HORA DOS PERDIDOS, DA CIDADE FM, E RESTART - As mesmas gracinhas.
Já dá para perceber que a cultura rock anda tão em baixa no Brasil, que o brega-popularesco continua hegemônico - apesar de cada vez mais estéril e estagnado - e a maioria das pessoas, desinformada, nem sabe direito o que é cultura rock.
É esse cenário de burrice e desinformação que favoreceram o ressurgimento das rádios pseudo-roqueiras 89 FM, em São Paulo, e Rádio Cidade, no Rio de Janeiro, fazendo justamente as mesmas coisas que derrubaram as duas rádios, em 2006. E o pessoal engolindo tudo isso como se as duas rádios fossem "autênticas estações do rock".
Ando vendo muitas atitudes e opiniões do pessoal do eixo Rio-São Paulo dignas de um Febeapá de Stanislaw Ponte Preta. Da busologia à etnografia, parece que muita gente se perdeu pelo direito de ser imbecil (com a desculpa de ser "descontraído de vez em quando") ou pela submissão às autoridades, aplaudindo qualquer besteira que impõem para o povo.
As pessoas aceitam qualquer parada e são apunhaladas pelas costas sem saber. Desde que não se sinta dor, pode-se até se arruinar, ir para o fundo do poço. Desde que o veneno de rato seja saboroso, as pessoas aceitam tudo.
A acomodação está generalizada e ultrapassou até os antigos estigmas que havia no Norte, Nordeste e Centro-Oeste que, quem diria, começam a despertar, para desespero do Diogo Mainardi e seus seguidores.
Para um Estado como o do Rio de Janeiro, que nos anos 80 viu surgir a Fluminense FM, é humilhante que o radialismo rock de hoje se reduza à indigência chamada Rádio Cidade, que nunca teve vocação para ser rádio de rock e sempre pegou carona no filão apenas para faturar promocionalmente através da indústria de concertos ao vivo realizados no Grande Rio.
As pessoas aceitam que uma rádio dessas seja incluída na ciranda de rádios roqueiras, como se o trabalho da Rádio Cidade fosse sério. Não é. Só tem piadas o tempo inteiro. A locução não tem o estilo rock, é bem Jovem Pan 2 nos momentos mais histéricos. Estado de espírito roqueiro é algo que não existe na Cidade FM. É mais fácil encontrá-lo no programa de culinária da Palmirinha.
O repertório é tão repetitivo que, se não dominar o estresse, o cidadão poderá botar a culpa do seu celular e atirá-lo da janela do carro, de tão furioso de saber que a Cidade não tocaria bandas como Foo Fighters, Pearl Jam e U2 a não ser pelos "grandes sucessos".
Se pudéssemos fazer um paralelo comparativo, entre a Rádio Cidade (ou a 89 FM) e a Fluminense FM e as bandas de Rock Brasil, podemos com toda a certeza concluir que: se a Fluminense FM equivalia à Legião Urbana, a 89 / Cidade equivalem ao Restart.
Não dá para entender por que a 89 e a Cidade não tocam o Restart. Elas "recomeçaram" (em inglês, "recomeçar" é restart) e toda a bobagem representada por grupos como Restart, Cine ou DiBob são efeitos naturais da forma com que as duas rádios trabalharam o punk rock.
É só ver os programas Hora dos Perdidos (Rádio Cidade), Do Balacobaco e Quem Não Faz Toma (89 FM) para ver o astral "rock colorido" que toma conta dos programas. Não tem como escapar, é Restart puro. Nada de rock'n'roll. Tudo de pop adolescentinho.
Mas se até no "sério" e "relevante" programa "Temos Vagas" (que alguns apelidam de Emos Vagas), o Tatola já emporcalha o microfone com aquela dicção de locutor da Jovem Pan 2 ou Transamérica (a voz do Tatola está igualzinha à do Rui Bala da decadente Transamérica), então os programas mais bobalhões da 89 e da Cidade já derrubam qualquer reputação roquenrol, mesmo a mais rasteira.
No caso da Rádio Cidade, a coisa é mais vergonhosa ainda, porque é como se todo o trabalho de Luiz Antônio Mello na Fluminense FM tivesse sido em vão. Ou então, com o perdão da dureza, o Alex Mariano fosse morto pela segunda vez, já que todas as lições e conquistas da Fluminense foram derrubadas sem piedade pela Rádio Cidade.
A Rádio Cidade "roqueira" nunca passou de uma FM pop mais junkie. Seu sucesso nunca ameaçou a Kiss FM Rio (que está fora do ar por problemas técnicos), mas está incomodando rádios convencionais como Mix FM, Sul América Paradiso e a já extinta Beat 98. Uma prova que o público que a Rádio Cidade atrai, com toda a certeza, não é de roqueiros de verdade.
Já dá para perceber que a cultura rock anda tão em baixa no Brasil, que o brega-popularesco continua hegemônico - apesar de cada vez mais estéril e estagnado - e a maioria das pessoas, desinformada, nem sabe direito o que é cultura rock.
É esse cenário de burrice e desinformação que favoreceram o ressurgimento das rádios pseudo-roqueiras 89 FM, em São Paulo, e Rádio Cidade, no Rio de Janeiro, fazendo justamente as mesmas coisas que derrubaram as duas rádios, em 2006. E o pessoal engolindo tudo isso como se as duas rádios fossem "autênticas estações do rock".
Ando vendo muitas atitudes e opiniões do pessoal do eixo Rio-São Paulo dignas de um Febeapá de Stanislaw Ponte Preta. Da busologia à etnografia, parece que muita gente se perdeu pelo direito de ser imbecil (com a desculpa de ser "descontraído de vez em quando") ou pela submissão às autoridades, aplaudindo qualquer besteira que impõem para o povo.
As pessoas aceitam qualquer parada e são apunhaladas pelas costas sem saber. Desde que não se sinta dor, pode-se até se arruinar, ir para o fundo do poço. Desde que o veneno de rato seja saboroso, as pessoas aceitam tudo.
A acomodação está generalizada e ultrapassou até os antigos estigmas que havia no Norte, Nordeste e Centro-Oeste que, quem diria, começam a despertar, para desespero do Diogo Mainardi e seus seguidores.
Para um Estado como o do Rio de Janeiro, que nos anos 80 viu surgir a Fluminense FM, é humilhante que o radialismo rock de hoje se reduza à indigência chamada Rádio Cidade, que nunca teve vocação para ser rádio de rock e sempre pegou carona no filão apenas para faturar promocionalmente através da indústria de concertos ao vivo realizados no Grande Rio.
As pessoas aceitam que uma rádio dessas seja incluída na ciranda de rádios roqueiras, como se o trabalho da Rádio Cidade fosse sério. Não é. Só tem piadas o tempo inteiro. A locução não tem o estilo rock, é bem Jovem Pan 2 nos momentos mais histéricos. Estado de espírito roqueiro é algo que não existe na Cidade FM. É mais fácil encontrá-lo no programa de culinária da Palmirinha.
O repertório é tão repetitivo que, se não dominar o estresse, o cidadão poderá botar a culpa do seu celular e atirá-lo da janela do carro, de tão furioso de saber que a Cidade não tocaria bandas como Foo Fighters, Pearl Jam e U2 a não ser pelos "grandes sucessos".
Se pudéssemos fazer um paralelo comparativo, entre a Rádio Cidade (ou a 89 FM) e a Fluminense FM e as bandas de Rock Brasil, podemos com toda a certeza concluir que: se a Fluminense FM equivalia à Legião Urbana, a 89 / Cidade equivalem ao Restart.
Não dá para entender por que a 89 e a Cidade não tocam o Restart. Elas "recomeçaram" (em inglês, "recomeçar" é restart) e toda a bobagem representada por grupos como Restart, Cine ou DiBob são efeitos naturais da forma com que as duas rádios trabalharam o punk rock.
É só ver os programas Hora dos Perdidos (Rádio Cidade), Do Balacobaco e Quem Não Faz Toma (89 FM) para ver o astral "rock colorido" que toma conta dos programas. Não tem como escapar, é Restart puro. Nada de rock'n'roll. Tudo de pop adolescentinho.
Mas se até no "sério" e "relevante" programa "Temos Vagas" (que alguns apelidam de Emos Vagas), o Tatola já emporcalha o microfone com aquela dicção de locutor da Jovem Pan 2 ou Transamérica (a voz do Tatola está igualzinha à do Rui Bala da decadente Transamérica), então os programas mais bobalhões da 89 e da Cidade já derrubam qualquer reputação roquenrol, mesmo a mais rasteira.
No caso da Rádio Cidade, a coisa é mais vergonhosa ainda, porque é como se todo o trabalho de Luiz Antônio Mello na Fluminense FM tivesse sido em vão. Ou então, com o perdão da dureza, o Alex Mariano fosse morto pela segunda vez, já que todas as lições e conquistas da Fluminense foram derrubadas sem piedade pela Rádio Cidade.
A Rádio Cidade "roqueira" nunca passou de uma FM pop mais junkie. Seu sucesso nunca ameaçou a Kiss FM Rio (que está fora do ar por problemas técnicos), mas está incomodando rádios convencionais como Mix FM, Sul América Paradiso e a já extinta Beat 98. Uma prova que o público que a Rádio Cidade atrai, com toda a certeza, não é de roqueiros de verdade.
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