ENQUANTO UM ÔNIBUS DE SÃO GONÇALO QUE SAI DE VÁRZEA DAS MOÇAS DÁ UMA VOLTA INTEIRA PARA FAZER UM RETORNO NO MEIO DA RJ-106...
A falta de visão estratégica no Estado do Rio de Janeiro, sobretudo no problema que envolve a Rodovia RJ-106, com sobreposição de funções no trecho de Niterói, é crônica.
É um problema, ainda mais grave, porque as pessoas, presas na sua zona de conforto, não percebem.
Surgiu a notícia de que a RJ-106 será privatizada, e seis empresas já se ofereceram para disputar a administração da rodovia.
Isso poderia dar, ao Estado, a oportunidade de investir na nova avenida, a Av. Rio do Ouro-Várzea das Moças, que liga a Rodovia Pref. João Sampaio (antiga Estrada Velha de Maricá) à Estrada Ewerton da Costa Xavier (antiga Av. Central), dispensando a travessia pela rodovia.
Para isso, teriam que ser demolidas várias casas, garantindo indenização justa para todos os proprietários envolvidos.
Seria apenas uma questão de planejar investimentos e, no caso de demolições, as implosões podem ser aproveitadas em horários de menor movimento.
Infelizmente, não há uma menor cogitação para que isso ocorra, embora seja um problema de mobilidade urbana.
Além da nova avenida entre Rio do Ouro e Várzea das Moças, deveria haver um mergulhão cada em Várzea das Moças e Rio do Ouro para a pista sentido Maricá-Tribobó.
Isso evitaria com que, em Várzea das Moças, o veículo que saísse do bairro tivesse que pegar a RJ-106 no sentido Maricá e ir ao retorno, prejudicando o tráfego para a Região dos Lagos.
Em Salvador há um trecho do Retiro, em direção a Bom Juá, que tem uma pista que não precisa "ficar em cima da avenida".
Pelo contrário, ela é quase um mergulhão, só que a céu aberto, apenas sob o trecho da BR-324 que vira um pequeno viaduto.
Não dá para entender a falta de visão estratégica de niteroienses e fluminenses em geral. Índice de Desenvolvimento Humano não cai do céu, e a acomodação de Niterói só faz afundar a reputação da outrora capital fluminense.
...UM ÔNIBUS DE SALVADOR (COR VERDE, À DIREITA DA FOTO) PASSA POR UMA VIA QUE VEM DE UM ACESSO SOB A RODOVIA BR-324, NA ALTURA DO BOM JUÁ.
A necessidade de criar uma avenida direta entre Rio do Ouro e Várzea das Moças, sem passar pela RJ-106, não é luxo, não é capricho estético, não é frescura turística, não é para criar alameda para namorados.
É uma questão de MOBILIDADE URBANA. Insisto nesta tese.
A sugestão que faço, embora eu não seja um engenheiro urbano nem seja um especialista no tema, é "rasgar" a nova avenida no fim da Rodovia Pref. João Sampaio (também conhecida como RJ-100).
Ela "rasgaria" uma área verde, pegando o trecho final da Rua Jean Valenteau Moulliac, chegando à Av. Ewerton Xavier (também conhecida como RJ-108).
TRECHO DO FIM DA RODOVIA PREF. JOÃO SAMPAIO, NO RIO DO OURO, QUE DEVERIA SER DEMOLIDO PARA NOVA AVENIDA PARA VÁRZEA DAS MOÇAS.
Ela pegaria um trecho de uma propriedade e outro de um ponto de ônibus, na altura do Rio do Ouro.
Deveria ser construído um terminal de ônibus para substituir essa "estação" improvisada num terreno baldio.
O impacto de demolição de casas seria menos, o que reduziria o dinheiro de indenização aos proprietários.
VISTA AÉREA DO ENTORNO DE RIO DO OURO E VÁRZEA DAS MOÇAS. NA REPRODUÇÃO ABAIXO, CLAREEI UM TRECHO QUE PODERIA SER A NOVA AVENIDA, LIGANDO A RODOVIA PREF. JOÃO SAMPAIO (RJ-100) À AV. EWERTON XAVIER (RJ-108).
Não sei se é uma área definitiva para a nova avenida, pois eu observei analisando a imagem aérea, com base no Google Earth.
É uma sugestão razoável, no entanto, e creio ser a mais barata, embora sujeita a alterações, como reajustes nas curvas da nova avenida, algo a ser feito por um engenheiro mais capacitado.
Mas o que se observa é a necessidade, indispensável - apesar da indiferença generalizada de hoje, como houve na avenida e túnel Cafubá-Charitas durante décadas - , da nova avenida ligando Rio do Ouro a Várzea das Moças sem depender do acesso da RJ-106.
O grande problema é que, sem avenida própria ligando dois bairros vizinhos (Rio do Ouro e Várzea das Moças), a Rodovia RJ-106 tem sobreposição de funções.
Ela é uma rodovia estadual cuja finalidade prioritária é ligar Tribobó à cidade de Maricá e às da Região dos Lagos.
O problema fica na referida área de Rio do Ouro e Várzea das Moças, entre o fim da Rod. Pref. João Sampaio e a entrada da Av. Ewerton Xavier.
Aí é que ocorre a sobreposição de funções, e a RJ-106 é prejudicada porque acumula, nesse trecho, a função de "avenida de bairro".
Uma declaração do deputado estadual Wanderson Nogueira (PSOL-RJ) é bem ilustrativa.
“Desde o início queremos acompanhar essa história para antecipar futuros problemas e fiscalizar desde já. Muitos municípios dependem diretamente dessas estradas e há muita gente que transita, sobretudo os produtores rurais, porque são estradas que estão completamente abandonadas", disse ele.
O deputado se refere à privatização da RJ-106, mas o fato dele mencionar que muitos municípios dependem diretamente dos vários trechos da rodovia significa que ela não pode se tornar uma "avenida de bairro" ligando bairros vizinhos de Niterói sem avenida direta.
Quando há um acidente, e ocorrem vários, a RJ-106 se congestiona e o trecho entre Rio do Ouro e Várzea das Moças se torna ainda mais problemático.
O fato da RJ-106 ter outros problemas, como buracos, falta de iluminação e, quando há passarelas, elas são velhas e sem abrigo para chuvas, não significa que a nova avenida entre Rio do Ouro e Várzea das Moças seja um desperdício.
Pelo contrário, essa necessidade é fundamental e se soma a outras necessidades.
Deve-se haver uma mentalidade mais estratégica, saindo do mero pragmatismo se só resolver problemas básicos.
Deve-se sair da zona de conforto e não pensar Niterói apenas na orla marítima.
Além de discutível, o título de Índice de Desenvolvimento Humano elevado de Niterói não é garantia de acomodação. IDH não cai do céu, e mesmo títulos altos exigem trabalho de aperfeiçoamento e resolução de problemas.
Cruzar os braços ou ignorar certos problemas porque "custam dinheiro" ou "dão trabalho" não é aceitável.
Os jornalistas de Niterói deveriam se engajar para divulgar a necessidade da nova avenida Rio do Ouro - Várzea das Moças, que libere a RJ-106 da sobrecarga de bancar uma "avenida de bairro".
Ignorar essa necessidade é inadmissível. Vide o "mico" de levar sete décadas para se construir o acesso de Cafubá a Charitas.
Espera-se que os assuntos da RJ-106 aqui descritos possam estar nas pautas da imprensa niteroiense, da ALERJ e do DER.
Que a necessidade da nova avenida Rio do Ouro - Várzea das Moças possa ser uma prioridade nos projetos urbanos de Niterói e uma das reivindicações máximas da opinião pública niteroiense.
Esperamos que isso ocorra o mais rápido possível e não em 2090.
A falta de visão estratégica no Estado do Rio de Janeiro, sobretudo no problema que envolve a Rodovia RJ-106, com sobreposição de funções no trecho de Niterói, é crônica.
É um problema, ainda mais grave, porque as pessoas, presas na sua zona de conforto, não percebem.
Surgiu a notícia de que a RJ-106 será privatizada, e seis empresas já se ofereceram para disputar a administração da rodovia.
Isso poderia dar, ao Estado, a oportunidade de investir na nova avenida, a Av. Rio do Ouro-Várzea das Moças, que liga a Rodovia Pref. João Sampaio (antiga Estrada Velha de Maricá) à Estrada Ewerton da Costa Xavier (antiga Av. Central), dispensando a travessia pela rodovia.
Para isso, teriam que ser demolidas várias casas, garantindo indenização justa para todos os proprietários envolvidos.
Seria apenas uma questão de planejar investimentos e, no caso de demolições, as implosões podem ser aproveitadas em horários de menor movimento.
Infelizmente, não há uma menor cogitação para que isso ocorra, embora seja um problema de mobilidade urbana.
Além da nova avenida entre Rio do Ouro e Várzea das Moças, deveria haver um mergulhão cada em Várzea das Moças e Rio do Ouro para a pista sentido Maricá-Tribobó.
Isso evitaria com que, em Várzea das Moças, o veículo que saísse do bairro tivesse que pegar a RJ-106 no sentido Maricá e ir ao retorno, prejudicando o tráfego para a Região dos Lagos.
Em Salvador há um trecho do Retiro, em direção a Bom Juá, que tem uma pista que não precisa "ficar em cima da avenida".
Pelo contrário, ela é quase um mergulhão, só que a céu aberto, apenas sob o trecho da BR-324 que vira um pequeno viaduto.
Não dá para entender a falta de visão estratégica de niteroienses e fluminenses em geral. Índice de Desenvolvimento Humano não cai do céu, e a acomodação de Niterói só faz afundar a reputação da outrora capital fluminense.
...UM ÔNIBUS DE SALVADOR (COR VERDE, À DIREITA DA FOTO) PASSA POR UMA VIA QUE VEM DE UM ACESSO SOB A RODOVIA BR-324, NA ALTURA DO BOM JUÁ.
A necessidade de criar uma avenida direta entre Rio do Ouro e Várzea das Moças, sem passar pela RJ-106, não é luxo, não é capricho estético, não é frescura turística, não é para criar alameda para namorados.
É uma questão de MOBILIDADE URBANA. Insisto nesta tese.
A sugestão que faço, embora eu não seja um engenheiro urbano nem seja um especialista no tema, é "rasgar" a nova avenida no fim da Rodovia Pref. João Sampaio (também conhecida como RJ-100).
Ela "rasgaria" uma área verde, pegando o trecho final da Rua Jean Valenteau Moulliac, chegando à Av. Ewerton Xavier (também conhecida como RJ-108).
TRECHO DO FIM DA RODOVIA PREF. JOÃO SAMPAIO, NO RIO DO OURO, QUE DEVERIA SER DEMOLIDO PARA NOVA AVENIDA PARA VÁRZEA DAS MOÇAS.
Ela pegaria um trecho de uma propriedade e outro de um ponto de ônibus, na altura do Rio do Ouro.
Deveria ser construído um terminal de ônibus para substituir essa "estação" improvisada num terreno baldio.
O impacto de demolição de casas seria menos, o que reduziria o dinheiro de indenização aos proprietários.
VISTA AÉREA DO ENTORNO DE RIO DO OURO E VÁRZEA DAS MOÇAS. NA REPRODUÇÃO ABAIXO, CLAREEI UM TRECHO QUE PODERIA SER A NOVA AVENIDA, LIGANDO A RODOVIA PREF. JOÃO SAMPAIO (RJ-100) À AV. EWERTON XAVIER (RJ-108).
Não sei se é uma área definitiva para a nova avenida, pois eu observei analisando a imagem aérea, com base no Google Earth.
É uma sugestão razoável, no entanto, e creio ser a mais barata, embora sujeita a alterações, como reajustes nas curvas da nova avenida, algo a ser feito por um engenheiro mais capacitado.
Mas o que se observa é a necessidade, indispensável - apesar da indiferença generalizada de hoje, como houve na avenida e túnel Cafubá-Charitas durante décadas - , da nova avenida ligando Rio do Ouro a Várzea das Moças sem depender do acesso da RJ-106.
O grande problema é que, sem avenida própria ligando dois bairros vizinhos (Rio do Ouro e Várzea das Moças), a Rodovia RJ-106 tem sobreposição de funções.
Ela é uma rodovia estadual cuja finalidade prioritária é ligar Tribobó à cidade de Maricá e às da Região dos Lagos.
O problema fica na referida área de Rio do Ouro e Várzea das Moças, entre o fim da Rod. Pref. João Sampaio e a entrada da Av. Ewerton Xavier.
Aí é que ocorre a sobreposição de funções, e a RJ-106 é prejudicada porque acumula, nesse trecho, a função de "avenida de bairro".
Uma declaração do deputado estadual Wanderson Nogueira (PSOL-RJ) é bem ilustrativa.
“Desde o início queremos acompanhar essa história para antecipar futuros problemas e fiscalizar desde já. Muitos municípios dependem diretamente dessas estradas e há muita gente que transita, sobretudo os produtores rurais, porque são estradas que estão completamente abandonadas", disse ele.
O deputado se refere à privatização da RJ-106, mas o fato dele mencionar que muitos municípios dependem diretamente dos vários trechos da rodovia significa que ela não pode se tornar uma "avenida de bairro" ligando bairros vizinhos de Niterói sem avenida direta.
Quando há um acidente, e ocorrem vários, a RJ-106 se congestiona e o trecho entre Rio do Ouro e Várzea das Moças se torna ainda mais problemático.
O fato da RJ-106 ter outros problemas, como buracos, falta de iluminação e, quando há passarelas, elas são velhas e sem abrigo para chuvas, não significa que a nova avenida entre Rio do Ouro e Várzea das Moças seja um desperdício.
Pelo contrário, essa necessidade é fundamental e se soma a outras necessidades.
Deve-se haver uma mentalidade mais estratégica, saindo do mero pragmatismo se só resolver problemas básicos.
Deve-se sair da zona de conforto e não pensar Niterói apenas na orla marítima.
Além de discutível, o título de Índice de Desenvolvimento Humano elevado de Niterói não é garantia de acomodação. IDH não cai do céu, e mesmo títulos altos exigem trabalho de aperfeiçoamento e resolução de problemas.
Cruzar os braços ou ignorar certos problemas porque "custam dinheiro" ou "dão trabalho" não é aceitável.
Os jornalistas de Niterói deveriam se engajar para divulgar a necessidade da nova avenida Rio do Ouro - Várzea das Moças, que libere a RJ-106 da sobrecarga de bancar uma "avenida de bairro".
Ignorar essa necessidade é inadmissível. Vide o "mico" de levar sete décadas para se construir o acesso de Cafubá a Charitas.
Espera-se que os assuntos da RJ-106 aqui descritos possam estar nas pautas da imprensa niteroiense, da ALERJ e do DER.
Que a necessidade da nova avenida Rio do Ouro - Várzea das Moças possa ser uma prioridade nos projetos urbanos de Niterói e uma das reivindicações máximas da opinião pública niteroiense.
Esperamos que isso ocorra o mais rápido possível e não em 2090.
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