No próximo dia 04, o Tribunal Superior Eleitoral julgará as denúncias de irregularidades cometidas na campanha da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer nas eleições de 2014.
O julgamento pode tornar Dilma inelegível por oito anos, se forem comprovadas as irregularidades.
A questão é se a chapa será cassada como um todo ou se o hoje presidente Temer será poupado.
Há um incidente no caminho da votação sobre a cassação da chapa.
Um dos ministros do TSE, Henrique Neves, está para encerrar o mandato e existe uma expectativa que ele vote antes de deixar o cargo.
Henrique poderá acompanhar a tese do relator do processo, Herman Benjamin, que defende a cassação da chapa em conjunto.
O ministro Neves será substituído por Admar Gonzaga, indicado por Temer, e por isso defensor da tese de votar a cassação em separado.
Essa tese, que pretende inocentar a participação de Temer nas irregularidades da chapa, é o recurso para manter o presidente no poder até 2018.
Os advogados de Temer já entregaram ao TSE uns memoriais de defesa para evitar que Michel Temer seja cassado e, com isso, perca o mandato.
Há três teses descritas nos memoriais.
Uma é a "nulidade da peça inicial", alegando que o esquema de superfaturamento de prestadores de serviço do PT não teve a participação do PMDB.
Outra é a "insustentabilidade de provas", alegando que os depoimentos de executivos que descreveram o esquema não poderiam ser usados como provas, mas como munição para a acusação.
A terceira é a "separação da chapa", atribuindo uma "mudança de jurisprudência" do TSE, que geralmente cassa a chapa inteira por irregularidades cometidas.
A ideia é tentar provar que Temer não teria atuado em conjunto com Dilma, tendo sido ela a única responsável pelo abuso do poder econômico.
O Ministério Público Eleitoral tenta uma manobra.
Ele propõe a cassação de toda a chapa, mas a liberação de Michel Temer para concorrer à eleição indireta do Congresso Nacional.
E isso apesar de Temer ser um impedido político, por causa de um crime eleitoral em 2014, com doações de campanha acima do permitido para candidatos a deputado pelo PMDB.
Mas como, diante de tantas armações políticas, tudo é possível, essa manobra insólita fará Temer deixar o mandato para reassumi-lo.
Temer, o inimigo do povo brasileiro, por causa de suas reformas retrógradas, não quer largar o osso.
Se pelo menos as manifestações marcadas para o dia 31 em todo o país fizerem pressão contra essa ameaça...
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