O ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, pediu à Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), as explicações sobre critérios que teriam levado à suspensão dos testes da Coronavac no Brasil.
Já o Comitê Internacional Independente recomendou ao mesmo órgão brasileiro a retomada dos testes da vacina.
O governo de São Paulo começava a fazer testes, até que veio a notícia de que um voluntário teria morrido. Mas um laudo do Instituto Médico Legal constatou que a morte foi por suicídio e não tem relação alguma com a vacina.
Com a suspensão dos testes e a tragédia, definida como "evento adverso grave", ocorreu, Bolsonaro chegou a comemorar, ganhando na sua batalha política com o governador de São Paulo, João Dória Jr.
"Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Dória queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O Presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha", escreveu o presidente.
Insensível, Bolsonaro fez, depois, um discurso no Palácio do Planalto para tentar justificar a sua falta de empenho em combater a Covid-19: "Lamento os mortos, lamento, mas todos nós vamos morrer um dia. Aqui, todo mundo vai morrer".
Ele acrescentou: "Não adianta fugir disso, fugir da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas. Olha que prato cheio para a imprensa. Prato cheio para a urubuzada que está ali atrás. Temos que enfrentar de peito aberto, lutar. Que geração é essa nossa?".
Bolsonaro ainda usou a Economia como desculpa para não aprovar as medidas de restrição social contra a pandemia. Ele ironizou que "agora tudo é pandemia", durante seu discurso.
E sua briga política com João Dória Jr. só prejudica a saúde dos brasileiros, aumentando a vulnerabilidade ao Coronavírus.
Enquanto isso, apesar do ritmo aparentemente estar diminuindo, o Brasil atingiu quase 163 mil mortos pela Covid-19.
Se, no lugar de Bolsonaro, o presidente brasileiro fosse o Lula, ele teria estabelecido soluções que combinassem tanto as restrições contra a pandemia e alternativas para manter o emprego. E teria aceito vacinas da China ou do Reino Unido, colocando o interesse público acima de todas as coisas.
Mas, sabe como é, a sociedade coxinha...
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