ANITTA, LUDMILLA E LEXA - Cantoras levam comercialismo musical ao extremo.
A música brasileira "desceu até o chão". Depois da forte blindagem de intelectuais e acadêmicos a respeito do brega-popularesco, as gerações mais recentes, surgidas nos últimos cinco anos, levam às últimas consequências o comercialismo que já era uma ameaça séria vista através dos primeiros ídolos cafonas, há cerca de 50 anos atrás.
Se já era uma calamidade pública os ídolos neo-bregas do "pagode romântico" e "sertanejo" que hoje fazem "MPB de mentirinha" sem esconderem direito seu comercialismo, sua hipocrisia e sua aberrante canastrice artística, hoje a coisa foi longe demais.
Tudo ficou comercial, e o mínimo de arte que, mesmo como farsa, era apreciado pela música brega de tempos atrás, com seus simulacros de sofisticação e folclore, hoje ela não aparece mais. A "geração de 2008", como Thiaguinho, Valesca Popozuda. Luan Santana e Cláudia Leitte já sinalizavam para esse comercialismo feito às últimas consequências.
Hoje, nomes como Anitta, Naldo Benny e outros são assumidamente mercadológicos e seus empresários já não escondem isso. Vide a entrevista com Kamilla Fialho, que empresariou Anitta, hoje cuida de Lexa e começa a se responsabilizar por intérpretes do "sertanejo universitário", feita ao colunista Léo Dias, do jornal O Dia.
Kamilla assume que é dona da marca Lexa, correspondente à funqueira que se tornou, ao lado de Ludmilla, um dos "genéricos" da Anitta, apostando no "funk melody" com apelo para as noitadas da Zona Sul e para um público de classe média alta.
Tudo virou negócio, embora sabemos que, por mais que a intelectualidade "bacana" definisse os antigos ídolos cafonas com discursos falsamente "guevaristas", eles já desempenhavam esse papel de mercadorias musicais, quando muito como hitmakers, a exemplo de Odair José, Luiz Ayrão e Wando, à maneira que Paul Anka e Neil Sedaka fizeram no seu tempo.
A situação preocupante cresce à maneira que a MPB autêntica passou a se viciar na mesmice de homenagens intermináveis e de "novos artistas" que fazem mais do mesmo, repetindo sempre o "ecletismo" das gerações anteriores e eles mesmos também afundando na areia movediça das homenagens intermináveis.
Isso é um grande alerta, porque a cultura brasileira ficou privatizada. Entregamos o futuro do samba brasileiro nas mãos dos estadunidenses da Wal-Mart que agora tocam em suas lojas no Brasil os pastiches de Alexandre Pires, Belo e Thiaguinho. Os primeiros canastrões da música caipira agora se acham os donos da "canção de raiz", quando os autênticos violeiros morrem aos poucos.
Deixamos que uma minoria de empresários do entretenimento dite o que vai ser música brasileira nos próximos anos e o que será o gosto popular no futuro e os intelectuais tentam nos fazer crer que isso é "o máximo". Não é. Nosso patrimônio cultural está perecendo no isolamento museólogo e condominial e as classes populares aos poucos ficam sem uma cultura própria.
Isso porque o que se fala como "cultura verdadeiramente popular" no discurso "provocativo" dos "pensadores mais legais do Brasil" não é mais do que a mercantilização do mau gosto, do grotesco, servido como se fosse "cultura séria" quando não passa de um amontoado de modismos para consumo imediato que o mercado tenta tornar perene através do discurso acadêmico-intelectual.
E aí, vemos o que vemos. A cada tempo, surgem novos nomes a superpovoar a mediocridade musical brasileira. E, pior, os canastrões de outrora tentam se valer da memória curta para vender a falsa imagem de "geniais" e "grandes artistas". Tudo se nivela por baixo e até o que era ruim e aberrante há 25 anos atrás hoje é tido como "respeitável", "indiscutível" e "valioso".
E a MPB autêntica na areia movediça das homenagens intermináveis...
A música brasileira "desceu até o chão". Depois da forte blindagem de intelectuais e acadêmicos a respeito do brega-popularesco, as gerações mais recentes, surgidas nos últimos cinco anos, levam às últimas consequências o comercialismo que já era uma ameaça séria vista através dos primeiros ídolos cafonas, há cerca de 50 anos atrás.
Se já era uma calamidade pública os ídolos neo-bregas do "pagode romântico" e "sertanejo" que hoje fazem "MPB de mentirinha" sem esconderem direito seu comercialismo, sua hipocrisia e sua aberrante canastrice artística, hoje a coisa foi longe demais.
Tudo ficou comercial, e o mínimo de arte que, mesmo como farsa, era apreciado pela música brega de tempos atrás, com seus simulacros de sofisticação e folclore, hoje ela não aparece mais. A "geração de 2008", como Thiaguinho, Valesca Popozuda. Luan Santana e Cláudia Leitte já sinalizavam para esse comercialismo feito às últimas consequências.
Hoje, nomes como Anitta, Naldo Benny e outros são assumidamente mercadológicos e seus empresários já não escondem isso. Vide a entrevista com Kamilla Fialho, que empresariou Anitta, hoje cuida de Lexa e começa a se responsabilizar por intérpretes do "sertanejo universitário", feita ao colunista Léo Dias, do jornal O Dia.
Kamilla assume que é dona da marca Lexa, correspondente à funqueira que se tornou, ao lado de Ludmilla, um dos "genéricos" da Anitta, apostando no "funk melody" com apelo para as noitadas da Zona Sul e para um público de classe média alta.
Tudo virou negócio, embora sabemos que, por mais que a intelectualidade "bacana" definisse os antigos ídolos cafonas com discursos falsamente "guevaristas", eles já desempenhavam esse papel de mercadorias musicais, quando muito como hitmakers, a exemplo de Odair José, Luiz Ayrão e Wando, à maneira que Paul Anka e Neil Sedaka fizeram no seu tempo.
A situação preocupante cresce à maneira que a MPB autêntica passou a se viciar na mesmice de homenagens intermináveis e de "novos artistas" que fazem mais do mesmo, repetindo sempre o "ecletismo" das gerações anteriores e eles mesmos também afundando na areia movediça das homenagens intermináveis.
Isso é um grande alerta, porque a cultura brasileira ficou privatizada. Entregamos o futuro do samba brasileiro nas mãos dos estadunidenses da Wal-Mart que agora tocam em suas lojas no Brasil os pastiches de Alexandre Pires, Belo e Thiaguinho. Os primeiros canastrões da música caipira agora se acham os donos da "canção de raiz", quando os autênticos violeiros morrem aos poucos.
Deixamos que uma minoria de empresários do entretenimento dite o que vai ser música brasileira nos próximos anos e o que será o gosto popular no futuro e os intelectuais tentam nos fazer crer que isso é "o máximo". Não é. Nosso patrimônio cultural está perecendo no isolamento museólogo e condominial e as classes populares aos poucos ficam sem uma cultura própria.
Isso porque o que se fala como "cultura verdadeiramente popular" no discurso "provocativo" dos "pensadores mais legais do Brasil" não é mais do que a mercantilização do mau gosto, do grotesco, servido como se fosse "cultura séria" quando não passa de um amontoado de modismos para consumo imediato que o mercado tenta tornar perene através do discurso acadêmico-intelectual.
E aí, vemos o que vemos. A cada tempo, surgem novos nomes a superpovoar a mediocridade musical brasileira. E, pior, os canastrões de outrora tentam se valer da memória curta para vender a falsa imagem de "geniais" e "grandes artistas". Tudo se nivela por baixo e até o que era ruim e aberrante há 25 anos atrás hoje é tido como "respeitável", "indiscutível" e "valioso".
E a MPB autêntica na areia movediça das homenagens intermináveis...
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