IMPÉRIO SERRANO VAI ENSINAR SAMBA PARA OS SAMBREGAS DA ERA COLLOR?
Depois de desmontada a MPB, os intelectuais "bacanas" agora mudam a tática.
Agora estão falando de MPB autêntica, relembrando de velhos sambistas, velhos violeiros, ou de nomes pós-tropicalistas como Novos Baianos.
Já que a MPB morreu no mainstream, com a supremacia totalitária do "sertanejo", "funk", axé-music e "forró eletrônico" ("neo-forró", no jargão da "bacanada" pensante), então é hora de rever as coisas.
Afastou-se a MPB que pensava a vida e mobilizava as pessoas, e destruiu-se o legado das gerações cepecistas e bossanovistas de 1960-1965 e seus derivados.
A ideia é só respeitar a MPB autêntica que não desafiava o trem-bala do hit-parade estadunidense.
Ou então a MPB que tinha uma agenda temática que pode ser americanizada.
Até a antropofagia cultural era aceita não no sentido de uma cultura brasileira que traduz as influências estrangeiras em renovação local, mas no sentido dela abrir as portas para todo tipo de americanização.
Mas não se cria antropofagia cultural nas vaquejadas do "sertanejo universitário". Muito menos num cenário entreguista do "funk" ou no carlismo-tucanato da axé-music.
Os intelectuais "bacanas" desmoralizam a MPB e humilham Chico Buarque com o mesmo apetite de Veja e Isto É contra Lula, Dilma, José Dirceu etc, e fazem os jovens romperem com a MPB.
Que fosse nos anos 80, com o Rock Brasil, é um mal a menos, porque os roqueiros brasileiros, no fundo, respeitavam a MPB, só reclamavam de sua acomodação na época.
Mas hoje a ruptura com a MPB é com a bregalização generalizada do "sertanejo universitário" que ancora a avalanche brega-popularesca musical que domina todos os setores da juventude brasileira.
E o que nossa intelligentzia, que por mais que tente um vínculo com a mídia progressista, faz serviço free lancer para os barões da mídia, quer com esse suposto resgate da MPB?
Parece a preparação para aquela farsa de 1998-2002, época do segundo governo FHC.
Nela, os barões da mídia patrocinaram a "conversão" dos neo-bregas da Era Collor (1989-1992) à "MPB de mentirinha".
Enfiavam "pagodeiros", "sertanejos", axézeiros etc, gravando duetos ou tributos que envolvessem o repertório da MPB autêntica.
Tudo feito no absoluto pedantismo.
"Sertanejos" e "pagodeiros" passaram a gravar "discos de arranjador", porque a única coisa que serviu nesse pedantismo neo-brega foi dar emprego para músicos de estúdio convertidos em arranjadores.
Músicos que ainda vinham do tempo da MPB pasteurizada dos anos 80, e que resolveram arranjar e até recompor as músicas dos "pagodeiros" e "sertanejos" da safra 1989-1992.
E os neo-bregas se achando depois que gravaram covers de Djavan, Lupicínio Rodrigues, do Clube da Esquina, de Tom Jobim.
Hoje, infelizmente, há um plano secreto de subordinar o cenário da MPB hoje aos neo-bregas dos anos 1990. Alguns até se "converteram" em pretensos emepebistas, prometendo "repaginar a carreira".
Mas é como se as raposas neo-bregas passassem a tomar conta do galinheiro da MPB.
E é isso que se teme, sobretudo com as "palhinhas" que os intelectuais "bacanas" passaram a fazer.
Vão ensinar Bezerra da Silva, agora "2Pacifizado", para os funqueiros da hora.
Vão ensinar o samba-enredo da Império Serrano para os sambregas com alguma ambição arrivista.
Vão ensinar o Clube da Esquina para o "sertanejo universitário".
Vão ensinar o som dos Novos Baianos para os axézeiros na UTI musical da Bahia e, talvez, exilados num Rio de Janeiro mais receptivo ao comercialismo musical.
Vão "empoderar" os "funks" e "pagodões" rebolativos, com a provocatividade reduzida a um fim em si mesmo.
E aí será criada a "MPB de Cativeiro", sem os Buarques, os Jobins e as Telles a esbanjar beleza e inteligência aguda aos brasileiros, mas com uma brasilidade apenas feita para o consumo e para se servir nas refeições dos restaurantes, bares e boates.
Depois de desmontada a MPB, os intelectuais "bacanas" agora mudam a tática.
Agora estão falando de MPB autêntica, relembrando de velhos sambistas, velhos violeiros, ou de nomes pós-tropicalistas como Novos Baianos.
Já que a MPB morreu no mainstream, com a supremacia totalitária do "sertanejo", "funk", axé-music e "forró eletrônico" ("neo-forró", no jargão da "bacanada" pensante), então é hora de rever as coisas.
Afastou-se a MPB que pensava a vida e mobilizava as pessoas, e destruiu-se o legado das gerações cepecistas e bossanovistas de 1960-1965 e seus derivados.
A ideia é só respeitar a MPB autêntica que não desafiava o trem-bala do hit-parade estadunidense.
Ou então a MPB que tinha uma agenda temática que pode ser americanizada.
Até a antropofagia cultural era aceita não no sentido de uma cultura brasileira que traduz as influências estrangeiras em renovação local, mas no sentido dela abrir as portas para todo tipo de americanização.
Mas não se cria antropofagia cultural nas vaquejadas do "sertanejo universitário". Muito menos num cenário entreguista do "funk" ou no carlismo-tucanato da axé-music.
Os intelectuais "bacanas" desmoralizam a MPB e humilham Chico Buarque com o mesmo apetite de Veja e Isto É contra Lula, Dilma, José Dirceu etc, e fazem os jovens romperem com a MPB.
Que fosse nos anos 80, com o Rock Brasil, é um mal a menos, porque os roqueiros brasileiros, no fundo, respeitavam a MPB, só reclamavam de sua acomodação na época.
Mas hoje a ruptura com a MPB é com a bregalização generalizada do "sertanejo universitário" que ancora a avalanche brega-popularesca musical que domina todos os setores da juventude brasileira.
E o que nossa intelligentzia, que por mais que tente um vínculo com a mídia progressista, faz serviço free lancer para os barões da mídia, quer com esse suposto resgate da MPB?
Parece a preparação para aquela farsa de 1998-2002, época do segundo governo FHC.
Nela, os barões da mídia patrocinaram a "conversão" dos neo-bregas da Era Collor (1989-1992) à "MPB de mentirinha".
Enfiavam "pagodeiros", "sertanejos", axézeiros etc, gravando duetos ou tributos que envolvessem o repertório da MPB autêntica.
Tudo feito no absoluto pedantismo.
"Sertanejos" e "pagodeiros" passaram a gravar "discos de arranjador", porque a única coisa que serviu nesse pedantismo neo-brega foi dar emprego para músicos de estúdio convertidos em arranjadores.
Músicos que ainda vinham do tempo da MPB pasteurizada dos anos 80, e que resolveram arranjar e até recompor as músicas dos "pagodeiros" e "sertanejos" da safra 1989-1992.
E os neo-bregas se achando depois que gravaram covers de Djavan, Lupicínio Rodrigues, do Clube da Esquina, de Tom Jobim.
Hoje, infelizmente, há um plano secreto de subordinar o cenário da MPB hoje aos neo-bregas dos anos 1990. Alguns até se "converteram" em pretensos emepebistas, prometendo "repaginar a carreira".
Mas é como se as raposas neo-bregas passassem a tomar conta do galinheiro da MPB.
E é isso que se teme, sobretudo com as "palhinhas" que os intelectuais "bacanas" passaram a fazer.
Vão ensinar Bezerra da Silva, agora "2Pacifizado", para os funqueiros da hora.
Vão ensinar o samba-enredo da Império Serrano para os sambregas com alguma ambição arrivista.
Vão ensinar o Clube da Esquina para o "sertanejo universitário".
Vão ensinar o som dos Novos Baianos para os axézeiros na UTI musical da Bahia e, talvez, exilados num Rio de Janeiro mais receptivo ao comercialismo musical.
Vão "empoderar" os "funks" e "pagodões" rebolativos, com a provocatividade reduzida a um fim em si mesmo.
E aí será criada a "MPB de Cativeiro", sem os Buarques, os Jobins e as Telles a esbanjar beleza e inteligência aguda aos brasileiros, mas com uma brasilidade apenas feita para o consumo e para se servir nas refeições dos restaurantes, bares e boates.
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