Apesar do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva estar preso, o Partido dos Trabalhadores emitiu o comunicado mantendo a candidatura dele à Presidência da República.
O PT afirmou que a prisão é um golpe contra a democracia e reafirmou a inocência de Lula, cujas acusações de envolvimento em corrupção são feitas sem provas e com base em boatos.
O partido também afirma que homologará a candidatura do ex-presidente em 15 de agosto, como define a legislação eleitoral, além de se empenhar com mobilizações e recursos jurídicos para tirá-lo da prisão.
Enquanto isso, o ativista de direitos humanos argentino, o arquiteto Adolfo Perez Esquivel, Nobel da Paz em 1980, iniciou uma campanha para que Lula recebesse o mesmo prêmio.
Uma petição no portal de abaixo-assinados Change.org alcançou, ontem, 100 mil assinaturas, e o manifesto não para de receber adesões.
Esquivel lançou a campanha motivado pelo projeto político de Lula, que como presidente buscou combater a pobreza e a fome no Brasil.
Enquanto isso, o Comitê de Direitos Humanos da ONU começa a analisar o pedido da defesa de Lula, para que o órgão internacional pressione o governo brasileiro a pedir a soltura do ex-presidente.
Segundo o pedido, a medida visa manter Lula livre até que sejam esgotados todos os recursos jurídicos no caso do triplex do Guarujá, garantindo, assim, o direito constitucional da ampla defesa.
Ainda não há um prazo para a ONU adotar uma posição, mas o caso já está sendo apreciado. O britânico Geoffrey Robertson representa Lula no comitê e mantém contato com o casal Cristiano Zanin e Valeska Zanin, que enviaram documentos para o advogado da ONU.
Em compensação, o juiz Sérgio Moro proibiu o ex-presidente de receber visitas a não ser na quarta-feira, e não autorizou a visita de governadores que estavam em Curitiba para ver o petista.
Moro só permitiu que advogados visitassem Lula fora do referido dia da semana.
Consta-se que Lula está lendo o livro A Elite do Atraso, do sociólogo Jessé Souza.
Por outro lado, amigos temem que Lula possa sucumbir à depressão profunda, pois o ex-presidente sempre foi sociável e cercado de muitos amigos, e na prisão ele tem que suportar a solidão.
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