A 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais manteve, em tese, a condenação de 20 anos e um mês de prisão ao ex-governador mineiro Eduardo Azeredo.
A condenação corresponde à sentença em segunda instância por suposto envolvimento no mensalão tucano, quando políticos do PSDB teriam se envolvido com o esquema de propinas do publicitário Marcos Valério.
Eduardo foi denunciado há 11 anos, nunca foi preso e nem vai ser.
O processo foi empurrado pela barriga, Eduardo não poderá ser preso, porque, nesse caso, espera-se todos os recursos da defesa, do contrário que se fez com o ex-presidente Lula, do PT.
Além disso, como o tucano, que, como deputado federal, chegou a propor censura à Internet (claro, quem deve, teme), vai completar 70 anos em setembro, o caso dele prescreverá.
Isso significa que a prescrição vai lhe dar um grande sossego, bem ao estilo dos tucanos.
Apesar disso, Eduardo, que não tem o menor carisma, deve ter o mesmo inferno astral de Aécio Neves, que também pode não ser preso, mas sofre um sério desgaste de reputação.
O que se supõe é que o grupo mineiro do PSDB possa se enfraquecer aos poucos, mas sem as punições que a Justiça partidarizada faz ao Partido dos Trabalhadores.
Embora os políticos do PSDB paulista, como José Serra e Geraldo Alckmin, estejam também envolvidos em graves denúncias, o partido parece privilegiar o grupo de São Paulo.
Infere-se que os tucanos paulistas, que comemorarão 30 anos da fundação do PSDB no próximo dia 25 de junho, tendem a ter seus interesses privilegiados no partido.
Além disso, haverá uma retórica de "volta às origens", com o "guru" Fernando Henrique Cardoso como destaque como membro-fundador.
Embora o PSDB tenha se tornado extremamente conservador, deve haver um aparato de "volta às origens" e a aposta em Geraldo Alckmin como candidato à Presidência da República.
Alckmin é "paulista demais" para poder vencer a campanha presidencial, mas ele mesmo é uma das apostas da plutocracia para suceder o cada vez mais decadente Michel Temer.
A mídia hegemônica ainda está perdida em muitas apostas, para evitar que esquerdistas e extremo-direitistas ocupem o assento presidencial em 2019.
Ainda não há uma definição, apesar de vários nomes potenciais, para um candidato "liberal" de grande apelo, digamos, quase popular.
Enquanto isso, já se fala em transferir Lula da prisão de Curitiba para um presídio mais rígido.
A prisão não acabou com as pressões que a retomada conservadora faz contra o PT.
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