HÁ POUCOS DIAS, PEDRO PARENTE PARECIA FELIZ QUANDO ENTREVISTADO POR MIRIAM LEITÃO.
A saída de Pedro Parente da presidência da Petrobras foi menos uma vitória das forças progressistas e mais um atestado da crise do golpe político de 2016.
As forças progressistas apenas venceram uma batalha, pois a pressão dos petroleiros e dos caminhoneiros conseguiu derrubar Parente.
Pedro Parente, como ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso (passou por três pastas, Planejamento, Casa Civil e Minas e Energia), era também considerado entreguista.
Ele queria fazer a Petrobras ficar competitiva, valorizada nas bolsas de valores, para depois privatizá-la, desejo manifesto pelo próprio Parente.
Sua vocação para defensor do capital estrangeiro é tanta que, a exemplo de Roberto Campos, que havia sido apelidado de Bob Fields, com o idioma inglês dos EUA, Pedro Parente poderia ser muito bem apelidado de Peter Relative.
Ele tornou-se notório pela arbitrária e perversa política de preços dos combustíveis.
Ele vinculava esse preço ao preço do petróleo brasileiro no mercado internacional combinado com as variações do dólar no câmbio de nosso país.
O resultado foi que os preços dos combustíveis aumentavam quase diariamente, desde que Parente assumiu a presidência da Petrobras.
Isso é negativo para a economia brasileira. Com os combustíveis mais caros, o custo repassa para os preços de produtos e serviços, como uma verdadeira contaminação contagiosa.
Juntamente com o excesso de impostos, essa pressão dos combustíveis simplesmente influi também na queda de consumo e no desemprego.
Ou seja, é uma verdadeira praga econômica.
A greve dos caminhoneiros e a dos petroleiros - que chegou a ser considerada ilegal pelo Tribunal Superior do Trabalho - fizeram esse alerta.
O engraçado é que, quando acabou a greve dos caminhoneiros, o presidente Michel Temer falou uma grande bobagem: ele disse que foi "iluminado por Deus".
Não menos ridícula era a postura de Pedro Parente, ou "Peter Relative", quando entrevistado pela jornalista Miriam Leitão, conhecida amiga do grande capital.
Embora aparentemente prudente e realista, Parente declarou que a Petrobras "virou a página de sua pior crise, sem dúvida nenhuma".
Mas ele também havia declarado que estava pronto para enfrentar "tempestades", que sua gestão tinha um "planejamento estratégico" para enfrentar crises.
Só que Parente não aguentou a pressão e renunciou. Ele admitiu que sua presença no comando da Petrobras "não estava sendo positiva".
Temer indicou como presidente interino da Petrobras Ivan Monteiro, que avisou que não vai intervir na política de preços da Petrobras, o que não é bom sinal.
Parente já tem lugar na BRF (Brasil Foods), empresa alimentícia recentemente investigada pela controversa Operação Carne Fraca.
A grande lição do episódio da saída de Pedro Parente da Petrobras é que o governo Michel Temer se revelou uma grande confusão.
O Brasil ficou confuso, inseguro e frágil, com a plutocracia retomando o protagonismo.
Uma tragicomédia de erros, muitos grosseiros, muitos deles gafes constrangedoras e preocupantes, e que praticamente rebaixaram o Brasil a uma reputação humilhante na comunidade das nações.
As forças progressistas não venceram a guerra, mas apenas tiveram uma pequena vitória pressionando para que "Peter Relative" deixasse a Petrobras.
A greve dos caminhoneiros e, depois, dos petroleiros, foi demais. Chegou-se a falar em efeitos equiparados a uma greve geral com o país parando na última terça-feira, algo que não ocorreu, mas esteve perto disso.
A crise do governo Temer foi a pior, e já se fala que o mandato do presidente está sob risco.
O "governo da pacificação" e sua "equipe de notáveis" só se envolveu em confusões, gafes, desastres.
E os "notáveis" - na verdade, notáveis incompetentes - foram se desmontando um a um.
Pedro Parente foi o mais recente deles. Um governo que prometia adotar uma "racionalidade" econômica, como se isso fosse positivo para o povo brasileiro.
O governo Temer foi apenas uma versão alucinada do governo Fernando Henrique Cardoso, que também se revelou desastroso, mas era um pouco mais sutil.
O Brasil ainda segue à deriva, na sua fragilidade política, sem garantias de volta das forças progressistas ao poder. A situação continua delicada.
A saída de Pedro Parente da presidência da Petrobras foi menos uma vitória das forças progressistas e mais um atestado da crise do golpe político de 2016.
As forças progressistas apenas venceram uma batalha, pois a pressão dos petroleiros e dos caminhoneiros conseguiu derrubar Parente.
Pedro Parente, como ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso (passou por três pastas, Planejamento, Casa Civil e Minas e Energia), era também considerado entreguista.
Ele queria fazer a Petrobras ficar competitiva, valorizada nas bolsas de valores, para depois privatizá-la, desejo manifesto pelo próprio Parente.
Sua vocação para defensor do capital estrangeiro é tanta que, a exemplo de Roberto Campos, que havia sido apelidado de Bob Fields, com o idioma inglês dos EUA, Pedro Parente poderia ser muito bem apelidado de Peter Relative.
Ele tornou-se notório pela arbitrária e perversa política de preços dos combustíveis.
Ele vinculava esse preço ao preço do petróleo brasileiro no mercado internacional combinado com as variações do dólar no câmbio de nosso país.
O resultado foi que os preços dos combustíveis aumentavam quase diariamente, desde que Parente assumiu a presidência da Petrobras.
Isso é negativo para a economia brasileira. Com os combustíveis mais caros, o custo repassa para os preços de produtos e serviços, como uma verdadeira contaminação contagiosa.
Juntamente com o excesso de impostos, essa pressão dos combustíveis simplesmente influi também na queda de consumo e no desemprego.
Ou seja, é uma verdadeira praga econômica.
A greve dos caminhoneiros e a dos petroleiros - que chegou a ser considerada ilegal pelo Tribunal Superior do Trabalho - fizeram esse alerta.
O engraçado é que, quando acabou a greve dos caminhoneiros, o presidente Michel Temer falou uma grande bobagem: ele disse que foi "iluminado por Deus".
Não menos ridícula era a postura de Pedro Parente, ou "Peter Relative", quando entrevistado pela jornalista Miriam Leitão, conhecida amiga do grande capital.
Embora aparentemente prudente e realista, Parente declarou que a Petrobras "virou a página de sua pior crise, sem dúvida nenhuma".
Mas ele também havia declarado que estava pronto para enfrentar "tempestades", que sua gestão tinha um "planejamento estratégico" para enfrentar crises.
Só que Parente não aguentou a pressão e renunciou. Ele admitiu que sua presença no comando da Petrobras "não estava sendo positiva".
Temer indicou como presidente interino da Petrobras Ivan Monteiro, que avisou que não vai intervir na política de preços da Petrobras, o que não é bom sinal.
Parente já tem lugar na BRF (Brasil Foods), empresa alimentícia recentemente investigada pela controversa Operação Carne Fraca.
A grande lição do episódio da saída de Pedro Parente da Petrobras é que o governo Michel Temer se revelou uma grande confusão.
O Brasil ficou confuso, inseguro e frágil, com a plutocracia retomando o protagonismo.
Uma tragicomédia de erros, muitos grosseiros, muitos deles gafes constrangedoras e preocupantes, e que praticamente rebaixaram o Brasil a uma reputação humilhante na comunidade das nações.
As forças progressistas não venceram a guerra, mas apenas tiveram uma pequena vitória pressionando para que "Peter Relative" deixasse a Petrobras.
A greve dos caminhoneiros e, depois, dos petroleiros, foi demais. Chegou-se a falar em efeitos equiparados a uma greve geral com o país parando na última terça-feira, algo que não ocorreu, mas esteve perto disso.
A crise do governo Temer foi a pior, e já se fala que o mandato do presidente está sob risco.
O "governo da pacificação" e sua "equipe de notáveis" só se envolveu em confusões, gafes, desastres.
E os "notáveis" - na verdade, notáveis incompetentes - foram se desmontando um a um.
Pedro Parente foi o mais recente deles. Um governo que prometia adotar uma "racionalidade" econômica, como se isso fosse positivo para o povo brasileiro.
O governo Temer foi apenas uma versão alucinada do governo Fernando Henrique Cardoso, que também se revelou desastroso, mas era um pouco mais sutil.
O Brasil ainda segue à deriva, na sua fragilidade política, sem garantias de volta das forças progressistas ao poder. A situação continua delicada.
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