Ontem ocorreu mais um atentado, quase um mês de outro que atingiu os ônibus da caravana que acompanhava o ex-presidente Lula.
Foi em Curitiba, na madrugada de ontem. Vários tiros foram dados contra o acampamento Marisa Letícia, nome em homenagem à falecida esposa do ex-presidente.
O acampamento, organizado pelo movimento Lula Livre, já estava distante da área original, que era mais próxima da sede da Polícia Federal, onde o petista está preso. O terreno, alugado, fica a 1600 metros da sede da PF.
Um pistoleiro foi filmado por uma das câmeras dos arredores. Ele foi visto a pé, mas teria fugido num carro sedan preto.
As balas encontradas, segundo a perícia, lembram as que foram encontradas no carro de Marielle Franco, assassinada em 14 de março passado. São de armas de uso restrito da Polícia Federal e do Exército.
Duas pessoas saíram feridas. Um homem foi internado em estado grave e foi identificado como Jefferson Lima de Menezes.
A coordenadora do acampamento, Edna Dantas, foi ferida no ombro por estilhaços que atingiram um banheiro químico.
O atentado ocorreu às duas horas, quando os manifestantes estavam dormindo.
Depois dos tiros, ouviram-se vozes ameaçando os manifestantes e barulhos de fogos de artifício.
A polícia do Paraná já tem imagens do suspeito e investiga o caso.
O atentado causou pânico entre os ocupantes, que se encontram bastante apreensivos.
Policiais teriam trocado tiros com outros indivíduos que teriam ameaçado os manifestantes.
Ainda há muita coisa a ser averiguada, e segunda-feira devem vir novas informações.
Mas há indícios de que o atentado teria sido feito por um grupo fascista.
Temia-se que esse atentado já ocorresse no comício de Lula em Curitiba, mas felizmente tudo ocorreu bem na ocasião.
Mas o atentado a um acampamento mostra que a ameaça é séria e que o fascismo é uma realidade no Brasil.
A grande mídia fala apenas em "intolerância", como se minimizasse as ameaças atribuindo o atentado somente a desordeiros das redes sociais.
A situação é grave, e ocorrida dias depois de Sérgio Moro reclamar do anúncio dado pelo Supremo Tibunal Federal (STF) de que o juiz paranaense deixaria de ser responsável por alguns casos de suposta corrupção atribuídos a Lula.
O atentado fez com que se fortalecesse a pressão para que Lula fosse transferido para um presídio do Exército, supostamente para evitar conflitos.
Já existem várias alegações que pedem a transferência de Lula: gastos com a prisão, conflitos entre manifestantes contra e a favor etc.
A Procuradoria-Geral do Município de Curitiba pediu a transferência de Lula para outro presídio.
O maior risco é que, no ambiente isolado de um presídio mais "seguro", Lula possa ser morto em alguma circunstância estranha.
Num Brasil em que o desemprego continua enorme e o grupo estrangeiro Kroton abocanha editoras e redes de ensino médio, num caminho gradual para a precarização da Educação, estamos rumando para cenários ainda mais sombrios.
O atentado em Curitiba deixa o Brasil em alerta.
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