O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Edson Fachin, que como integrante da segunda turma, iria julgar o pedido de liberdade ao ex-presidente Lula, cancelou o julgamento, marcado para terça-feira próxima.
Solidário aos interesses da Operação Lava Jato, Fachin acatou a recusa do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), de Porto Alegre, de enviar recurso contra a condenação a Lula ao STF.
Fachin divulgou este comunicado:
"Verifico a inadmissão superveniente do aludido recurso excepcional, providência que acarreta a alteração do quadro processual e, a meu ver, revela a indispensabilidade de prévio cotejo e debate da decisão proferida pela Vice-Presidência do Tribunal Regional Federal da 4ª Região mediante o respectivo agravo em recurso extraordinário. Vale dizer, o exame do recurso extraordinário referido pela defesa, no atual cenário processual, imprescinde da propositura e provimento de recurso próprio".
A decisão se refere à recusa de TRF-4 acatar recurso extraordinário da defesa do ex-presidente, ocorrida pouco antes.
Com isso, Lula, que está preso desde abril último, continua na mesma situação.
A defesa de Lula estranhou a rapidez da decisão, e entrou com mais um recurso contra a decisão do ministro do STF.
A defesa ainda conta com seus esforços para tentar salvar Lula, mas o cancelamento do julgamento dá indícios de que as chances dele ser candidato a presidente se distanciam cada vez mais.
O Brasil venceu hoje no futebol, mas obteve mais uma derrota no Judiciário.
Comentários
Postar um comentário