Pular para o conteúdo principal

JORNALISMO PERDE RICARDO BOECHAT EM TRAGÉDIA REPENTINA E CHOCANTE

ÚLTIMA PARTICIPAÇÃO DE RICARDO BOECHAT NA BAND NEWS FM, POUCO ANTES DE MORRER NUM ACIDENTE COM UM HELICÓPTERO.

A notícia do falecimento de Ricardo Boechat chocou todo o país.

Fico imaginando como ficaram os colegas da Band News FM, que hoje de manhã haviam acabado de trabalhar com ele.

Da mesma forma, imagino a reação dos jornalistas da TV Bandeirantes que estavam preparando mais uma edição do Jornal da Band que seria apresentada por ele, mas não foi nem será jamais.

Na correria e na busca frenética por notícias, os jornalistas, ao receberem a notícia do acidente, nas primeiras informações, confusas e que só seriam esclarecidas minutos depois, em primeiro momento ficaram desnorteados.

Afinal, no começo, as informações são desencontradas, desnorteadas e a primeira impressão é de não acreditar que um colega que havia trabalhado pouco antes com as equipes, acabou de morrer.

Fica esse estado de choque, mais tenso ainda porque a correria por notícias tem que se manter.

Pior: um preparador de noticiários, que iria acompanhar a equipe do Jornal da Band como de costume, tornou-se ele mesmo uma notícia, através de sua tragédia chocante.

Boechat havia participado de uma palestra da farmacêutica Libbs em Campinas e iria retornar a São Paulo para fazer o Jornal da Band.

Mas o helicóptero conduzido por Ronaldo Quattrucci tentou fazer um pouso de emergência na Rodovia Anhanguera, mas bateu em um caminhão.

Ronaldo e Ricardo morreram no local do acidente, ocorrido às 12h15 de hoje no km 22 da Rodovia Anhanguera, próximo ao Rodoanel Mário Covas.

A empresa dona do helicóptero, RQ Serviços Aéreos Especializados Ltda., tinha autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para serviços específicos de voo, mas não incluíam serviços de taxi aéreo nem de reportagem aérea.

Embora Ricardo Boechat fosse criticável em muitas opiniões, por ser ele relativamente afinado aos ventos conservadores pós-2016, seu talento jornalístico e comunicador eram impecáveis.

Jornalista, escritor, radialista e apresentador de tevê, Boechat começou a carreira no colunismo social, trabalhando para Imbrahim Sued no extinto Diário de Notícias, do Rio de Janeiro.

Boechat era um argentino radicado no Brasil e criado em Niterói. Trabalhou em vários veículos de imprensa, como Jornal do Brasil, O Estado de São Paulo, O Globo e O Dia.

Como colunista social, Boechat montava sua equipe para fazer a coluna Swann, de O Globo, inserindo, entre notícias sobre a alta sociedade, notícias de cunho político, cultural e econômico. Ele fazia da coluna um jornal dentro de um jornal.

Ricardo Boechat se tornou popular quando passou a fazer comentários políticos no Bom Dia Brasil.

Depois, ele passou a se dividir em três atividades: âncora da Band News FM de manhã, âncora do Jornal da Band de noite, e colunista da revista Isto É.

Sua popularidade foi tal que ele foi convidado para ser narrador de uma série de documentários intitulado Planeta Terra II e, na dublagem brasileira do filme de animação Zootopia, Boechat fez a dublagem de um personagem jaguar que era âncora de um telejornal.

Boechat era considerado pelos íntimos uma figura bem humorada, simpática, generosa e humanista. Certa vez, Ricardo Boechat assumiu que sofria de depressão.

Mesmo dentro do contexto da mídia hegemônica, Ricardo Boechat teve como diferencial a fina inteligência e informações que ele colheu ao longo da vida, de suas observações do mundo e de sua experiência jornalística.

E mesmo quando o seu programa na Band News FM sucumbia ao showrnalismo, Boechat mantinha sua missão de trazer informações e curiosidades, ainda que sua postura, depois do golpe de 2016, expressasse certo otimismo em relação aos ventos políticos dos últimos anos.

De algum modo, Boechat não parecia entusiasmado com o governo Bolsonaro, adotando apenas uma postura respeitosa, quando a Band passou a apoiar a candidatura do ex-capitão.

Nos últimos momentos de vida, Boechat havia, por ironia do destino, feito comentários sobre tragédias recentes no Brasil, como Brumadinho e dos jovens jogadores do Flamengo.

Na Band News FM, ele comentou o seguinte:

"A síntese desse levantamento feito pelo Globo (matéria "Negligência e impunidade marcam tragédias no país") é que as consequências não deram em nada. Esse é o ponto que une todas essas tragédias. A impunidade é o que rege, o que comanda as orquestras das tragédias nacionais".

Na palestra da Sibbs, seu comentário foi este:

"Tá uma tragédia, mas é uma tragédia menor do que já enfrentamos em outras ocasiões. As crises funcionam como ondas, algumas maiores, menores. Mas de todas elas a gente tira duas lições. Primeiro, o Brasil não acabou. A ideia de que o Brasil ia acabar ano passado tava no discurso dos dois lados da disputa política. E a outra coisa dessas crises é que a curva dos indicadores nacionais, por piores que sejam hoje, são melhores de outrora".

A morte de Boechat foi, sem dúvida alguma, um grande choque. Sobretudo para quem o ouviu na Band News e os que estavam presentes na palestra em Campinas, além dos colegas de trabalho.

Foi tudo tão repentino. As pessoas sentiam a presença viva e vibrante de Boechat, e, de repente, ele estava morto. Ele faria 67 anos no dia 13 de julho próximo.

É muito triste. Eu estava pesquisando as notícias e tive vontade de chorar ao ver fotos de Boechat ao lado de seus filhos e de sua última esposa, Veruska Seibel.

O Brasil está passando por tragédias diversas, e em menos de uma semana tivemos a tempestade no Rio de Janeiro, o incêndio num alojamento do Flamengo que matou jogadores adolescentes e, agora, a morte de Ricardo Boechat.

Tudo fruto do descaso.

As tempestades cariocas e fluminenses, por causa das condições ambientais arrasadas pela poluição, pelo desmatamento, pelo hábito de fumar de muitos cidadãos e pela falta de manutenção de árvores que sofrem os ataques discretos dos parasitas mortais chamados ervas de passarinho.

O incêndio no alojamento Ninho de Urubu, que deixou dez mortos que se preparavam para um jogo, porque o Clube de Regatas do Flamengo não investiu numa casa decente e com condições de segurança dignos.

Neste caso, pode-se também usar os motivos da tempestade carioca, com seus relâmpagos violentos e sua chuva intensa, que teriam afetado um ar condicionado na véspera do incêndio.

Outro incêndio já houve num alojamento do time do Bangu, também do Rio de Janeiro, no qual três rapazes saíram feridos, um deles intoxicado por gases produzidos pelo fogo.

E ainda tivemos o desastre de Brumadinho, semanas antes, que contabilizou 165 mortos até ontem.

E temos o acidente, que seria perfeitamente evitável, que matou Boechat, por causa de um helicóptero possivelmente com problemas estruturais, que pelo menos deveriam ter sido observados em vistoria prévia.

É o "estado de espírito" de um país que sofre com muito descaso, muita indiferença, muita imprudência, muito conformismo e ignorância até dos próprios problemas.

Só mencionando o caso das rodovias, por exemplo, é uma aberração que, em Niterói, Rio do Ouro e Várzea das Moças não tenham avenida própria de ligação, dependendo de rodovia estadual, a RJ-106, que liga cidades distantes, mas nesse trecho vira "avenida de bairro".

É como se parte de uma rua residencial fosse usada para pista de kart. O pessoal vai para cidades longínquas, como Cabo Frio e Macaé, mas tem que disputar pista, em Niterói, com veículos que vão e vem de Rio do Ouro e Várzea das Moças.

O problema é grave, mas o DER-RJ não está aí, a Prefeitura de Niterói não está aí, a opinião pública niteroiense não está aí, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro não está aí.

Claro que o carinha que vive na Rua Cel. Moreira César, em Icaraí, não vai se preocupar se Rio do Ouro e Várzea das Moças têm ou não avenida própria. Mas precisam pensar pelo outro, ver que a vida não é só Praia de Icaraí e cervejinha gelada no bar.

E o pior é que há terreno vago para uma nova avenida e ninguém faz a menor cobrança, deixando que a especulação imobiliária roube o terreno para si, prejudicando a mobilidade urbana.

Estão esperando que um acidente semelhante ocorra, na RJ-106, com um ônibus que veio de Várzea das Moças batendo num caminhão trafegando em alta velocidade, matando vários passageiros.

E se fosse um jornalista que, na correria de seu carro para cobrir uma matéria na Região dos Lagos, morrer num acidente ao bater com um ônibus que vem do Rio do Ouro e usa a RJ-106 para ir a Várzea das Moças?

Será que estão esperando que novos Ricardo Boechat morram na RJ-106 marcada pela disputa de tráfego dos veículos de Rio do Ouro e Várzea das Moças com outros que vão e vem da Região dos Lagos?

Quando nossa sociedade vai despertar e cobrar nova avenida para evitar sobreposição de tráfegos diferentes em rodovias, podagem de árvores que removam ervas de passarinho, campanhas contra o fumo no Grande Rio, vistoria em helicópteros e alojamentos etc?

Quando o descaso do pessoal do Rio de Janeiro, capaz de se irritar com uma foto do ex-presidente Lula, mas incapaz de se sensibilizar com os próprios problemas, vai encerrar?

Quando vai encerrar a gritaria dos torcedores do Flamengo, que perturbam o sono das pessoas em pleno fim de noite, mas que se convertem em silêncio diante dos problemas de um alojamento que pegou fogo matando futuros novos craques do time?

É necessário o pessoal acordar, senão serão eles as vítimas de novas tragédias, pelo preço caro estabelecido pela indiferença, pela acomodação e pela preguiça.

Fica aqui a nossa solidariedade aos familiares, amigos e parceiros de Ricardo Boechat diante desse momento de extrema dificuldade e dor.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

FUNQUEIROS, POBRES?

As notícias recentes mostram o quanto vale o ditado "Quem nunca comeu doce, quando come se lambuza". Dois funqueiros, MC Daniel e MC Ryan, viraram notícias por conta de seus patrimônios de riqueza, contrariando a imagem de pobreza associada ao gênero brega-popularesco, tão alardeada pela intelectualidade "bacana". Mc Daniel recuperou um carrão Land Rover avaliado em nada menos que R$ 700 mil. É o terceiro assalto que o intérprete, conhecido como o Falcão do Funk, sofreu. O último assalto foi na Zona Sul do Rio de Janeiro. Antes de recuperar o carro, a recompensa prometida pelo funqueiro foi oferecida. Já em Mogi das Cruzes, interior de São Paulo, outro funqueiro, MC Ryan, teve seu condomínio de luxo observado por uma quadrilha de ladrões que queriam assaltar o famoso. Com isso, Ryan decidiu contratar seguranças armados para escoltá-lo. Não bastasse o fato de, na prática, o DJ Marlboro e o Rômulo Costa - que armou a festa "quinta coluna" que anestesiou e en

FIQUEMOS ESPERTOS!!!!

PESSOAS RICAS FANTASIADAS DE "GENTE SIMPLES". O momento atual é de muita cautela. Passamos pelo confuso cenário das "jornadas de junho", pela farsa punitivista da Operação Lava Jato, pelo golpe contra Dilma Rousseff, pelos retrocessos de Temer, pelo fascismo circense de Bolsonaro. Não vai ser agora que iremos atingir o paraíso com Lula nem iremos atingir o Primeiro Mundo em breve. Vamos combinar que o tempo atual nem é tão humanitário assim. Quem obteve o protagonismo é uma elite fantasiada de gente simples, mas é descendente das velhas elites da Casa Grande, dos velhos bandeirantes, dos velhos senhores de engenhos e das velhas oligarquias latifundiárias e empresariais. Só porque os tataranetos dos velhos exterminadores de índios e exploradores do trabalho escravo aceitam tomar pinga em birosca da Zona Norte não significa que nossas elites se despiram do seu elitismo e passaram a ser "povo" se misturando à multidão. Tudo isso é uma camuflagem para esconder

DEMOCRACIA OU LULOCRACIA?

  TUDO É FESTA - ANIMAÇÃO DE LULA ESTÁ EM DESACORDO COM A SOBRIEDADE COM QUE SE DEVE TER NA VERDADEIRA RECONSTRUÇÃO DO BRASIL. AQUI, O PRESIDENTE DURANTE EVENTO DA VOLKSWAGEN DO BRASIL. O que poucos conseguem entender é que, para reconstruir o Brasil, não há clima de festa. Mesmo quando, na Blumenau devastada pela trágica enchente de 1983, se realizou a primeira Oktoberfest, a festa era um meio de atrair recursos para a reconstrução da cidade catarinense. Imagine uma cirurgia cujo paciente é um doente em estado terminal. A equipe de cirurgiões não iria fazer clima de festa, ainda mais antes de realizar a operação. Mas o que se vê no Brasil é uma situação muito bizarra, que não dá para ser entendida na forma fácil e simplória das narrativas dominantes nas redes sociais. Tudo é festa neste lulismo espetaculoso que vemos. Durante evento ocorrido ontem, na sede da Volkswagen do Brasil, em São Bernardo do Campo, Lula, já longe do antigo líder sindical de outros tempos, mais parecia um showm

VIRALATISMO MUSICAL BRASILEIRO

  "DIZ QUE É VERDADE, QUE TEM SAUDADE .." O viralatismo cultural brasileiro não se limita ao bolsonarismo e ao lavajatismo. As guerras culturais não se limitam às propagandas ditatoriais ou de movimentos fascistas. Pensar o viralatismo cultural, ou culturalismo vira-lata, dessa maneira é ver a realidade de maneira limitada, simplista e com antolhos. O que não foi a campanha do suposto "combate ao preconceito", da "santíssima trindade" pró-brega Paulo César de Araújo, Pedro Alexandre Sanches e Hermano Vianna senão a guerra cultural contra a emancipação real do povo pobre? Sanches, o homem da Folha de São Paulo, invadindo a imprensa de esquerda para dizer que a pobreza é "linda" e que a precarização cultural é o máximo". Viralatismo cultural não é só Bolsonaro, Moro, Trump. É"médium de peruca", é Michael Sullivan, é o É O Tchan, é achar que "Evidências" com Chitãozinho e Xororó é um clássico, é subcelebridade se pavoneando

LULA NÃO QUER ROMPER COM A VELHA ORDEM

Vamos combinar uma coisa. As redes sociais são dominadas por uma elite bem de vida e de bem com a vida, uma classe brasileira que se acha "a mais legal do planeta", e "a mais equilibrada", sem os fundamentalismos afro-asiáticos nem os pessimismos distópicos do Existencialismo europeu. Essa classe quer parecer tudo de bom e soar, para outras pessoas, diferente dos padrões convencionais da humanidade. Daí a luta de muitos em serem aquilo que não são, parecerem o oposto de si mesmos para lacrar na Internet e obter popularidade e prestígio. Daí ser compreensível que a falsidade é um fenômeno tipicamente brasileiro. O "tomar no cool " que combina pretensiosismos e falsos preciosismos, grandiloquência e espiral do silêncio, a obsessão em parecer diferente sem abandonar as convenções sociais, a luta em parecer novo sem deixar de ser velho, de estar na vanguarda mesmo sendo antiquado, na esperança de que o futuro repita o passado enquanto se vê um museu de grandes

QUANDO SUCESSO E DIGNIDADE NÃO COMBINAM EM SALVADOR

O Brasil já é um país de arrivistas, cujo modelo de moral religiosa se empenha, quase sempre, em proteger os abusos dos outros, como se a dignidade de um aflito se medisse na complacência ou mesmo na servidão a quem subiu na vida de maneira desonesta ou inconveniente. Tanto isso ocorre que há um certo exagero na pregação de religiosos para os aflitos "retrabalharem as energias" para saírem de seus infortúnios. Na verdade, isso também é um meio, de, através da misericórdia e do perdão (não seriam "riquesicórdia" e "ganhão"?) a um abusador, poupado e mantido nos seus privilégios desmerecidos, se passe pano nas desigualdades que se agravam no nosso país? As religiões, por meio desse procedimento, tentam fazer os aflitos se convencerem de que é preciso ter sangue de barata para viver. Não se pode sequer gemer de dor, quanto mais reclamar da cida. Se a pessoa vive um drama kafkiano, que então se sinta como o homem tornado barata, na metamorfose astral mediante

LULA REPAGINA O "MILAGRE BRASILEIRO"

O TERCEIRO MANDATO DE LULA NÃO REPRESENTA RUPTURA COM OS PARADIGMAS SOCIOCULTURAIS VIGENTES NO PERÍODO DO GENERAL ERNESTO GEISEL, APENAS ADAPTANDO O "MILAGRE BRASILEIRO" PARA UM CONTEXTO "DEMOCRÁTICO". Duas "boas notícias" envolvem o Brasil.  Uma é a divulgação de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aponta um aparente crescimento da renda per capita da população brasileira, tomando como critérios de avaliação o trabalho, a aposentadoria, os auxílios governamentais (como o Bolsa Família), o aluguel e outros rendimentos. Segundo os dados divulgados, correspondentes a 2023, o maior nível de rendimentos médios está no Distrito Federal, com o valor de R$ 3.357, enquanto o Maranhão aparece em último lugar, com R$ 945. São Paulo teve o valor de R$ 2.492, estando em segundo. Em terceiro, o Rio de Janeiro ficou em terceiro, com R$ 2.367.  Reduto do bolsonarismo, Santa Catarina, quinta colocada, ficou com R$ 2.269, seguida do berço d

LULA ESTÁ A SERVIÇO DA ELITE DO ATRASO

A queda de popularidade de Lula está sendo apontada por supostas pesquisas de opinião, o que, na verdade, soam como um reflexo suavizado do que já ocorre desde que Lula decidiu trocar o combate à fome e o desemprego pelas viagens supérfluas ao exterior. Mas os lulistas, assustados com essa realidade, sem saber que ela é pior do que se imagina, tentam criar teorias para amenizar o estrago. Num dia, falam que é a pressão da grande mídia, noutro, a pressão dos evangélicos, agora, as falas polêmicas de Lula. O que virá depois? Que o Lula perdeu popularidade por não ser escalado para o Dancing With the Stars dos EUA para testar o "novo quadril"? A verdade é que Lula perdeu popularidade porque sei governo é fraco. Fraquíssimo. Pouco importam as teorizações que tentam definir como "acertadas" as viagens ao exterior, com a corajosa imprensa alternativa falando em "n" acordos comerciais, em bilhões de dólares atraídos para investimentos no Brasil, isso não convence

O DESESPERO DAS ESQUERDAS COM A CRISE DO GOVERNO LULA

LULA INVESTE NO MUNDO DE SONHO E FESTA, QUE NÃO CONOVE QUEM ESTÁ FORA DA BOLHA LULISTA. As esquerdas, na semana passada, ficaram apreensivas. Depois da boa adesão de bolsonaristas na passeata da Avenida Paulista, no último 25 de fevereiro, as supostas pesquisas de opinião apontavam queda de popularidade do presidente Lula, mesmo quando aparentemente foram divulgados resultados positivos na Economia. Crentes num protagonismo pleno e numa certeza absoluta de triunfo do Brasil, como se seu processo de transformação em país desenvolvido fosse inevitável e inabalável, as esquerdas brasileiras se recusam a admitir a realidade, a de que elas não são tão protagonistas quanto imaginam. Na verdade, as esquerdas "alugaram" seu espaço político aproveitando as brechas jurídicas do Supremo Tribunal Federal (STF), que só passou a reagir contra a Operação Lava Jato preocupados com a ascensão abusiva de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol ao poder. Era o velho fenômeno do capanga querendo tomar o

RETORNEI DE FÉRIAS

Foram dezoito dias no Grande Rio. Duque de Caxias, sobretudo Xerém, mais Rio de Janeiro, principalmente Tijuca, com passeios pelo Centro, Méier, Del Castilho e Barra da Tijuca. Uma breve passagem em Niterói, focalizando Icaraí e Jardim Icaraí, mas passando pela Rodoviária na Avenida Feliciano Sodré e no Plaza Shopping, no Centro. Dias de férias, entre 19 de dezembro e 06 de janeiro. Ao voltar para São Paulo, é tempo de arrumar a casa e planejar a vida. E o Linhaça Atômica está de volta, depois de alguns dias com reprise de antigas postagens. 2022 foi embora, bastante difícil e um tanto doloroso, e 2023 começa, prometendo ser também um outro ano difícil. Mas vamos seguir em frente, e esperamos que melhorias ocorram. O blogue está de volta.