A devastação da parte brasileira da Amazônia já era uma rotina praticada por madeireiros clandestinos e por latifundiários.
Mas agora ela foi longe demais.
Jair Bolsonaro está estimulando a destruição florestal e finge defender a soberania desse patrimônio natural.
Mas ele quer transformá-la numa terra arrasada para depois entregá-la aos "parceiros" estrangeiros.
A coisa está tão grave que a mídia conservadora brasileira está preocupada com o assunto.
A recente demissão do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Ricardo Galvão, escancarou essa ferida grave.
Bolsonaro havia esnobado os dados científicos do INPE, o que fez o físico pedir demissão do cargo de diretor do órgão.
Cínico, o presidente da República tentou embarcar em dados do governo Lula, quando o desmatamento florestal atingia índices bem menores.
Isso colocou Bolsonaro numa sinuca de bico, porque com essa manobra o presidente admitiu que o governo Lula, que o "mito" tanto hostiliza com raiva desmedida, foi benéfico para o Brasil.
Mas aí até o ator Leonardo di Caprio, atualmente lançando Era Uma Vez em Hollywood (Once Upon a Time in Hollywood), resolveu também protestar contra os incêndios diários que afetam a floresta.
É mais um incidente gravíssimo no governo Jair Bolsonaro, que se desgasta a cada dia.
E isso mostra mais uma vez o preço caro pago pelo pragmatismo que atinge o Rio de Janeiro desde os anos 1990.
Aquela repentina inclinação dos cariocas ao retrocesso e à limitação da vida ao "básico do básico", que os fez votar em políticos que contribuíram para o golpe político de 2016, está acabando com o Brasil.
Os cariocas pouco ligam para a poluição que atinge o Rio de Janeiro e que, de longe, apresenta uma nuvem cinza que compromete a sua paisagem.
E eles fumam muito, para complicar as coisas, e acham que vão viver longamente ingerindo nicotina feito loucos.
Mas aí a tragédia não lhes poupa. E aí temos um triste quadro de despovoamento do Rio de Janeiro num contexto em que a Amazônia está sendo destruída.
Enquanto o povo pobre do Rio de Janeiro é morto pela polícia de Wilson Witzel e por milicianos que apoiam ele e Bolsonaro, o cigarro mata a "gente bonita" através do câncer, do infarto, do mal súbito e outros males não necessariamente tão súbitos.
Até quando os cariocas vão continuar naturalizando os erros e achando que "não é 100%, mas até que está bom demais"?
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