Algo muito estranho ocorre no país.
De repente, empresas brasileiras estão sendo desmoralizadas por denúncias de corrupção e irregularidades.
É claro que existem empresários corruptos, esquemas de propinas envolvendo empresários brasileiros, que envolvem até processos eleitorais e carreiras de políticos.
Mas observa-se que a desmoralização não atinge necessariamente os empresários, mas as empresas brasileiras.
A Operação Lava Jato diz ter recuperou R$ 10 bilhões em três anos de atividade.
Uma grande micharia, se levarmos em conta a dimensão do Brasil.
Sem falar que o valor é um doze avos o valor estimado do prejuízo causado pela operação.
Isto quer dizer que R$ 120 bilhões foram o valor perdido com o cancelamento de grandes atividades de infraestrutura no Brasil e em outros países.
A empreiteira Odebrecht é um exemplo disso.
Hoje a empresa está em processo de decadência vertiginoso.
Agora vem o escândalo de empresas de alimentos, a JBS e a BRF, respectivamente donas da Seara / Friboi e da Sadia / Perdigão.
Elas foram denunciadas pela Operação Carne Fraca por suposto envolvimento em esquemas de corrupção.
Não apenas isso: elas seriam acusadas de adulterarem carne fora do prazo, disfarçando a podridão e ocultando o odor desagradável.
A Friboi virou alvo de piada, que a definiu como "mistura de carne com papelão".
Tony Ramos, garoto-propaganda da Friboi, se disse surpreso com o caso.
Fátima Bernardes, garota-propaganda da Seara, anunciou que deixará a campanha.
A carne podre apavorou a população, sobretudo pela abordagem da grande mídia.
Mas o possível esquema de corrupção da JBS, que as chamadas fake news insistiram em contar com a participação de Fábio Lula da Silva, um dos filhos do ex-presidente Lula e conhecido como Lulinha, mas só encontraram suspeitos na plutocracia.
Como o ministro da Fazenda do governo Michel Temer, Henrique Meirelles, que havia participado do conselho administrativo da empresa.
Geddel Vieira Lima e Eduardo Cunha também seriam suspeitos de participação de um esquema de corrupção na JBS.
Recentemente, foi preso um funcionário da Seara, Flávio Evers Cassou, que nas mídias sociais era um anti-petista doentio.
Numa postagem, ele, ironizando o programa Mais Médicos, que importou médicos cubanos, pedia para o Brasil importar juízes da Indonésia, que pune a corrupção com pena de morte.
Mas há uma denúncia que coloca como suspeito um ministro do presidente temeroso.
O ministro da Justiça, Osmar Serraglio, aliado também de Eduardo Cunha, é acusado de, durante campanha de 2014, de ter recebido dinheiro da JBS.
Evidentemente é bom denunciar casos de corrupção, mas o processo que se realiza no Brasil é bastante seletivo e tendencioso.
E acaba causando prejuízo à economia brasileira, desmoralizando as empresas nacionais.
Quem faz a festa são as multinacionais, que veem boas fatias de negócios ao seu alcance.
Como nos casos da Odebrecht e da estatal Petrobras, também cobiçadas por grupos estrangeiros.
E os grupos estrangeiros investem uma micharia para depois levar para suas matrizes lucros muito maiores do valor investido.
O Brasil está num processo de grande empobrecimento.
Os investimentos públicos, sobretudo para Educação e Saúde, ficaram congelados e limitados, forçando as instituições públicas a racionalizar os gastos.
As reformas trabalhista e previdenciária, juntas, restringirão ainda mais o bolo financeiro a ser usado para remunerar os trabalhadores e aposentados (se eles sobreviverem para obter este benefício).
Tem-se a tal "caridade" religiosa, que serve mais para promover o "filantropo" pelo pouquíssimo que faz para os necessitados, com muita festa para pouco benefício.
E tem-se a grana dos investidores financeiros, que investem pouco, incluindo tecnologia obsoleta e mão-de-obra barata, para levar um faturamento muitas vezes maior.
Nunca na história deste país, depois que Dilma Rousseff foi expulsa do poder, o povo brasileiro foi forçado a "apertar o cinto" de maneira tão drástica e dramática.
E o brasileiro médio ainda acha que vivemos bons tempos. Vá entender.
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