Semana movimentada na grande mídia.
Rede Globo negociando com o presidente Michel Temer a cobertura da mais nova obsessão do temeroso governante, a reforma previdenciária.
Trabalho de máfia, diga-se de passagem.
Em seguida, foi divulgada a notícia que a belíssima Thaís Heredia, comentarista econômica da Globo News, havia sido demitida sem aviso.
Aparentemente, Thaís não era funcionária fixa e apenas fazia participação no programa Em Pauta, da emissora.
Thaís agradeceu os colegas no Twitter: "Família é para sempre! E a do #EmPauta é assim! Foram 5 anos de Companhia & Poesia! Deixo o programa, mas não largo deles na vida! Aos meus seguidores, obrigada pelo carinho e torcida! #2018vemaí".
Por ironia, Thaís havia elogiado as medidas do governo Michel Temer.
Chegou a dizer que "desemprego é ruim, mas necessário" e fez comentários com a legenda da emissora anunciando "Recessão e desemprego derrubam inflação e devolvem poder de compra aos brasileiros".
A demissão rendeu piadas na Internet, por causa dos comentários de Thais.
Mas o enxugamento da Globo News e de outros veículos das Organizações Globo traz rumores sobre a crise da corporação dos irmãos Marinho, que estaria em processo de falência.
A mídia alternativa comenta a respeito, mas oficialmente a Globo não divulgou oficialmente esta condição.
Pelo contrário: tenta fazer crer que o enxugamento de pessoal faz parte de um processo de "reestruturação" e "modernização" da empresa, evitando "excesso" e "sobreposição" de funções.
Então tá.
Mas, ao menos, uma demissão foi como se livrasse de um anel que apertou os dedos.
William Waack, tido como americanófilo e ex-apresentador do Jornal da Globo, teve rescisão de contrato com a emissora.
Ele repercutiu negativamente com um vídeo no qual dizia que "buzinar é coisa de preto".
Waack já está sendo sondado pelo SBT, cada vez mais mofado e reacionário.
Poderá ser aproveitado para o SBT Notícias e repartir bancada com Rachel Sheherazade, com quem talvez possa "trocar umas ideias".
WILLIAM BONNER DANDO UMA DE YOUTUBER NO JORNAL NACIONAL.
Mas a Globo já tem um William para chamar de seu, o apresentador e editor-chefe do Jornal Nacional, William Bonner.
Cada vez mais transformado em show e cheio de ótimas "notícias" sobre o governo Temer, o JN, se não fosse a constante ausência de Bonner devido a sua vida pessoal, bem que poderia se chamar William Bonner Show.
Ele virou o showman do telejornal, com seu carisma indiscutível.
Eu, pessoalmente, sinto simpatia por ele, descontando o papel ideológico que ele desempenha como profissional da Globo.
Já escrevi que Bonner tem mais simplicidade e despretensão que o chefe de jornalismo da TV Bandeirantes, Fernando Mitre.
Mitre parece sonhar em fazer "Revolução Francesa" com o jornalismo, um produto que chegou a ser a obsessão do grupo Bandeirantes, sobretudo o departamento esportivo.
Se, por exemplo, o canal de TV paga Arte 1, de cultura sofisticada, tivesse sido lançado em 2000-2001, sua programação teria sido interrompida por campeonatos de futebol.
Você quer ver um filme numa tarde de domingo e lá vai um jogo com o Corinthians ocupando o horário que deveria ser para uma exibição de um longa-metragem.
A rádio de rock gaúcha Ipanema FM, hoje extinta, tinha sua programação interrompida por transmissões de futebol, nessa época.
E a permuta da Editora Escala com o Grupo Bandeirantes fazia com que anúncios de transmissão esportiva na Band FM estivessem em tudo quanto era revista, sem verificar o tipo de público.
Era uma falta de respeito com aquele que não vê futebol como tudo na vida, invadindo revistas ou veículos de rádio e TV sem relação com o mundo da bola.
Voltando a William Bonner, o jeito animador dele é até mais oxigenado, de certa forma, do que um Sílvio Santos que se revelou inflexível com o terreno do Teatro Oficina.
O antigo animador que, em 1961, lançou o game show Vamos Brincar com Forca? ultimamente anda extremamente conservador, bastante sintonizado com o governo Temer.
Bonner também está, mas fora do JN ele chega a fugir um pouco de questões ideológicas e mostrar a leveza de sua vida pessoal.
E isso principalmente quando ele e sua ex-esposa, Fátima Bernardes, já arrumaram outros pares amorosos e têm três filhos já crescidos.
Pode ser que o Jornal Nacional esteja decadente, como um programa supostamente comprometido com a informação e a transmissão das principais notícias do dia.
Mas temos que admitir o carisma de William Bonner que, se tem o lado negativo de representar os interesses de um grupo midiático conservador, tem o ponto positivo de ser uma pessoa simpática e jovial.
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