Eu demorei a escrever algo sobre as denúncias de assédio moral no jornal O Estado de São Paulo porque ando ocupado com outra atividade profissional, a de corretor de imóveis, já que estou fazendo estágio para o curso de Técnico de Transações Imobiliárias e agilizando meu registro no CRECI, Conselho Regional de Corretor de Imóveis. Não deixei o jornalismo, que atuarei informalmente, mas meu foco profissional agora é outro, vide a decadência da profissão de jornalista.
Estou montando um livro, misto de coletânea com textos inéditos, chamado Jornalismo em Crise, que envolve vários problemas, tanto relacionados à supervalorização do Jornalismo, há cerca de 30 anos, quanto a depreciação do mesmo. E escreverei um texto com mais detalhes sobre o caso do Estadão.
As denúncias giram em torno da chefe de redação Andreza Matais, esposa de um político da federação partidária PSDB-Cidadania. Ela estaria fazendo pressões que consistem em assédio moral, causando constrangimento no ambiente de trabalho, brigando com jornalistas, forçando jornalistas novos ou recém-contratados a produzir matérias fraudulentas para atender aos interesses pessoais da chefe.
Não é de hoje que ocorre ambiente tóxico no Estadão. Em 2000, isso resultou até em feminicídio, com o chefe de redação Antônio Pimenta Neves (ultimamente no fim da vida, por estar gravemente doente) tirando a vida da colega Sandra Gomide. O Estadão tem fama de ser um jornal ranzinza, velho, embora a Folha de São Paulo, no fundo, não é muito diferente, apenas podendo disfarçar com a máscara de modernidade.
O Ministério Público já mantém em andamento um inquérito sobre a atuação abusiva de Andreza Matais. Há uma grande chance do processo resultar na sentença que obrigará o Estadão a indenizar as vítimas dos diversos casos de assédio moral denunciados.
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