ASTROS POP CONVENCIONAIS, COMO GEORGE MICHAEL, TAMBÉM SE APRESENTARAM NO LIVE AID DE 1985.
Hoje não vou ouvir rock. Vou entrar no clima de sábado à noite e ouvir pop dançante, inclusive disco music, em protesto contra esse tal Dia Mundial do Rock, que nunca foi uma data que eu tivesse o interesse de comemorar, sendo mais o Dia do Roqueiro Estereotipado.
Pouco diz a referência de surgimento dos Rolling Stones em 1962, porque, apesar da grande importância da banda para a história do rock, a data não chama a atenção dos leigos como fator de comemoração.
Isso porque os dois fatos não são a razão principal da criação do Dia Mundial do Rock, mas apenas desculpas para "amarrar" o dia que foi inspirado no aparentemente filantrópico evento Live Aid, realizado há 30 anos, que não foi um festival necessariamente de rock, embora a sugestão da escolha da data tenha sido dada pelo músico inglês Phil Collins (pai da deliciosa atriz Lily Collins).
O problema é que o Live Aid tinha nomes do pop convencional, como Madonna e George Michael, nomes que só "são rock" para setores da imprensa demasiado ocupados com a política que se limitam a julgar qualquer fenômeno "jovem" como "rock", olhando apenas para o lado da plateia, sem prestar atenção no som e nos intérpretes que estão atuando no palco.
Tudo bem que fosse apenas isso, mas quando fui pesquisar a respeito do Dia Mundial do Rock, vi uma informação que me deixou completamente pasmo: O DIA MUNDIAL DO ROCK SÓ É COMEMORADO NO BRASIL.
Nossa, como o Brasil é um país de matutos! Não por acaso o 13 de julho é também o Dia da Música Sertaneja, embora esta data tenha um sentido ambíguo, tanto pela música caipira autêntica que corre o risco de desaparecer quanto pelas canastrices "sertanejas" que vieram a partir da geração de Chitãozinho & Xororó e são levadas às últimas consequências pelos tais "universitários".
O resto do mundo não leva a sério o Dia Mundial do Rock. Só o Brasil. E o aspecto surreal é que a data foi escolhida arbitrariamente, também em solo brasileiro, apesar da inspiração do evento organizado em 1985 por Bob Geldof. E, pior, apesar de ter sido um evento dos anos 80, a escolha da data foi feita nos anos 1990, creio que em 1991, para promover o novo Rock In Rio.
Duas rádios paulistanas encamparam a data. A 97 Rock, que começava a se perder, abandonando aos poucos a linha histórica dos anos 80, com aquela carona no "padrão MTV" de hits "roqueiros", juntamente com aquele genérico pós-grunge da Jovem Pan FM chamado 89 FM.
As duas emissoras revolveram celebrar a data, ludibriando tantos brazucas que nunca ouvem rock, mas que passam o 13 de Julho brincando de serem roqueiros, dentro da imagem estereotipada que garante o sono dos pais caretas e rende lucros para empresários, executivos de mídia (rádio e TV, sobretudo) e patrocinadores e parceiros comerciais associados.
Haja guitarra-invisível (air guitar), haja sinal de diabo com as mãos, haja linguinha para fora. O "Dia Mundial do Rock" não passa de uma efeméride tão debiloide como o McLanche Feliz, aliás feita apenas para empresários de festivais musicais ou turnês brasileiras de medalhões do rock faturarem horrores promovendo o consumismo juvenil.
Pois o 13 de Julho só serve para isso. Para os brasileiros terem "consciência" de que precisam correr para comprar um ingresso caro para ver um medalhão do rock, gastar lanches caros, comprar produtos caros e consumir de forma aloprada os sucessos do medalhão do rock de todos os tempos ou, ao menos, da banda de rock da hora.
Esse Dia Mundial do Rock simboliza o contrário do que é a imagem histórica dos roqueiros rebeldes e engajados, dos fãs de rock que garimpam raridades e preciosidades, que não aceitam qualquer baboseira e têm muita cautela quando o assunto é consumir produtos, sem virarem marionetes do marketing.
O 13 de Julho tem mais a ver com "roqueiros" carneirinhos, que só se contentam com hits, com a canastrice das "rádios rock" e seus locutores abobalhados, com o mercado consumista voraz e marcados pela alienação que não raro os impele para o reacionarismo truculento (como os ouvintes da Rádio Cidade, cujo reacionarismo faz Lobão parecer palhaço de circo).
Por isso não vou comemorar o Dia Mundial do Rock. Hoje não vou ouvir rock. Não vou apoiar essa data que só serve para empurrar os jovens a pagar caro com ingressos, lanches, vestuário e adereços, tudo em nome de um simulacro de cultura rock que só serve para enriquecer os mesmos magnatas que só querem mais e mais lucros às custas da impulsiva submissão juvenil ao "deus" mercado.
Hoje não vou ouvir rock. Vou entrar no clima de sábado à noite e ouvir pop dançante, inclusive disco music, em protesto contra esse tal Dia Mundial do Rock, que nunca foi uma data que eu tivesse o interesse de comemorar, sendo mais o Dia do Roqueiro Estereotipado.
Pouco diz a referência de surgimento dos Rolling Stones em 1962, porque, apesar da grande importância da banda para a história do rock, a data não chama a atenção dos leigos como fator de comemoração.
Isso porque os dois fatos não são a razão principal da criação do Dia Mundial do Rock, mas apenas desculpas para "amarrar" o dia que foi inspirado no aparentemente filantrópico evento Live Aid, realizado há 30 anos, que não foi um festival necessariamente de rock, embora a sugestão da escolha da data tenha sido dada pelo músico inglês Phil Collins (pai da deliciosa atriz Lily Collins).
O problema é que o Live Aid tinha nomes do pop convencional, como Madonna e George Michael, nomes que só "são rock" para setores da imprensa demasiado ocupados com a política que se limitam a julgar qualquer fenômeno "jovem" como "rock", olhando apenas para o lado da plateia, sem prestar atenção no som e nos intérpretes que estão atuando no palco.
Tudo bem que fosse apenas isso, mas quando fui pesquisar a respeito do Dia Mundial do Rock, vi uma informação que me deixou completamente pasmo: O DIA MUNDIAL DO ROCK SÓ É COMEMORADO NO BRASIL.
Nossa, como o Brasil é um país de matutos! Não por acaso o 13 de julho é também o Dia da Música Sertaneja, embora esta data tenha um sentido ambíguo, tanto pela música caipira autêntica que corre o risco de desaparecer quanto pelas canastrices "sertanejas" que vieram a partir da geração de Chitãozinho & Xororó e são levadas às últimas consequências pelos tais "universitários".
O resto do mundo não leva a sério o Dia Mundial do Rock. Só o Brasil. E o aspecto surreal é que a data foi escolhida arbitrariamente, também em solo brasileiro, apesar da inspiração do evento organizado em 1985 por Bob Geldof. E, pior, apesar de ter sido um evento dos anos 80, a escolha da data foi feita nos anos 1990, creio que em 1991, para promover o novo Rock In Rio.
Duas rádios paulistanas encamparam a data. A 97 Rock, que começava a se perder, abandonando aos poucos a linha histórica dos anos 80, com aquela carona no "padrão MTV" de hits "roqueiros", juntamente com aquele genérico pós-grunge da Jovem Pan FM chamado 89 FM.
As duas emissoras revolveram celebrar a data, ludibriando tantos brazucas que nunca ouvem rock, mas que passam o 13 de Julho brincando de serem roqueiros, dentro da imagem estereotipada que garante o sono dos pais caretas e rende lucros para empresários, executivos de mídia (rádio e TV, sobretudo) e patrocinadores e parceiros comerciais associados.
Haja guitarra-invisível (air guitar), haja sinal de diabo com as mãos, haja linguinha para fora. O "Dia Mundial do Rock" não passa de uma efeméride tão debiloide como o McLanche Feliz, aliás feita apenas para empresários de festivais musicais ou turnês brasileiras de medalhões do rock faturarem horrores promovendo o consumismo juvenil.
Pois o 13 de Julho só serve para isso. Para os brasileiros terem "consciência" de que precisam correr para comprar um ingresso caro para ver um medalhão do rock, gastar lanches caros, comprar produtos caros e consumir de forma aloprada os sucessos do medalhão do rock de todos os tempos ou, ao menos, da banda de rock da hora.
Esse Dia Mundial do Rock simboliza o contrário do que é a imagem histórica dos roqueiros rebeldes e engajados, dos fãs de rock que garimpam raridades e preciosidades, que não aceitam qualquer baboseira e têm muita cautela quando o assunto é consumir produtos, sem virarem marionetes do marketing.
O 13 de Julho tem mais a ver com "roqueiros" carneirinhos, que só se contentam com hits, com a canastrice das "rádios rock" e seus locutores abobalhados, com o mercado consumista voraz e marcados pela alienação que não raro os impele para o reacionarismo truculento (como os ouvintes da Rádio Cidade, cujo reacionarismo faz Lobão parecer palhaço de circo).
Por isso não vou comemorar o Dia Mundial do Rock. Hoje não vou ouvir rock. Não vou apoiar essa data que só serve para empurrar os jovens a pagar caro com ingressos, lanches, vestuário e adereços, tudo em nome de um simulacro de cultura rock que só serve para enriquecer os mesmos magnatas que só querem mais e mais lucros às custas da impulsiva submissão juvenil ao "deus" mercado.
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