WALDICK SORIANO NUNCA FOI ESTETICAMENTE REVOLUCIONÁRIO E, AINDA POR CIMA, ERA UM FIGURÃO CONSERVADOR.
Talvez seja preciso explicar as minhas críticas em relação à supremacia brega que toma todos os espaços imagináveis e inimagináveis na cultura brasileira, sofrendo uma hegemonia totalitária que nem a MPB bossanovista-cepecista, acusada de totalitarismo, chegou sequer a conquistar parcialmente.
O grande problema do brega não é o pessoal gostar ou não, mas é essa atitude totalitária que os partidários da bregalização cultural está tendo, com a desculpa de "romper com o preconceito". Já se observou que, na medida em que o brega passou a ser levado a sério demais, o preconceito, na verdade, passou para o lado dos seus defensores, e não dos opositores.
Gostar de brega, ou, pelo menos do "tradicionalista" Waldick Soriano, é permitido. Achar que um bom punhado de canções de Odair José "são legais" e que o "funk carioca" e a axé-music são "divertidos", tudo bem. Ficar triste e ver que aquela canção de Amado Batista encaixou no desabafo da tristeza é bastante válido e saudável para quem gosta.
O problema é toda onda de pretensiosismo que o brega teve, de ser visto pelo que nunca foi nem vai ser, um pretensiosismo de "arte séria" que, diferenças de valor artístico e de contexto à parte, quase fez o rock progressivo ser atirado lixo abaixo, com Pink Floyd e tudo.
Além disso, o brega tinha seus espaços, sua vida, e a MPB, o rock, a cultura alternativa tinham os seus. Isso é que era a diversidade cultural que ninguém entende. Diversidade cultural não é enfiar um módulo de "funk" numa festa de universitários. Muito pelo contrário, hoje o brega-popularesco se transformou numa monocultura que já põe em risco o nosso rico acervo musical.
Isso é muito ruim, porque, em nome de uma suposta diversidade cultural, a aceitação do brega como "arte séria" acaba prejudicando a verdadeira diversidade, eliminando espaços de expressão e apreciação de outras manifestações culturais alheias e distantes da breguice dominante.
Talvez seja preciso explicar as minhas críticas em relação à supremacia brega que toma todos os espaços imagináveis e inimagináveis na cultura brasileira, sofrendo uma hegemonia totalitária que nem a MPB bossanovista-cepecista, acusada de totalitarismo, chegou sequer a conquistar parcialmente.
O grande problema do brega não é o pessoal gostar ou não, mas é essa atitude totalitária que os partidários da bregalização cultural está tendo, com a desculpa de "romper com o preconceito". Já se observou que, na medida em que o brega passou a ser levado a sério demais, o preconceito, na verdade, passou para o lado dos seus defensores, e não dos opositores.
Gostar de brega, ou, pelo menos do "tradicionalista" Waldick Soriano, é permitido. Achar que um bom punhado de canções de Odair José "são legais" e que o "funk carioca" e a axé-music são "divertidos", tudo bem. Ficar triste e ver que aquela canção de Amado Batista encaixou no desabafo da tristeza é bastante válido e saudável para quem gosta.
O problema é toda onda de pretensiosismo que o brega teve, de ser visto pelo que nunca foi nem vai ser, um pretensiosismo de "arte séria" que, diferenças de valor artístico e de contexto à parte, quase fez o rock progressivo ser atirado lixo abaixo, com Pink Floyd e tudo.
Além disso, o brega tinha seus espaços, sua vida, e a MPB, o rock, a cultura alternativa tinham os seus. Isso é que era a diversidade cultural que ninguém entende. Diversidade cultural não é enfiar um módulo de "funk" numa festa de universitários. Muito pelo contrário, hoje o brega-popularesco se transformou numa monocultura que já põe em risco o nosso rico acervo musical.
Isso é muito ruim, porque, em nome de uma suposta diversidade cultural, a aceitação do brega como "arte séria" acaba prejudicando a verdadeira diversidade, eliminando espaços de expressão e apreciação de outras manifestações culturais alheias e distantes da breguice dominante.
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