Três livros fundamentais que escrevi custam bem menos que muito bestseller que está por aí.
Os livros Pelas Entranhas da Cultura Rock, O Mundo Não Quer Ler e Esses Intelectuais Pertinentes... são de leitura recomendável e trazem muito Conhecimento para quem quer sair da zona de conforto do que a mídia transmite.
Afinal, nem tudo que a mídia transmite é realmente tudo o que há no mundo. Há recortes, seleções, distorção de narrativas, restrição de abordagens.
Se for por essa mídia "diversificada" que está aí, literatura torna-se mais um ponto de fuga do que busca de Conhecimento e de Saber.
Os três livros custam, aproximadamente, US$ 6 no livro impresso e US$ 1 no livro digital.
No câmbio recente, os preços podem parecer salgados, R$ 32 e R$ 5,35, respectivamente.
Mas paremos para pensar.
Aqueles livros "baratinhos" de auto-ajuda, de estudantes-vampiros, cavaleiros medievais atormentados, bonequinhos de Minecraft e os constrangedores livros para colorir lhe enganam com o baixo custo.
Eles podem custar até mesmo R$ 10, em média, pelo livro impresso vendido na Internet, ou, quando muito, R$ 15 ou, na pior das hipóteses, até R$ 25. O livro digital, então, pode custar até mesmo R$ 2, em certos casos.
Só que esses livros são em série. Eles têm uma continuação e trazem o dado enganoso do baixo preço, porque na verdade eles são mais caros do que os meus três livros.
O livro do youtuber que custa, digamos, R$ 15 em média, é apenas um primeiro volume de uma série que vem depois.
A pessoa compra o livro do youtuber achando que gastou menos, mas terá que arrumar outros R$ 15 para comprar a sequência, porque o youtuber anunciou que haverá uma continuação.
E aí vem o segundo, o terceiro, o quarto e o quinto volume e, se a série render, pelo menos, um total de oito livros, a obra repartida em oito partes vai custar, em média, R$ 120.
O mesmo ocorre com aquele livro do cavaleiro medieval atormentado que, no primeiro livro, encontra uma medalha que traz um enigma que continua no livro seguinte.
Esse enigma não se resolve no segundo volume, ou, se resolve, trará um outro enigma, ainda mais complexo.
A trama se seguirá nos volumes seguintes e aquele primeiro livrinho, baratinho, de uns R$ 20, na verdade, é um volumão de R$ 160 em média que você estará pagando aos poucos.
Daí serem produtos muito caros, mas como eles são "divididos" em pequenos volumes, você pensa que está gastando menos, e não está.
Além disso, compare esse tipo de literatura, que não traz Conhecimento mas, puramente, entretenimento, com meus livros que transmitem um Saber pouco acessível na grande mídia.
Pelas Entranhas da Cultura Rock e sua "edição americana", O Mundo Não Quer Ler, falam de cultura alternativa e assuntos diversos interessantes.
É certo que ambos possuem um conteúdo comum, já que eu brinquei muito com a ideia dos álbuns das bandas da invasão britânica, em que um LP original ganha uma resposta "americana" apenas substituindo algumas faixas por outras.
Mas que ninguém pense que esses dois livros são um desperdício, pois há muitos textos diferentes entre as duas obras e o investimento compensa, e muito.
Fora a coluna Pelos Porões do Rock e uns poucos textos, há uma diferença notável com vários outros textos que estão num volume e não em outro, e vice-versa.
Já Esses Intelectuais Pertinentes... é uma obra urgente, porque fala de fatos da história recente do Brasil, no que se refere a episódios envolvendo a cultura brasileira.
Trata-se de um documento no qual descreve como uma campanha de uma elite de intelectuais ajudou a abrir caminho para o golpe político de 2016.
Os meus três livros são vítimas de preconceito de gente que anda dizendo que não quer lê-los.
Eles pensam que Pelas Entranhas da Cultura Rock e O Mundo Não Quer Ler são fichões de bandas de rock tipo Wikipedia ou que Esses Intelectuais Pertinentes... só fala o "óbvio" daquilo que entende como "intelectualidade petista" que "sempre quis degradar o Brasil".
Primeiro, os dois livros sobre rock e cultura alternativa não são "Wikipédias literárias". São livros de produção de conteúdo próprio, ainda que fossem coletâneas.
Afinal, são textos que eu mesmo escrevi, e mesmo que vários tenham sido publicados originalmente na Internet, eles já estão fora do ar, porque as páginas onde estavam foram desativadas.
Eles falam também de coisas menos óbvias, como várias bandas alternativas desprezadas até por aqueles que se dizem "alternativos" que não passam de puxadinhos do mainstream.
E Esses Intelectuais Pertinentes..., embora tivesse uma abordagem esquerdista, não tem um ranço sectário, até porque inclui críticas à própria esquerda, que se deixou levar pelo discurso sedutor de um bando de intelectuais pró-brega.
Esses intelectuais, aliás, nada têm de "petistas", embora se autoproclamassem como "de esquerda", e foram treinados pela burocracia acadêmica comandada por uma USP aparelhada de tecnocratas ligados ao PSDB.
Portanto, os três livros podem causar muita estranheza, em princípio, mas se observarem bem, sua leitura e aquisição são altamente recomendáveis.
Até porque os três livros meus trazem aquilo que muitos livros badalados e festivos não têm a menor coragem de trazer: o verdadeiro Conhecimento.
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