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SÉRGIO MORO TENTOU PROTEGER EDUARDO CUNHA

EDUARDO CUNHA E SÉRGIO MORO - JUNTOS PARA VINGAR A DERROTA DE ÁECIO NEVES.

As matérias do The Intercept confirmam as desconfianças de que as mudanças políticas de 2016 no Brasil teriam sido um golpismo político sem precedentes em nossa história.

A revanche motivada pela não-aceitação da derrota eleitoral de Aécio Neves mostra que houve golpe político e não um "natural processo político de combate à corrupção".

Segundo reportagem do The Intercept divulgada em nova parceria, com o portal Buzzfeed News, houve diálogos de Sérgio Moro com investigadores da Operação Lava Jato em 18 de outubro de 2016.

O procurador Deltan Dallagnol pediu a Sérgio Moro uma reunião para discutir um pedido de apreensão telefônica do deputado Eduardo Cunha.

Cunha é o artífice do golpe político de 2016 e teria comprado votos para a abertura do processo de impeachment que ceifou o governo Dilma Rousseff.

Não há uma menção do que foi discutido na reunião presencial entre Moro e Dallagnol.

Todavia, às 14h16, Dallagnol enviou uma mensagem dizendo que, após considerar o que foi dito por Moro, desistiu de pedir a apreensão dos celulares de Eduardo Cunha.

No dia seguinte à reunião, Eduardo Cunha foi preso em Brasília, mas não foi algemado, tendo sido tratado com exagerada cautela.

Os processos contra Cunha pela OLJ custaram a se realizar e até mesmo a investigação de sua esposa, a ex-jornalista Cláudia Cruz, havia sido também evitada por Moro, sob o pretexto de "não ser de sua jurisdição".

O Ministério da Justiça do governo Temer e a Lava Jato alegaram que os celulares de Cunha já haviam sido apreendidos em 15 de dezembro de 2015, pela etapa da LJ, a Operação Catilinárias.

Com Lula, Sérgio Moro apreendeu o tablete do neto e bloqueou bens de Marisa Letícia, além de vazar conversas particulares.

Já com Cunha, Moro foi extremamente cauteloso e a mídia alternativa caía na gozação ao ver que o então juiz não mexia com Cláudia Cruz.

Só depois Cunha foi abandonado, quando cumpriu o papel do golpismo político de 2016.

Isso nos faz inferir que, completado o plano da plutocracia em vender nosso patrimônio econômico para empresas estrangeiras, e extinguir direitos trabalhistas e previdenciários, o governo Jair Bolsonaro possa ser dissolvido.

Ontem três áreas portuárias, duas em Santos (SP) e uma em Paranaguá (PR), foram leiloadas, por um preço de R$ 148,5 milhões. Uma micharia, em termos macroeconômicos.

Se concluir a reforma previdenciária, será hora das elites sonharem com a Disneylândia política do Renova BR e sua princesinha Tábata Amaral.

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