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LULA ERRA FEIO AO CRIAR POLÊMICAS COM ASSUNTOS EXTERNOS

LULA QUERIA CRIAR PRETENSO PROTAGONISMO NA REUNIÃO DO G7.

A obsessão de Lula na priorização das viagens externas foi a sua primeira grande gafe governamental, apesar de seus defensores insistirem em dizer que foi um "grande acerto". Não foi, até porque isso não foi a sua plataforma eleitoral maior, a que foi decisiva nas votações. A prioridade eleitoral foi o combate à fome, a reconstrução do Brasil, o que exigiria que Lula priorizasse a política interna, não a externa.

A intransigente atuação de Lula, digna de um pelego político, indiferente a advertências e avisos e só recuando quando vê os estragos que causou, fez criar problemas quando, exagerando na sua atuação na política externa, tomou para si pautas que não se relacionam diretamente com o Brasil.

Os casos do conflito entre Ucrânia e Rússia, entre Israel e Palestina, são ilustrativos. Destes, o aparentemente mais justo é o caso do Estado da Palestina, mas mesmo assim não tem a ver com o assunto brasileiro. O único atenuante é que Lula não causou muita polêmica com esta pauta.

Já no caso da Ucrânia e Rússia, Lula já foi considerado ingênuo pelas autoridades internacionais por conta da sua proposta de pacificar os dois países. E, além de realimentar suspeitas com a oposição antipetista de uma suposta aliança, ou mesmo complacência, com a tirania do presidente russo Vladimir Putin, Lula ainda se atreveu a desqualificar a ONU, sugerindo que iria comandar um "grupo de países" para um acordo de paz entre as duas nações conflitantes. Uma "ONU" paralela?

No caso da Venezuela, em que o presidente Nicolás Maduro causou sérios problemas ao declarar-se reeleito mais uma vez, Lula se atreveu a intermediar as negociações, como se o presidente brasileiro fosse um menino de recados.

Só que isso fez com que Lula reativasse a raiva de seus opositores, sobretudo bolsonaristas, que agora usam a expressão "amigo de ditador" para desqualificar o presidente. E Nicolás Maduro complica ainda mais quando manda prender centenas de pessoas em presídio de segurança máxima e não enviar as atas das votações da campanha eleitoral.

Agora é a vez da Nicarágua, governada pelo ditador Daniel Ortega, que em função do esfriamento das relações entre os dois países, demitiu o embaixador brasileiro no país centro-americano, Breno Souza da Costa, e Lula demitiu a embaixadora nicaraguense no Brasil, Fúlvia Patrícia Castro Matu. Ela foi nomeada ministra da Economia Familiar pelo presidente nicaraguense.

Embora neste caso a reação do governo Lula tenha sido correta, isso não deixa de ser consequência do fato de Lula se expor demais ao mundo, colocando o Brasil em risco. Afinal, num momento em que o nosso país necessita de reconstrução, o ideal é que se viva um hiato de exposição mundial, ou seja, o Brasil deveria ser "fechado para balanço".

Em outras palavras, é como um casarão em ruínas que, precisando ser reconstruído, precisa ser fechado e isolado por tapumes. Faltou essa urgência para o Brasil, que já começou mal na campanha presidencial, com Lula criando clima de festa, e pior depois da posse, pois um país em reconstrução, considerado devastado e em ruínas, nunca iria pensar em fazer o tal Festival do Futuro.

Nosso país vê a crise aumentar, do contrário que os relatórios a favor do governo tanto falam. A inflação aumenta, os preços seguem caros, os salários seguem precários, o desemprego segue em alta, e o Governo Federal cortando mais dinheiro, desta vez com cerca de R$ 16 bilhões para Farmácia Popular, Auxílio Gás, Pé-de-Meia (espécie de mesada do governo para alunos pobres do ensino médio) e Educação pública. 

Não é preciso buscar o protagonismo mundial para se tornar um país com melhor qualidade de vida. Nações como Andorra, Liechtenstein e Luxemburgo não são vedetes da geopolítica mundial e possuem excelentes índices de qualidade de vida, com boas ofertas de emprego, bons salários e opções relevantes de cultura e lazer.

Que reconstrução do país é esta com tantos absurdos? E a gente questiona com textos informativos, falando de fatos, e há gente que não quer ler, como a turma do boicote que, pelo jeito, prefere brigar com os fatos enquanto só espera ler textos que só lhes agradam. Não se faz um país melhor com essa atitude, até porque sonhar alto demais, na realidade, pode resultar num grande pesadelo.

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