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A CHACINA DA ROCINHA, AS CRÍTICAS AO STF, OS ATAQUES A LULA E OS SÉMENS IMPORTADOS


A semana anda muito delicada para o país.

As elites parecem estar com raiva e querer sempre um desfecho a seu favor.

A inesperada decisão, no último dia 22, do Supremo Tribunal Federal de proibir a prisão do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva até 04 de abril, causou indignação na plutocracia.

Com a decisão, perdeu o sentido o que haveria hoje, com o TRF-4 dando seu parecer sobre o pedido de habeas corpus ao ex-presidente.

A decisão pode não ter sido exatamente a salvação de Lula, mas facilitou os esforços de seus defensores e juristas que zelam pela Constituição Federal.

Eles lutam contra a aprovação da prisão em segunda instância, e lembram do princípio constitucional da presunção de inocência, garantida a todo cidadão.

A mídia hegemônica entendeu a decisão do STF como "covardia". E olha que o STF não é um primor de progressismo jurídico.

Pelo menos, seus "heróis" Alexandre de Moraes, Luís Fux e Carmen Lúcia, presidente do órgão, votaram contra a liminar que pediu o habeas corpus.

O conservadorismo social e político dos últimos anos também atua para hostilizar Lula, na sua caravana pelo Sul do Brasil.

Agora em Santa Catarina, Estado onde nasci - sou de Florianópolis - , a caravana teve um ônibus apedrejado na sua passagem por São Miguel do Oeste, no interior catarinense.

Ovos e vários objetos foram atirados. Manifestantes faziam ameaças com paus. Havia vaias e desaforos, além da "tradicional" xingação contra Lula, chamado de "ladrão".

Os policiais, em vez de reprimirem a manifestação, riram como se estivessem se divertindo, conforme relatou o deputado do PT, Paulo Pimenta, ao portal Brasil 247.

O fascismo anda atuante no Sul do país. É muito triste e preocupante tudo isso.

É um Brasil que parece estar promovendo seu "higienismo" social, de diversas maneiras.

Há dois dias, um tiroteio na favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro, deixou oito mortos.

A Polícia Militar alega que os mortos teriam envolvimento com o tráfico de drogas.

No entanto, familiares afirmam que as vítimas não tinham antecedentes criminais.

Atos assim chamaram a atenção das entidades de direitos humanos, que denunciam que o abuso das ações policiais, incluindo os tiroteios "acidentais", seriam um meio de "faxina étnica" no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro.

Junta-se a isso a ênfase do "popular demais", sobretudo no "funk", na imagem caricatural da mulher solteira, praticamente "aconselhando" as moças pobres a não se casarem.

Rádios bombardeiam canções sobre solteirice, alternando canções sobre brigas amorosas que massacram os inconscientes das moças pobres, "desaconselhadas" até a namorar homens de sua afinidade.

De "brinde", a imprensa policialesca explora uma imagem sórdida do homem pobre, procurando introduzir nas mentes das moças pobres o celibato forçado.

Além disso, em sociedades pobres onde a novidade LGBT não é ainda esclarecida e é difundida paralelamente, nas comunidades pobres, aos conceitos homofóbicos das seitas evangélicas, a liberdade sexual, distorcida, passa a ser uma armadilha.

Daí que a distorção, via "popular demais" (o "popular" trazido pela mídia hegemônica), da causa LGBT, faz com que ela seja mais um mecanismo para evitar a geração de filhos negros e mestiços, nas classes pobres, do que uma opção amorosa ou sexual.

A causa LGBT é válida na classe média que compreende tal opção e suas razões, mas no caso dos pobres manipulados pela "cultura" popularesca, é uma novidade ainda muito estranha.

No contexto popularesco, a serviço de uma mídia oligárquica, a "liberdade" da solteirice ou da homoafetividade são formas distorcidas de uma liberdade que, descontextualizada, pode soar como uma imposição motivada por razões estranhas.

É a engenharia "eugenística" brasileira.

A população pobre, majoritariamente negra, índia ou mestiça, é "dizimada" pela violência sob diversos aspectos.

Até mesmo os programas policialescos, exibidos à luz do dia, diante de crianças, glamourizam a violência de tal forma que até os próprios pobres são induzidos a resolver brigas a bala ou facão.

O "ufanismo das favelas" também faz dessas moradias improvisadas "campos de concentração" onde os pobres são "eliminados" aos poucos, para não despertar desconfiança.

Completando o "serviço", o establishment tenta dar às moças pobres a ideia de que "homem não presta", obrigando o celibato e evitando, assim, que elas se tornem mães.

A liberdade amorosa é distorcida, como a democracia é distorcida na política da plutocracia.

E, se por um lado, a solteirice é "recomendada" para a população pobre, as elites já investem na importação de sémens estrangeiros, que produziriam filhos com etnias europeias.

Esses sémens são guardados em clínicas estadunidenses e estão sendo cada vez mais solicitados por brasileiros ricos, por conterem "informações confiáveis" sobre quem os produziu.

É um processo "embranquecedor" comparável ao da imigração europeia patrocinada pela república brasileira, há cem anos.

Há uma intenção de "higienizar" a sociedade brasileira num contexto em que as elites continuam cobrando a prisão de Lula.

É um clima preocupante, e mostra o quanto é calamitoso o cenário político em que hoje vivemos.

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