SHOPPING TERAPIA - PESSOAS COMPRANDO DEMAIS SÓ POR COMPRAR.
A "festa sem fim" da chamada "sociedade do amor" já começa a viver sua ressaca. E vamos combinar que, no Brasil, a elite do bom atraso é boa de festa, mas ruim de ressaca. E todo aquele auge do consumismo e do hedonismo pós-Covid e pós-Bolsonaro, que se deu na "pandemia do egoísmo", já começa a ter seus problemas identificados.
Nas redes sociais, já começam a surgir questionamentos sobre práticas que a burguesia enrustida brasileira, aquela elite que se fantasia de "gente simples" para lacrar na Internet, faz de inconveniente e errado, mas que tenta esconder ou defender como se fosse uma "liberdade" ou um "direito".
Neste caso, vemos o vício das pessoas de jogarem comida fora após algumas garfadas. Compram comida farta no restaurante, mas comem apenas uma parte do prato e depois jogam fora. Se fosse para isso, seria preferível que essas pessoas fizessem um lanche pequeno, em vez de tamanho vexame que, infelizmente, tornou-se motivo de orgulho para a burguesia de chinelos, invisível a olho nu.
Temos também as críticas que surgem contra quem fica gritando em festas barulhentas nas madrugadas, incomodando a vizinhança. Mesmo em fins de semana, tem gente que gosta de acordar cedo no sábado ou domingo para caminhar ou fazer uma viagem, o que seria dificultado com os vizinhos gritando e tocando som alto durante toda a madrugada, impedindo o descanso e deixando as pessoas com sono atrasado no amanhecer. Apesar disso, muitos ainda veem a barulheira noctívaga como "liberdade" e "sinônimo de felicidade humana".
No perfil da jornalista Elaine Bast do Instagram, ela falou da mania da shopping terapia, quando pessoas que têm muito dinheiro sem necessidade são impelidas a consumir mesmo por mania e até mesmo agindo pelo piloto automático. Gente que compra por comprar, sem necessidade, num contexto em que outras pessoas têm necessidade de comprar o que mais precisam e não têm dinheiro para tanto.
Há também as queixas do mercado de trabalho, da péssima educação dos recrutadores e empregadores, um ponto alertado nas redes sociais. Seleções de emprego que servem para favorecer aquele familiar do recrutador ou o filho do dono da empresa, isso para não dizer da onda de influenciadores e humoristas de estandape que tentam tirar o emprego de quem realmente precisa.
E como nada é tão ruim que não pode piorar, vemos o alerta da NASA, agência espacial dos EUA - favor não confundir com a risível marca de travesseiros - , de que o Brasil pode se tornar um país inabitável daqui a 50 anos. Ou seja, uma grande catástrofe ambiental.
O que assusta é que, recentemente, houve uma amostra disso, e não estamos falando dos incêndios no Pantanal. Num canavial em Linhares, conhecidíssima cidade do Espírito Santo, um tornado de fogo, com caraterísticas de um furacão, formado pela combinação de clima seco e muito quente. Sinal de que o desequilíbrio ambiental está dando avisos para a população brasileira.
Esses são apenas alguns fatos que se relacionam ao período do "sonho brasileiro" pós-Covid e pós-Bolsonaro, cujos questionamentos, até agora, sofrem o boicote arrogante e irresponsável de pessoas que não querem saber da realidade.
Durante o ano inteiro de 2023, pessoas queriam se prender em fantasias e sonhos, depois que o fim da pandemia da Covid-19 e do caótico governo de Jair Bolsonaro fizeram a elite do bom atraso se achar "predestinada" e convertida na "sociedade do amor", numa tentativa de ressignificar a reputação dos descendentes das velhas elites genocidas, golpistas, fraudulentas e gananciosas.
Mas abafar a realidade não deu certo e, aos poucos, questionamentos que tentaram ser evitados nesse Brasil do AI-SIMco tentam furar a barreira dos velhos ambientes digitais do Instagram e Tik Tok, entrando em outras plataformas.
O senso crítico que a "boa" sociedade tentou banir, através de bordões hipócritas como "mais amor, por favor" e "julgue menos e ame mais" que só servem para botar o legado sujo das elites debaixo do tapete, está reaparecendo gradualmente assustando quem pensava que o Brasil só se reconstruiria com festa, consumismo e muita "bebemoração".
E, junto a isso, os problemas, que são tantos. E ainda não se falou do aumento de câncer entre jovens e jovens adultos, que claramente é consequência do consumo arrogante de cigarros e cervejas, bens nocivos que os "animais consumistas" endeusam e curtem de maneira voraz sob a desculpa de que isso é "liberdade" e "felicidade". Uma "liberdade" que faz a alma ser escrava dos instintos e a alegria tóxica crescer em véspera de futuras tristezas, traumas e tragédias. O Brasil não está fácil.
Comentários
Postar um comentário