O Estado do Rio de Janeiro está vivendo uma crise política, pois os governantes estão cada vez mais adotando medidas autoritárias, em todos os sentidos, desobedecendo as leis mas sempre fazendo alegações demagógicas de que cumpre a lei ou age pelo interesse público.
Mentirosos e autoritários, os políticos que integram o grupo político de Eduardo Paes e Luiz Fernando Pezão, além de outros em sua órbita, como o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, preferem se voltar para interesses turísticos, em detrimento da população e de seus interesses sociais diversos.
Rodrigo, que só sabe falar grosso e mentir sobre seu programa de governo expondo ideias mirabolantes na mídia, decidiu expulsar os moradores de uma área habitacional para destruir as casas e, sob o pretexto de "preservação ambiental", pretende destruir as casas para instalar hotéis e parques turísticos. A área envolvida é o Imbuí, entre Piratininga e Jurujuba, no entorno próximo à futura avenida Cafubá-Charitas.
Trata-se da Aldeia do Imbuhy, que havia sido fundada em 1886 por um grupo de pescadores e atualmente nele se encontram descendentes de Flora Simas de Carvalho, que bordou o primeiro exemplar da bandeira do Brasil. O prefeito acionou o Exército Brasileiro para ajudar a expulsar moradores, desobedecendo a Lei Municipal n° 3040 / 2015, que prevê o tombamento do lugar.
A Aldeia do Imbuhy é conhecida pelo seu valor arquitetônico, paisagístico, histórico e etnográfico, sendo um importante patrimônio cultural de Niterói. Mas a lógica das autoridades ligadas direta ou indiretamente ao grupo político de Eduardo Paes - Rodrigo Neves não passa de "chinelo" do governador Luiz Fernando Pezão - é destruir patrimônios históricos e áreas ambientais por conta de uma falsa mobilidade urbana e de um turismo que só atende aos mais ricos e socialmente menos sensíveis.
Um protesto ocorreu hoje de tarde, na Praça Arariboia em frente à Estação das Barcas, no centro de Niterói, e eu mesmo participei do abaixo-assinado, solidário com a manifestação que chamou a atenção de transeuntes com discursos e faixas, uma delas contra o ministro da Defesa, Jacques Wagner, que havia sido governador da Bahia quando eu ainda morava em Salvador.
Jacques
enviou tropas para ordenar a expulsão de moradores em Niterói.
Rodrigo Neves disse querer indenizar os moradores desalojados, mas segundo manifestantes em greve da Universidade Federal Fluminense, solidários ao movimento pela Aldeia do Imbuhy, essa indenização é bastante precária, por vários motivos.
Primeiro, porque os locais escolhidos por Neves são muito distantes, e estão em péssimas condições de moradia. A inscrição do programa "Minha Casa, Minha Vida" não é mais que um cadastro, sem garantia de recebimento de uma casa. A chamada "bolsa social" é temporária e seu valor não consegue pagar o aluguel de uma residência digna.
Junto à Aldeia do Imbuhy, tem a Praia do Sossego, que também será afetada com o novo projeto turístico do prefeito de Niterói, que se dará em desrespeito à história e ao patrimônio cultural da cidade.
Quem quiser participar do abaixo-assinado na Internet pode acessar: http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/30864
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