RODRIGO CONSTANTINO, EM POSE TÃO "REVOLTADA" QUANTO A DE SEUS SEGUIDORES.
Um dos assuntos mais recentes na Internet é a ascensão da juventude de direita, através de movimentos ultraconservadores que preocupam pelo seu tom rancoroso e violento e pelo seu apelo autoritário e reacionário.
Ela já estava em ação há cerca de quinze anos, mas só se tornou mais escancarada nos últimos dois anos. Entre 2005 e 2007, chegou a usar a máscara de uma "centro-esquerda" estranha, de pessoas reacionárias que fingiam gostar de Che Guevara e Hugo Chaves e seguiam Emir Sader e Caros Amigos nas mídias sociais.
Era época em que uma parcela da direita fingia ser progressista, mesmo quando ideologicamente era reacionária, para não virar "vidraça" e conquistar seguidores na Internet. Por isso limitavam sua pauta reacionária a valores estereotipados ligados à cultura e ao entretenimento, quase se silenciando nos aspectos políticos.
Eram pessoas que não toleravam críticas aos ídolos brega-popularescos e achavam que o paradigma de feminismo e de mulheres atraentes estava nas "mulheres-frutas" e similares. Faziam bullying contra quem criticava a sensualidade forçada e grotesca dessas "musas", como gracejavam contra quem reprovasse os ídolos musicais da grande mídia, sobretudo funqueiros, "sertanejos" e "pagodeiros".
Eles demonstravam seus valores reacionários implícitos através da defesa de uma "cultura popular" estereotipada e deturpada pelos meios de comunicação e mercado dominantes, e desejavam que o povo pobre se reduzisse a uma caricatura debiloide que apenas rebolasse e fizesse sorrisos bobos nos espaços midiáticos.
No entanto, nessa época, há cerca de dez anos, eles adotavam uma postura estranha de fazer falsos ataques à grande mídia - como Rede Globo e Veja - , ao PSDB e a reacionários da moda, podendo ser um comediante como Marcelo Madureira ou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
Aécio Neves e Galvão Bueno eram também os alvos tendenciosamente favoritos, e naquele tempo também George W. Bush e o FMI, assim como o Imperialismo, também eram alvos de falsos ataques desses reacionários, uma manobra feita apenas para atrair a simpatia de jovens mais moderninhos.
Musicalmente, eles só variam quando uns apreciam a música brega-popularesca - sobretudo os "sertanejos" e "pagodeiros" que fazem sucesso desde 1990 - e outros apreciam formas estereotipadas de rock através de nomes como Guns N'Roses, Linkin Park e System of a Down.
A máscara começou a cair em 2010, quando eles passaram a se assumir de direita, e radicalizaram a defesa do "estabelecido" que se resumia ao entretenimento e à cultura. Passaram a defender desde a pintura padronizada nos ônibus (que sugere a eles uma lógica militar imposta ao sistema de ônibus de cada cidade ou região) até a intervenção militar na política nacional.
Alguns se assumem direitistas na prática, mas não no discurso, esnobando com seus habituais "Huahuahuah" ou "kkkkkkkkkk" as acusações nesse sentido. Outros acham que são a verdadeira direita e atribuem até mesmo espaços direitistas como Globo, Folha e PSDB - que eles acham fracos - como "coniventes com o comunismo".
No geral, eles cortejam páginas como os Revoltados On Line e apreciam ideólogos como Rodrigo Constantino, Reinaldo Azevedo, Rachel Sheherazade, o roqueiro Lobão, Josias de Souza, Ricardo Noblat e Olavo de Carvalho. Os mais flexíveis também apreciam Merval Pereira e Eliane Cantanhede. Os mais aprofundados recorrem a Luiz Felipe Pondé e Carlos Alberto di Franco.
Depois de uma tendenciosa "simpatia" ao PT de 2005 a 2007, e do "silêncio ideológico" entre 2008 e 2010, época em que eram desmascarados por seus contestadores, os reacionários passaram, depois da vitória eleitoral de Dilma Rousseff, a se assumirem abertamente direitistas e até golpistas.
O maior medo é que eles, que nunca estavam aí para ética e respeito humano - só defendiam o "respeito" quando era para eles mesmos - eles faziam blogues de calúnias diversas ou despejavam comentários racistas acreditando na impunidade - , estão crescendo a ponto de haver movimentos extremistas por todo canto.
Até a ARENA (Aliança Renovadora Nacional), o partido da ditadura militar, está para ressurgir na vida partidária, através de movimentos de extrema-direita articulados no Rio Grande do Sul, um dos maiores focos de movimentos de intolerância social e racial do país.
O Sul e Sudeste estão decaindo com focos de neo-coronelismo, de provincianismo reacionário e de golpismo. O Estado do Rio de Janeiro surpreende com um surto de degradação social que o faz cenário de muitos atrasos sociais, culturais e políticos piores do que a Bahia dos tempos de Antônio Carlos Magalhães.
A diferença é que o Estado do Rio de Janeiro não tem um líder personificado como foi ACM, mas pessoas diversas como o neo-coronelismo político de Eduardo Paes e Luiz Fernando Pezão, o neo-medievalismo sócio-religioso de Eduardo Cunha e o golpismo encrenqueiro de Jair Bolsonaro.
É necessário que os movimentos sociais se atentem para isso. porque a juventude, etapa da vida antes associada à rebeldia e à inovação, apresenta agora um número crescente de grupos reacionários, que podem fazer a democracia pôr tudo a perder.
Afinal, essa patota só quer a "democracia" para eles e seus umbigos, podendo no futuro criar graves problemas para o nosso país. Com seu golpismo ideológico e suas práticas abusivas e caluniosas, eles querem passar por cima das leis e da ética para imporem seus pontos de vista e ameaçar a todos com seu terrorismo digital. O Brasil irá se arruinar com eles no poder.
Um dos assuntos mais recentes na Internet é a ascensão da juventude de direita, através de movimentos ultraconservadores que preocupam pelo seu tom rancoroso e violento e pelo seu apelo autoritário e reacionário.
Ela já estava em ação há cerca de quinze anos, mas só se tornou mais escancarada nos últimos dois anos. Entre 2005 e 2007, chegou a usar a máscara de uma "centro-esquerda" estranha, de pessoas reacionárias que fingiam gostar de Che Guevara e Hugo Chaves e seguiam Emir Sader e Caros Amigos nas mídias sociais.
Era época em que uma parcela da direita fingia ser progressista, mesmo quando ideologicamente era reacionária, para não virar "vidraça" e conquistar seguidores na Internet. Por isso limitavam sua pauta reacionária a valores estereotipados ligados à cultura e ao entretenimento, quase se silenciando nos aspectos políticos.
Eram pessoas que não toleravam críticas aos ídolos brega-popularescos e achavam que o paradigma de feminismo e de mulheres atraentes estava nas "mulheres-frutas" e similares. Faziam bullying contra quem criticava a sensualidade forçada e grotesca dessas "musas", como gracejavam contra quem reprovasse os ídolos musicais da grande mídia, sobretudo funqueiros, "sertanejos" e "pagodeiros".
Eles demonstravam seus valores reacionários implícitos através da defesa de uma "cultura popular" estereotipada e deturpada pelos meios de comunicação e mercado dominantes, e desejavam que o povo pobre se reduzisse a uma caricatura debiloide que apenas rebolasse e fizesse sorrisos bobos nos espaços midiáticos.
No entanto, nessa época, há cerca de dez anos, eles adotavam uma postura estranha de fazer falsos ataques à grande mídia - como Rede Globo e Veja - , ao PSDB e a reacionários da moda, podendo ser um comediante como Marcelo Madureira ou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
Aécio Neves e Galvão Bueno eram também os alvos tendenciosamente favoritos, e naquele tempo também George W. Bush e o FMI, assim como o Imperialismo, também eram alvos de falsos ataques desses reacionários, uma manobra feita apenas para atrair a simpatia de jovens mais moderninhos.
Musicalmente, eles só variam quando uns apreciam a música brega-popularesca - sobretudo os "sertanejos" e "pagodeiros" que fazem sucesso desde 1990 - e outros apreciam formas estereotipadas de rock através de nomes como Guns N'Roses, Linkin Park e System of a Down.
A máscara começou a cair em 2010, quando eles passaram a se assumir de direita, e radicalizaram a defesa do "estabelecido" que se resumia ao entretenimento e à cultura. Passaram a defender desde a pintura padronizada nos ônibus (que sugere a eles uma lógica militar imposta ao sistema de ônibus de cada cidade ou região) até a intervenção militar na política nacional.
Alguns se assumem direitistas na prática, mas não no discurso, esnobando com seus habituais "Huahuahuah" ou "kkkkkkkkkk" as acusações nesse sentido. Outros acham que são a verdadeira direita e atribuem até mesmo espaços direitistas como Globo, Folha e PSDB - que eles acham fracos - como "coniventes com o comunismo".
No geral, eles cortejam páginas como os Revoltados On Line e apreciam ideólogos como Rodrigo Constantino, Reinaldo Azevedo, Rachel Sheherazade, o roqueiro Lobão, Josias de Souza, Ricardo Noblat e Olavo de Carvalho. Os mais flexíveis também apreciam Merval Pereira e Eliane Cantanhede. Os mais aprofundados recorrem a Luiz Felipe Pondé e Carlos Alberto di Franco.
Depois de uma tendenciosa "simpatia" ao PT de 2005 a 2007, e do "silêncio ideológico" entre 2008 e 2010, época em que eram desmascarados por seus contestadores, os reacionários passaram, depois da vitória eleitoral de Dilma Rousseff, a se assumirem abertamente direitistas e até golpistas.
O maior medo é que eles, que nunca estavam aí para ética e respeito humano - só defendiam o "respeito" quando era para eles mesmos - eles faziam blogues de calúnias diversas ou despejavam comentários racistas acreditando na impunidade - , estão crescendo a ponto de haver movimentos extremistas por todo canto.
Até a ARENA (Aliança Renovadora Nacional), o partido da ditadura militar, está para ressurgir na vida partidária, através de movimentos de extrema-direita articulados no Rio Grande do Sul, um dos maiores focos de movimentos de intolerância social e racial do país.
O Sul e Sudeste estão decaindo com focos de neo-coronelismo, de provincianismo reacionário e de golpismo. O Estado do Rio de Janeiro surpreende com um surto de degradação social que o faz cenário de muitos atrasos sociais, culturais e políticos piores do que a Bahia dos tempos de Antônio Carlos Magalhães.
A diferença é que o Estado do Rio de Janeiro não tem um líder personificado como foi ACM, mas pessoas diversas como o neo-coronelismo político de Eduardo Paes e Luiz Fernando Pezão, o neo-medievalismo sócio-religioso de Eduardo Cunha e o golpismo encrenqueiro de Jair Bolsonaro.
É necessário que os movimentos sociais se atentem para isso. porque a juventude, etapa da vida antes associada à rebeldia e à inovação, apresenta agora um número crescente de grupos reacionários, que podem fazer a democracia pôr tudo a perder.
Afinal, essa patota só quer a "democracia" para eles e seus umbigos, podendo no futuro criar graves problemas para o nosso país. Com seu golpismo ideológico e suas práticas abusivas e caluniosas, eles querem passar por cima das leis e da ética para imporem seus pontos de vista e ameaçar a todos com seu terrorismo digital. O Brasil irá se arruinar com eles no poder.
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