LOCUTORES ALEXANDRE WOOLLEY E DEDÉ GALVÃO RECEBENDO A EX-BBB ARIADNA NA FM O DIA.
A locução "tranquila" virou a nova moda das FMs comerciais. Com o desgaste do ritmo frenético da Jovem Pan FM, agravado sobretudo pela presença de comentaristas reacionários como Reinaldo Azevedo, Rachel Sheherazade e o historiador Marco Antônio Villa (que definiu o ex-presidente João Goulart como um "fracote"), a locução animadinha baixou o tom e a velocidade nos últimos meses.
A "novidade" parecia ser exclusividade da autoproclamada "rádio rock", a carioca Rádio Cidade, o que deu uma impressão, completamente errada, que a emissora finalmente passou a ter uma linguagem diferenciada e adequada para o gênero. Só que não é tão exclusiva assim.
A popularesca FM O Dia também passou a ter a locução "tranquila", que na verdade é uma espécie de locução animadinha menos neurótica. Os tempos frenéticos da Transamérica e Jovem Pan, rádios "jovens" que hoje soam muitíssimo velhas e ultrapassadas, foram deixados para trás.
Essa tendência parece uma forma de tornar a locução animada mais informal, já que a velocidade tornou-se uma técnica formalista, na medida em que se tornou muito banal. As vinhetas "espaciais" de estilo Jovem Pan continuam, mas a redução da velocidade da fala parece uma preocupação em frear o ritmo frenético diante da supremacia das mídias digitais.
Isso porque, nas mídias sociais da Internet, o que se observa são pessoas com vozes comuns falando em vídeos diversos, como se vê no YouTube. Não são pessoas que falam com a velocidade frenética de quem quer dizer uma frase longa em poucos minutos.
Para quem acha que a Rádio Cidade adotou uma "locução mais rock", este equívoco se desfaz quando se percebe que esse estilo de locução é rigorosamente o mesmo da FM O Dia, que já vem desde o novo paradigma de rádio jovem, a Rádio Disney, franquia paulista da rede estadunidense.
A comparação Cidade / O Dia lembra o que já observei, há 25 anos, quando estava em Salvador, quando a suposta "rádio rock" 96 FM tinha exatamente o estilo de locução da popularesca Piatã FM. A comparação derruba por definitivo a tese de que tais "rádios rock" possuem perfis diferenciados, não sendo mais do que rádios pop com vitrolão "roqueiro". De rock elas só tem o toca-discos.
Evidentemente, o estilo pop de locução continua, o modo de fala e dicção dos locutores, sobretudo masculinos, continua com aquele estilo de animador de festa infantil, O jeito animadinho permanece o mesmo, só que a fala é mais calma e pausada e os locutores não gritam tanto. E não foi desta vez que a Rádio Cidade tentou fazer diferença. Outras rádios "falam" igualzinho a ela.
A locução "tranquila" virou a nova moda das FMs comerciais. Com o desgaste do ritmo frenético da Jovem Pan FM, agravado sobretudo pela presença de comentaristas reacionários como Reinaldo Azevedo, Rachel Sheherazade e o historiador Marco Antônio Villa (que definiu o ex-presidente João Goulart como um "fracote"), a locução animadinha baixou o tom e a velocidade nos últimos meses.
A "novidade" parecia ser exclusividade da autoproclamada "rádio rock", a carioca Rádio Cidade, o que deu uma impressão, completamente errada, que a emissora finalmente passou a ter uma linguagem diferenciada e adequada para o gênero. Só que não é tão exclusiva assim.
A popularesca FM O Dia também passou a ter a locução "tranquila", que na verdade é uma espécie de locução animadinha menos neurótica. Os tempos frenéticos da Transamérica e Jovem Pan, rádios "jovens" que hoje soam muitíssimo velhas e ultrapassadas, foram deixados para trás.
Essa tendência parece uma forma de tornar a locução animada mais informal, já que a velocidade tornou-se uma técnica formalista, na medida em que se tornou muito banal. As vinhetas "espaciais" de estilo Jovem Pan continuam, mas a redução da velocidade da fala parece uma preocupação em frear o ritmo frenético diante da supremacia das mídias digitais.
Isso porque, nas mídias sociais da Internet, o que se observa são pessoas com vozes comuns falando em vídeos diversos, como se vê no YouTube. Não são pessoas que falam com a velocidade frenética de quem quer dizer uma frase longa em poucos minutos.
Para quem acha que a Rádio Cidade adotou uma "locução mais rock", este equívoco se desfaz quando se percebe que esse estilo de locução é rigorosamente o mesmo da FM O Dia, que já vem desde o novo paradigma de rádio jovem, a Rádio Disney, franquia paulista da rede estadunidense.
A comparação Cidade / O Dia lembra o que já observei, há 25 anos, quando estava em Salvador, quando a suposta "rádio rock" 96 FM tinha exatamente o estilo de locução da popularesca Piatã FM. A comparação derruba por definitivo a tese de que tais "rádios rock" possuem perfis diferenciados, não sendo mais do que rádios pop com vitrolão "roqueiro". De rock elas só tem o toca-discos.
Evidentemente, o estilo pop de locução continua, o modo de fala e dicção dos locutores, sobretudo masculinos, continua com aquele estilo de animador de festa infantil, O jeito animadinho permanece o mesmo, só que a fala é mais calma e pausada e os locutores não gritam tanto. E não foi desta vez que a Rádio Cidade tentou fazer diferença. Outras rádios "falam" igualzinho a ela.
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