O QUE A "BOA" SOCIEDADE QUER É VIVER NO MUNDO DA FANTASIA.
A elite do atraso, que foi repaginada na classe "democrática" de hoje, briga com os fatos. Não quer ler textos questionadores do estabelecido e ficam submissas a quase tudo que lhes oferece de surreal. Se autoproclamando a "sociedade do amor", o que essa elite mais sente é um ódio profundo e incurável com a realidade dos fatos.
Sem sair de casa, a elite do bom atraso, essa burguesia à paisana metida a "gente simples", se acha no direito de julgar a realidade sem conhecê-la. Afinal, os textos e livros que apresentam a realidade essa elite se recusa a ler, por achá-los desagradáveis.
A estupidez dessa elite é tal que nostalgia é sempre associada à mediocridade cultural vivida na infância e adolescência dessa elite nos últimos 50 anos. Questionar isso aumenta o risco de cancelamento nas redes sociais e boicote a textos que não aceitam o que está estabelecido de bandeja.
Seu solipsismo lhes deixa nas zonas de conforto de achar que a realidade é que tem que se submeter aos caprichos valorativos dessa elite enrustida, cujo combustível psíquico é o mundo encantado do Instagram e do Tik Tok. Herdeira da Casa Grande, à elite do bom atraso, que pensa ser quilombo e imita a senzala, resta escravizar a realidade ao modo de ser conveniente a esta classe.
Se os relatórios institucionais falam de coisas tão fantásticas quanto um conto de fadas, como os tais "recordes históricos" do governo Lula que, de tão fáceis e rápidos demais, são bons demais para serem verdade, a "boa" sociedade aceita sem pensar. Está ali a fada-madrinha transformando abóbora em limusine e o pessoal vai para a cama, dormir tranquilo, sem pensar. Que se aceite a fantasia, ora!
Se os preços das coisas estão caros, só porque eles cabem no volumoso orçamento da burguesia de chinelos não quer dizer que passaram a ficar baratos. Eles continuam caros, a diferença é que eles estão ao alcance dos gastos mensais dessa elite da boa vida, deixando uma grande sobra de seus salários para o próximo mês.
Não podemos dizer que o Brasil vive uma crise de valores, que está longe de ser um país desenvolvido, que está culturalmente deteriorado. Temos que acreditar no conto da Cinderela e achar que até textos jornalísticos têm que se submeter ao mundo da fantasia, para o agrado de uma classe que domina as narrativas nas redes sociais. Que as distopias eurasiáticas não ultrapassem os limites urbanos de Madri.
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