Numa cidade como Niterói, onde dois bairros vizinhos, Rio do Ouro e Várzea das Moças, não têm avenida própria e se comunicam por rodovia estadual (RJ-106), causando sobreposição de funções (a rodovia vira "avenida de bairro") e ninguém liga para esse problema, absurdos continuam.
A moda agora são pequenas praças improvisadas, colocadas no meio da rua, aparentemente para ser uma opção de lazer a mais para os niteroienses.
Só que isso é a maior aberração existente na cidade.
Praças foram instaladas em alguns pontos da cidade, como na travessa Alberto Victor, no Rink, e na rua Coronel Moreira César, em Icaraí, que é o caso das duas fotos que tirei.
Vista de dentro, as praças improvisadas são até simpáticas, mas por fora elas são feias e grosseiras, lembrando tapumes de obras em andamento.
Além disso, essas praças ocupam uma parte de cada rua, complicando o trânsito.
Daí a agressão que essas praças improvisadas fazem à mobilidade urbana.
Mas o que é a mobilidade urbana para o niteroiense médio?
É a da mão levando o copo de cerveja da mesa para a boca do seu bebedor?
É a da bola levada pelos pés de um jogador de futebol carioca em direção ao gol adversário?
Assuntos fundamentais e necessários, porém manjados, como criar ciclovias e recapear asfaltos, são vistos pelos provincianos niteroienses como se fossem a descoberta da pólvora.
A Prefeitura de Niterói até exagerou ao definir um simples recapeamento de asfalto de um bairro como sua "repaginação".
E aí se criam praças grosseiras como estas, em vez de criar políticas de socialização.
Já tivemos a transformação do Campo de São Bento em uma lan house ao ar livre. Gente que poderia se conhecer pessoalmente fica isolada no fútil entretenimento do WhatsApp.
Essas praças improvisadas deveriam ser retiradas das ruas e estas, sem estacionamento, serem liberadas para o tráfego fluir um pouco mais, minimizando os congestionamentos que "entopem" as ruas e avenidas niteroienses.
Niterói precisa aprender a ser uma cidade decente, perdida que está no seu provincianismo autista.
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