrupção.

Lemann é dono da Ambev e sabemos que a música popularesca, seja o "funk", a axé-music, o "forró eletrônico", o tecnobrega, o "sertanejo" e o "brega de raiz" são trilhas sonoras de bebedeira em botequins e casas noturnas em geral.

É um mercado gigantesco, que o discurso do "combate ao preconceito" tentou esconder.

Os brega-popularescos já tinham espaços demais nos anos 1990. Discriminação era coisa da qual eles não sofriam.

Eles choravam pedindo novos espaços, mas o que queriam é ampliação de reservas de mercado. Queriam os espaços da MPB, do rock alternativo, da cultura indie.

Forjavam coitadismo, apesar do sucesso estrondoso, para expulsar roqueiros, emepebistas e outros músicos genuinamente artísticos de seus próprios espaços, empurrando bregalização até para o público universitário.

E isso teve uma boa grana de Lemann, que financiava até monografias e artigos jornalísticos.

Assim como Soros, Lemann financiava a intelectualidade "bacana" autorizando que esta "falasse mal" de quem lhe alimentava as bocas. Tudo para forjar polêmica e desvínculo aos patrocinadores.

Essa campanha do "combate ao preconceito", no entanto, foi uma armadilha que abateu as esquerdas.

O livro Eu Não Sou Cachorro Não de Paulo César Araújo foi o espermatozoide do golpe político de 2016.

A mídia de esquerda pagou o preço do apoio à bregalização.

Caros Amigos faliram, a revista Fórum cancelou a versão impressa e Carta Capital quase pôs tudo a perder.

O povo pobre, glorificado pelas suas debilidades impostas pelo poder midiático, foi posto de fora nas mobilizações políticas.

Em outras palavras: a bregalização tirou o protagonismo do povo pobre, com o discurso "contra o preconceito" funcionando como flautista de Hamelin. O povo pobre acabou sendo escravizado pelo consumismo grotesco do "popular demais".

A ideia é usar o entretenimento brega como um falso ativismo social para evitar que o povo pobre protestasse de verdade.

E aí, vimos as elites usando os protestos de 2013 para preparar o golpe político de 2016.

Escândalos como o Procure Saber e as biografias não-autorizadas deixaram a intelectualidade "bacana" desnorteada e de certa forma desmascarada no seu falso progressismo.

E aí, quase perdemos a imprensa esquerdista, e também a bregalização (sobretudo a colaboração do "bom esquerdista" Sanches) influiu de certa forma para o golpismo de 2016.

As elites obtiveram o protagonismo que foi tirado do povo pobre, pediram a queda de Dilma Rousseff, chamaram Michel Temer para ficar ao lado dos golpistas e o resultado culminou no bolsonarismo de hoje, que ameaça até a Amazônia.

E até o Ministério da Cultura, que os intelectuais "bacanas" pró-brega usaram para abocanhar verbas públicas - daí o apoio tendencioso aos governos progressistas - , acabou aos poucos, até ser extinto por Jair Bolsonaro.

E a mídia que mais difundiu a bregalização, sobretudo Sílvio Santos, foi mergulhar no bolsonarismo com entusiasmo.

Pois é. Pedro Alexandre Sanches e Eduardo Nunomura, o Sérgio Moro e Deltan Dallagnol do desbunde e da "ditabranda do mau gosto", compraram um quilo de farinha para fazer farofafá com o jabaculê da bregalização.

E, também, com um rodízio de verbas trazidas pelo "rei da Cerveja" Jorge Paulo Lemann, o maior interessado por essa lorota de "combate ao preconceito" que só deixou um Brasil ainda mais preconceituoso.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

PESQUISISMO E RELATORISMO

As mais recentes queixas a respeito do governo Lula ficam por conta do “pesquisismo”, a mania de fazer avaliações precipitadas do atual mandato do presidente brasileiro, toda quinzena, por vários institutos amigos do petista. O pesquisismo são avaliações constantes, frequentes e que servem mais de propaganda do governo do que de diagnóstico. Pesquisas de avaliação a todo momento, em muitos casos antecipando prematuramente a reeleição de Lula, com projeções de concorrentes aqui e ali, indo de Michelle Bolsonaro a Ciro Gomes. Somente de um mês para cá, as supostas pesquisas de opinião apontavam queda de popularidade de Lula, e isso se deu porque os próprios institutos foram criticados por serem “chapa branca” e deles se foi cobrada alguma objetividade na abordagem, mesmo diante de métodos e processos de pesquisa bastante duvidosos. Mas temos também outro vício do governo Lula, que ninguém fala: o “relatorismo”. Chama-se de relatorismo essa mania de divulgar relatórios fantásticos sobre s...

SIMBOLOGIA IRÔNICA

  ACIMA, A REVOLTA DE OITO DE JANEIRO EM 2023, E, ABAIXO, O MOVIMENTO DIRETAS JÁ EM 1984. Nos últimos tempos, o Brasil vive um período surreal. Uma democracia nas mãos de um único homem, o futuro de nosso país nas mãos de um idoso de 80 anos. Uma reconstrução em que se festeja antes de trabalhar. Muita gente dormindo tranquila com isso tudo e os negacionistas factuais pedindo boicote ao pensamento crítico. Duas simbologias irônicas vêm à tona para ilustraresse país surrealista onde a pobreza deixou de ser vista como um problema para ser vista como identidade sociocultural. Uma dessas simbologias está no governo Lula, que representa o ideal do “milagre brasileiro” de 1969-1974, mas em um contexto formalmente democrático, no sentido de ninguém ser punido por discordar do governo, em que pese a pressão dos negacionistas factuais nas redes sociais. Outra é a simbologia do vandalismo do Oito de Janeiro, em 2023, em que a presença de uma multidão nos edifícios da Praça dos Três Poderes, ...

A PRISÃO DE MC POZE E O VELHO VITIMISMO DO “FUNK”

A prisão do funqueiro e um dos precursores do trap brasileiro, o carioca MC Poze do Rodo, na madrugada de ontem no Rio de Janeiro, reativou mais uma vez o discurso vitimista que o “funk” utiliza para se promover. O funqueiro, cujo nome de batismo é Marlon Brandon Coelho Couto Silva, e que já deixou a Delegacia de Repressão a Entorpecentes para ir a um presídio no bairro carioca de Benfica, tem entre o público da Geração Z e das esquerdas identitárias a reputação que Renato Russo teve entre o público de rock dos anos 1980, embora o MC não tenha 0,000001% do talento, pois se envolve em um ritmo marcado pela mais profunda precarização artístico-cultural. No entanto, MC Poze do Rodo foi detido por acusações de apologia ao crime organizado, ao porte ilegal de armas e à violência. Em várias vezes, Poze aparecia com armas nas fotos das redes sociais, o que poderia sugerir um funqueiro bolsonarista em potencial. A polícia do Rio de Janeiro enviou o seguinte comunicado:: “De acordo com as inves...

O ATRASO CULTURAL OCULTO DA GERAÇÃO Z

Fico pasmo quando leio pessoas passando pano no culturalismo pós-1989, em maioria confuso e extremamente pragmático, como se alguém pudesse ver uma espessa cabeleira em uma casca de um ovo. Não me considero careta e, apesar dos meus 54 anos de idade, prefiro ir a um Lollapalooza do que a um baile de gala. Tenho uma bagagem cultural maior do que mimha idade sugere, pelas visões de mundo que tenho, até parece que sou um cidadão mediano de 66 anos. Mas minha jovialidade, por incrível que pareça, está mais para um rapazinho de 26 anos. Dito isso, me preocupa a existência de ídolos musicais confusos, que atiram para todos os lados, entre um roquinho mais pop e um som dançante mais eroticamente provocativo, e no meio do caminho entre guitarras elétricas e sintetizadores, há momentos pretensamente acústicos. Nem preciso dizer nomes, mas a atual cena pop é confusa, pois é feita por uma geração que ouviu ao mesmo tempo Madonna e AC/DC, Britney Spears e Nirvana, Backstreet Boys e Soundgarden. Da...

LÉO LINS E A DECADÊNCIA DE HUMORISTAS E INFLUENCIADORES

LÉO LINS, CONDENADO A OITO ANOS DE PRISÃO E MULTA DE MAIS DE R$ 300 MIL POR CONTA DE PIADAS OFENSIVAS. Na semana passada, a Justiça Federal, através da 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo, condenou o humorista Léo Lins a oito anos de prisão, três deles em regime inicialmente fechado, e multa no valor de R$ 306 mil por fazer piadas ofensivas contra grupos minoritários.  Só para sentir a gravidade do caso, uma das piadas sugere uma sutil apologia ao feminicídio: "Feminista boa é feminista calada. Ou morta". Em outra piada machista, Léo disse: "Às vezes, a mulher só entende no tapa. E se não entender, é porque apanhou pouco". Léo também fez piadas agredindo negros, a comunidade LGBTQIA+, pessoas com HIV, indígenas, evangélicos, pessoas com deficiência, obesos e nordestinos, entre outros. O vídeo que inspirou a elaboração da sentença foi o espetáculo Perturbador, um vídeo gravado em 2022 no qual Léo faz uma série de comentários ofensivos. Os defensores de Léo dizem qu...

ELITE DO BOM ATRASO PIROU NAS REDES SOCIAIS

A BURGUESIA DE CHINELOS NÃO QUER OUTRO CANDIDATO EM 2026. SÓ QUER LULA. A elite do bom atraso, a “frente ampla” social que vai do “pobre de novela” - tipo que explicaremos em outra postagem - ao famoso muito rico, mas que inclui também a pequena burguesia e a parcela “legal” da alta burguesia, enlouqueceu nas redes sociais, exaltando o medíocre governo Lula e somente desejando ele para a Presidência da República na próxima eleição. Preso a estereótipos que deixaram de fazer sentido na realidade, como governar para os pobres e deixar a classe média abastada em segundo plano, Lula na prática expressa um peleguismo que é facilmente reconhecido por proletários, camponeses, sem-teto e servidores públicos, que veem o quanto o presidente “quer, mas não quer muito” trabalhar para o bem-estar dos brasileiros. Lula tem como o maior de seus inúmeros erros o de tratar a reconstrução do Brasil como se fosse uma festa. Esse problema, é claro, não é percebido pela delirante elite do bom atraso que, h...

GOVERNO LULA AGRAVA SUA CRISE

INDICADO POR LULA PARA O BANCO CENTRAL, GABRIEL GALÍPOLO PREFERIU MANTER OS JUROS ALTOS "POR MUITO TEMPO". Enquanto o governo Lula limita gastos mensais com universidades federais, a farra das ONGs nas ditas “emendas parlamentares” é de R$ 274 milhões. Na viagem para a China, Lula é acusado de gastar café com valor equivalente a R$ 56 e de conprar um terno no valor equivalente a R$ 850. Quanto às universidades públicas, a renomada Academia Brasileira de Ciências acusa o governo Lula de desmontar as instituições de ensino superior público através desses cortes financeiros. Lulistas blindam Janja quando ela quebrou o protocolo da conversa entre o marido e o presidente chinês Xi Jinping, para falar de sua preocupação com o Tik Tok. Em compensação, Lula não cumpriu a promessa de implantar o Plano Nacional de Transição Energética, que iria tirar o Brasil da dependência de combustível fóssil. Mas o presidente ainda quer devastar a Amazônia Equatorial para extrair mais petróleo. Lul...

QUANDO A CAPRICHO QUER PARECER A ROCK BRIGADE

Até se admite que o departamento de Jornalismo das rádios comerciais ditas “de rock” é esforçado e tenta mostrar serviço. Mas nem de longe isso pode representar um diferencial para as tais “rádios rock”, por mais que haja alguma competência no trabalho de seus repórteres. A gente vê o contraste que existe nessas rádios. Na programação diária, que ocupa a manhã, a tarde e o começo da noite, elas operam como rádios pop convencionais, por mais que a vinheta estilo “voz de sapo” tente coaxar a palavra “rock”. O repertório é hit-parade, com medalhões ou nomes comerciais, e nem de longe oferecem o básico para o público iniciante de rock. Para piorar, tem aquele papo furado de que as “rádios rock” não tocam só os “clássicos”, mas também as “novidades”. Papo puramente imbecil. É aquela coisa da padaria dizer que não vende somente salgados, mas também os doces. Que diferença isso faz? O endeusamento, ou mesmo as passagens de pano, da imprensa especializada às rádios comerciais “de rock” se deve...

A ILUSÃO DE QUERER PARECER O “MAIS LEGAL DO PLANETA”

Um dos legados do Brasil de Lula 3.0 está na felicidade tóxica de uma parcela de privilegiados. A obsessão de uns poucos bem-nascidos em parecer “gente legal”, em atrair apoio social, os faz até manipular a carteirada para cima e para baixo, entre um sentimento de orgulho aqui e uma falsa modéstia ali, sempre procurando mascarar a hipocrisia que não consegue se ocultar nas mentes dessas pessoas. Com a patrulha dos negacionistas factuais, “isentões” designados para promover o boicote ao pensamento crítico nas redes sociais, a “boa” sociedade que é a elite do bom atraso precisa parecer, aos olhos dos outros, as mais positivas possíveis, daí o esforço desesperado para criar um ambiente de conformidade e até de conformismo, sobretudo pela perigosa ilusão de acreditar que o futuro do Brasil será conduzido por um idoso de 80 anos. Quando ouvimos falar de períodos de supostas regeneração e glorificação do “povo brasileiro”, nos animamos no primeiro momento, achando que agora o Brasil será a n...

APOIO DAS ESQUERDAS AO "FUNK" ABRIU CAMINHO PARA O GOLPE DE 2016

MC POZE DO RODO, COM SEU CARRO LAMBORGHINI AVALIADO EM TRÊS MILHÕES DE REAIS. A choradeira das esquerdas médias diante da prisão de MC Poze do Rodo tenta reviver um hábito contraído há 20 anos, quando o esquerdismo passou a endossar o discurso fabricado pela Rede Globo e pela Folha de São Paulo para "socializar" o "funk", um dos ritmos do comercialismo brega-popularesco que passou a blindar por uma elite de intelectuais sob inspiração do antigo IPES-IBAD, só que sob uma retórica "pós-tropicalista". A revolta contra a prisão do funqueiro e alegações clichês como "criminalização da cultura" e "realidade da favela" feita por parlamentares e jornalistas da mídia esquerdista se tornam bastante vergonhosas e, em muitos casos, descontextualizada com a real preocupação com as classes pobres da vida real, que em nenhum momento são representadas ou se identificam com o "funk" ou o trap. O "funk" e o trap apenas falam sobre o ...