A BURGUESIA DE CHINELOS NÃO QUER OUTRO CANDIDATO EM 2026. SÓ QUER LULA.
A elite do bom atraso, a “frente ampla” social que vai do “pobre de novela” - tipo que explicaremos em outra postagem - ao famoso muito rico, mas que inclui também a pequena burguesia e a parcela “legal” da alta burguesia, enlouqueceu nas redes sociais, exaltando o medíocre governo Lula e somente desejando ele para a Presidência da República na próxima eleição.
Preso a estereótipos que deixaram de fazer sentido na realidade, como governar para os pobres e deixar a classe média abastada em segundo plano, Lula na prática expressa um peleguismo que é facilmente reconhecido por proletários, camponeses, sem-teto e servidores públicos, que veem o quanto o presidente “quer, mas não quer muito” trabalhar para o bem-estar dos brasileiros.
Lula tem como o maior de seus inúmeros erros o de tratar a reconstrução do Brasil como se fosse uma festa. Esse problema, é claro, não é percebido pela delirante elite do bom atraso que, herdeira das atrocidades de seus antepassados, tenta bancar a boazinha transformando as redes sociais no paraíso de seus juízos de valor e de suas visões distorcidas da realidade.
Um lulista, por exemplo, saiu por aí defendendo as viagens de Lula ao exterior, achando até que as viagens “são poucas”. O internauta assina embaixo nas desculpas de “investimentos estrangeiros” e “acordos multilaterais” que o governo Lula lança para justificar esse turismo governamental, e todos vão dormir tranquilos por conta dessa ênfase desnecessária da política externa.
Já temos a pieguice dos desenhos de Pxeira, mas agora até no X, aparentemente um reduto da ultradireita de seu dono Elon Musk, há lulistas alucinados capazes de aplaudir até a tosse do presidente, como petistas narcisistas que acham feio tudo que não é Lula.
Com certo exagero, os lulistas elegem seu ídolo como “o melhor presidente de todos os tempos” da História do Brasil. É uma classificação que possui uma forte carga sentimental e subjetiva, até porque vem de uma elite que está bem de vida. Mesmo quando tenta algum embasamento, mencionando, pelo relatorismo, as “realizações históricas” do governo Lula, há uma supervalorização dessas medidas que, quando muito, colocam o atual mandato no mesmo patamar de governos neoliberais como os de Fernando Henrique Cardoso.
Fora isso, essa burguesia "positiva", independente de se autoproclamar "de esquerda" ou apenas "democrática", ainda mergulha no obscurantismo religioso. Tivemos a triste notícia de que a reprise da novela A Viagem, da Rede Globo, obteve sua "melhor semana de audiência", alimentada principalmente pelo impacto da morte de um "médium" bolsonarista, que está prestes a receber, tal como seu antecessor de Uberaba, generosas passagens de pano das esquerdas médias, apegadas a esses "brinquedos culturais".
Há muita histeria por parte dessa elite que vive, com um século de atraso, a versão brasileira dos “loucos anos 20” que os EUA viveram na década que se encerrou com a catástrofe econômica de 1929. A ideia de confundir cidadania com consumismo e desenvolvimento social com parque de diversões faz os lulistas acreditarem que podem tudo, pouco lhes importando impasses e obstáculos.
São pessoas dotadas de privilégios econômicos supostamente “modestos” que se entusiasmam com Lula e clamam por sua reeleição, pois o presidente é mão aberta para a “boa” sociedade, mesmo com os netos daqueles que ajudaram a matar Rubens Paiva que assistem ao filme Eu Ainda Estou Aqui com a comodidade indiferente de quem assiste a uma comédia com Xuxa ou os Trapalhões. Gente que nunca viu um chão de fábrica na vida e, se um dia foi pobre, esqueceu as duras lições dessa triste condição, a ponto de exaltar as favelas como se elas fossem o habitat natural dos miseráveis.
A euforia histérica dos lulistas atinge níveis altamente preocupantes, pois envolve ilusões piores dos que as que levaram ao golpe de 1964.
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