Está para surgir o momento mais tenso da retomada ultraconservadora na América Latina, vigente desde 2016.
Fala-se até em Terceira Guerra Mundial, só para sentir a gravidade da situação.
Nos últimos dias, tropas dos EUA estariam se instalando em vários pontos do Caribe e de países vizinhos da Venezuela, como Colômbia e Brasil.
As ilhas do Caribe Aruba, Bonaire e Curaçao estão abrigando operações estratégicas para invadir a Venezuela.
Colômbia e o Estado brasileiro de Roraima também estão recebendo militares e terão suas forças locais para participar da invasão.
O presidente venezuelano, Nicolas Maduro, determinou o fechamento da fronteira com Roraima.
Venezuelanos que migrassem para o Estado do Norte brasileiro não podem mais retornar ao país de origem.
O fechamento visa barrar a invasão militar, que oficialmente é autoproclamada "ajuda humanitária".
A situação está bastante tensa na Venezuela desde que Nicolas Maduro, de tendência progressista, venceu mais uma vez as eleições.
O presidente da Assembleia Nacional Venezuelana, Juan Guaidó, cuja uma das formações foi na Universidade George Washington, nos EUA e foi líder estudantil, se autoproclamou "presidente interino" do país vizinho nosso.
Apesar de seu partido ter o cínico nome de Voluntad Popular, Guaidó representa os interesses das elites e do empresariado estrangeiro interessado no petróleo venezuelano.
É uma coisa surreal, o que a mídia hegemônica de toda a América Latina prega.
Nicolas Maduro é considerado "ditador", quando seu governo atende a interesses das classes populares a ponto dele fazer plebiscitos antes de decidir qualquer coisa.
Já Juan Guaidó é considerado "democrático" e "popular" - dentro do que se chama "guerra híbrida" com manifestações realizadas por persuasão da mídia empresarial - sem ter um voto, se autoproclamando "presidente" apoiado pela plutocracia.
Começa um clima de tensão que envolve o Brasil, criando, aparentemente, uma "saia justa" entre o presidente Jair Bolsonaro e o vice, general Antônio Hamilton Mourão.
Bolsonaro se dispõe a fornecer tropas para a "ajuda humanitária". Mourão se opôs à medida.
O Departamento de Estado dos EUA, de praxe, quer a participação dos EUA nessa tarefa.
O Brasil já está montando seu pesadelo local.
Ontem foi a entrega da proposta da Reforma da Previdência, que o governo Bolsonaro alegou que "será justa e sem privilégios", mas, na prática, trará malefícios para as classes trabalhadoras.
O programa obrigará os trabalhadores a pagarem previdência privada, a chamada "capitalização", enquanto que o valor dos benefícios da aposentadoria se tornam menos da metade do salário mínimo (R$ 998), ficando para cerca de R$ 400.
A "reforma", que mais parece "deforma", ainda não foi sancionada. O presidente Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, entregaram a proposta para ser votada pelo Legislativo.
Como a Rede Globo defende essa proposta, houve um "cessar fogo" das críticas ao governo.
Tudo está sendo feito para promover uma "higienização" da população brasileira.
Houve a liberação do porte de armas para cidadãos comuns, o que traz a violência para dentro de casa, e promoverá o holocausto a varejo, matando várias pessoas.
Há o plano econômico de Paulo Guedes, que no âmbito trabalhista irá matar brasileiros pela fome e miséria e no âmbito previdenciário provocará mortes, por doença e suicídio, de muitos aposentados, como já ocorreu e voltou a ocorrer no Chile, onde o projeto foi antes adotado.
O plano anti-crime de Sérgio Moro também permitirá o abuso da violência policial e similar que já exterminou milhares de negros, índios e mestiços em todo o Brasil.
E há também a campanha de "novas solteiras" entre "boazudas" em geral, criando uma farra que força muitos homens e mulheres das classes populares a permanecer no "hedonismo" da erotização virtual, evitando formarem novas famílias nas "periferias".
Separações são forjadas como um casamento feliz de uma dançarina de "pagodão" com um atleta, que teve que ser desfeito porque ela tem que estar "solteira" para ser desejada nos eventos de dança que irá participar, principalmente no próximo Carnaval.
E recentemente uma funqueira e seu namorado encenaram uma "traição", da parte dele, e uma "briga de casal" para darem fim à relação, porque a funqueira é conhecida por seus glúteos e também puxa um bloco carnavalesco carioca, além de também atuar como convidada no Carnaval baiano.
Essa "solteirice de resultados" tem por fim evitar que moços e moças das periferias pensem em montar família e prefiram a "liberdade" de uma solteirice só de curtição e consumismo hedonista.
Tudo para evitar que se renovem gerações de pobres ou semi-pobres, ajudando a diminuir as populações negras, índias e mestiças no Brasil.
É apenas o dado mais suave desse plano de "embranquecer" o Brasil.
E isso diante do pesadelo da Venezuela, que poderá gerar um conflito bélico, no qual também negros, índios e mestiços serão jogados para o campo de batalha para morrerem.
A tensão é imprevisível. Não sabemos o que vai ocorrer daqui por diante.
A Venezuela é um país bem menor que o Brasil, mas tornou-se uma das maiores preocupações mundiais.
À direita, com as elites querendo derrubar o governo de Nicolas Maduro.
À esquerda, com Maduro buscando resistir com seu projeto progressista.
O conflito tende a piorar, e os EUA tentam se esforçar com sua "ajuda humanitária" para impor seu projeto político para o povo venezuelano.
A plutocracia está cada vez mais feroz.
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