O falecido cantor Michael Jackson é um ídolo superestimado no Brasil, quando sabemos que, no seu país de origem, o chamado "Rei do Pop" passou as últimas duas décadas de vida como subcelebridade, só sendo considerado "gênio" pelo viralatismo cultural vigente no nosso país.
A supervalorização de Michael no Brasil - comparado, no plano humorístico, ao que se vê no seriado mexicano Chaves - chega aos níveis constrangedores de exaltar um repertório que, na verdade, é cheio de altos e baixos e nem de longe representou algo revolucionário ou transformador na música contemporânea.
Na verdade, Michael foi um complexado que, por seus traumas familiares, teve vergonha de ser negro, injetando remédios que fragilizaram sua pele e seu organismo, daí ter abreviado sua vida em 2009. E forçou muito a barra em querer ser roqueiro, com resultados igualmente supervalorizados, mas que, observando com muita atenção, soam bastante medíocres, burocráticos e sem conhecimento de causa.
A superestima é tanta que fake news foram despejadas na Internet para glorificar Michael e atribuir a ele qualidades que ele nunca teve. Aqui estão as principais mentiras a respeito:
1) "MICHAEL ERA PESQUISADOR CULTURAL" - Michael Jackson nunca pesquisou sobre cultura. Na verdade, ele apenas embarcou em certos modismos ou oportunismos, se limitando apenas a pedir a assessores e produtores qual era a onda do momento.
Mesmo a visita a Salvador, para tocar com o Olodum no clipe de "They Don't Care About Us" (cuja versão em disco NÃO tem a participação do grupo baiano), foi feita para pegar carona no que Paul Simon fez com o mesmo grupo, de maneira mais criativa, respeitosa e espontânea.
2) "MICHAEL ERA ATEU" - Michael Jackson era religioso, sua orientação o fazia compor aquelas músicas lentas, tipo "Heal the World" ou mesmo "We Are the World" (esta em parceria com Lionel Richie), com uma pieguice "filantrópica" digna de ídolos religiosos como os católicos e evangélicos. Além disso, em nenhum momento Michael manifestou sua descrença em Deus, muito pelo contrário, ele era um deísta convicto.
3) "MICHAEL ERA CANTOR DE PROTESTO" - Outra mentira. Michael era apenas um cantor de pop dançante e comercial, apenas compôs canções "de protesto" para pegar carona num filão "contestador" do pop comercial estadunidense dos anos 1990 em diante. Mas a burrice brasileira chega mesmo a atribuir uma canção com letra inócua como "Billie Jean" como "canção de protesto". Faz sentido num Brasil viralatista cujas maiores "canções de protesto" são "Ilariê" e "Xibom Bom Bom".
4) "MICHAEL FOI MORTO POR PROBLEMAS POLÍTICOS" - Não, gente, Michael não foi um ativista político. Eu me lembro quando brincava falando piadas com meu irmão, nos anos 1990, criando uma "resposta soviética" ao Michael, o "Mikhail Jackson" (lê-se "iáquisson"), o "negro que ficou vermelho", mas isso era uma sátira com base na antiga Guerra Fria. Nada sério.
No entanto, certos esquerdistas médios viajaram na maionese dizendo que Michael foi vítima de um complô político, porque o "Rei do Pop" teria sido um "ativista de esquerda", um "artista bolivariano" que teria sido "eliminado pelo governo dos EUA".
Nada disso. Michael era uma personalidade apolítica, sem compromissos ativistas de qualquer espécie. Portanto, a morte do "Rei do Pop" não foi um complô político, mas fruto de um ataque cardíaco devido ao longo e perigoso uso de medicamentos ao longo de sua carreira.
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