Ontem houve a manifestação em prol de Sérgio Moro e "contra a corrupção", baseado sempre na pauta da mídia venal.
Niterói é uma das cidades onde ocorreu a manifestação de 26 de março, um fiasco em boa parte das cidades brasileiras.
Organizado pelos grupos Movimento Brasil Livre e Vem Pra Rua, a passeata foi realizada de manhã, entre dez da manhã e meio-dia, na Av. Jornalista Alberto Francisco Torres, na Praia de Icaraí.
A quantidade de pessoas correspondia a uma extensão de calçada na referida avenida, entre a Rua Lopes Trovão e a Rua Pres. Backer.
O movimento, porém, estava muito aquém em relação a 2015 ou mesmo do fogo-de-palha midiático de março de 2016.
Naquela época, a raivosa oposição ao governo Dilma Rousseff e, é claro, a ignorância quanto ao cenário político que viria, motivava as manifestações.
Hoje a pauta é muito mais amena: apoio à Lava Jato, a Temer, a Sérgio Moro, a terceirização e contra a "carne podre", que se revelou uma fofoca, e "cachorros-mortos" como Sérgio Cabral Filho.
Ah, e o desejo de ver o ex-presidente Lula na cadeia.
A manifestação era tão entediante, apesar de tocar algumas músicas de Rock Brasil e uma de Gabriel O Pensador, que afastou as pessoas ainda no começo das onze da manhã.
O almoço não seria desculpa, até porque o pessoal é do tipo que costuma, nos domingos, almoçar às duas da tarde.
De longe, visto da Praia João Caetano (antiga Praia das Flechas), o movimento constrangia de tão inexpressivo. Parecia o de uma seita religiosa.
Quando eu passei por uma banca de jornais e revistas na Rua Otávio Carneiro, uma situação inusitada. O vendedor estava conversando com um amigo.
- Está havendo um protesto lá na praia. - disse o amigo.
- Ué, cadê o protesto? Não tem barulho, cadê o som? - perguntou o jornaleiro.
- Tem um cara falando lá no alto-falante. - respondeu o amigo.
A conversa foi meio em tom de ironia, como se a manifestação fosse um fiasco.
Andando mais adiante, não me contive nas risadas, ao pensar a conversa.
Ao verificar o local, as pessoas já começavam a irem embora.
Antes do meio-dia, a manifestação já havia se esvaziado.
E as pessoas que estavam em volta estavam indiferentes.
O "protesto" de 26 de março será tragado pelo tempo e condenado ao esquecimento.
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