Sábado à tarde. Dia da família fazer turnê gastronômica e passar a tarde almoçando e lanchando em três restaurantes diferentes, engordando sem necessidade sob a desculpa de uma "reunião familiar para quebrar a rotina"?
Ou então é dia de rapagões ficarem isolados em algum botequim ou adega, sob um calorão de sol, só para ficarem papeando sobre futebol em rodadas de cerveja, achando que isso é um lazer mais instigante do que ficar sentado na areia à beira do mar?
Ou então é dia de pessoas se trancarem nesses estabelecimentos aeróbicos, dependendo de máquinas para fazer exercícios, sob a desculpa de que apenas correndo pelo calçadão ou na areia da praia é mais cansativo e entediante?
Ou então é dia de assistir ao mesmíssimo jogo de futebol na TV, em que um time carioca finge que vive sua melhor fase, com vitórias tendenciosas e derrotas constrangedoras? Ou então é dia de ver a mesmice sensacionalista e pretensamente assistencial de Luciano Huck?
Todas essas "interessantes" e "divertidas" atividades podem ser compensadas com a coragem de ir à praia nas tardes de sábado. Hoje promete fazer sol, e nada como meter a cara e sair de casa para curtir um praião e lotar os calçadões de sua cidade litorânea.
As pessoas deveriam sair e, em tempos de crise, nem precisem lotar o comércio por causa daquela liquidação que não passa de papo furado, com produtos muito caros nesses tempos de crise econômica. E nem precisem ligar a TV em casa, já que a mesmice televisiva mostrará sua conta quando a tarifa de energia elétrica vier depois da virada do mês.
Lugares como Rio de Janeiro e Niterói deveriam lotar mais de gente nas calçadas. Movimentar as ruas, trazer animação e quebrar a tradição de que tardes de sábado são melancólicas mesmo em dias de verão. E o inverno carioca está um verdadeiro veranico.
O jeito é aproveitar. A Natureza presenteou à humanidade a paisagem da praia, uma beleza ímpar que deveria ser valorizada, em lugar de uma programação televisiva que não educa, não fortalece a auto estima e que não passa apenas de comércio puro.
Vamos nos preocupar menos com gastos de dinheiro e de emoções baratas e estabelecer um diálogo sincero com a Natureza, indo à praia e movimentando as ruas da orla. Basta apenas entrarmos em contato com nossas consciências e percebermos que o verdadeiro prazer está nas coisas simples.
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