Pular para o conteúdo principal

DIREITA ANTI-PETISTA É BURRA QUANDO QUER LULA FORA DA CORRIDA DE 2018


A direita anti-petista, e principalmente anti-Lula, é burra e estúpida.

Ela é a primeira a admitir a força do ex-presidente Lula e pede sua prisão porque tem medo de enfrentá-lo.

Ela ignora que poderia muito bem ter derrotado Dilma Rousseff de maneira limpa, sem esse jogo sujo do impeachment e das patéticas passeatas dos "patos amarelos" ou "coxinhas".

Agem por completa idiotice e querem rasgar a Constituição Federal.

Se os anti-petistas fossem realmente equilibrados, aceitariam a concorrência de Lula e a liberdade do ex-presidente, condenado por um Judiciário faccioso por meras boatarias sem provas consistentes, relacionadas ao triplex do Guarujá.

Aécio Neves e José Serra continuam praticando corrupção e tiveram processos arquivados.

Lula está sob risco de ser preso, quando muito numa prisão domiciliar, por ser idoso e ter tido histórico de grave doença, no caso o câncer.

Tirar Lula da campanha presidencial de 2018 irá comprometer o Direito Constitucional, a democracia e a legalidade e tornará a corrida eleitoral bem menos competitiva.

Fora alguns esquerdistas corajosos, a maioria dos candidatos será apenas de continuadores mais brandos do projeto político de Michel Temer.

Com Lula na corrida, até os mais conservadores teriam que mudar seu programa de governo para atrair o eleitorado.

Aí é que estaria a graça, se os anti-petistas tivessem um pouco mais de prudência e não raciocinarem com o umbigo.

O anti-petistas têm direito de se oporem a Lula e discordarem de seu projeto de governo.

Poderiam naturalmente encará-lo nas urnas e tentar ser melhores do que ele. A democracia lhes garante esse direito, que os anti-petistas se recusam a fazer de maneira prudente e equilibrada.

A Constituição Federal garante que se façam críticas e se manifeste até repúdio ao petista.

Mas não da forma caluniosa, truculenta e odiosa que se faz contra ele nos últimos anos.

Ou arrombando as portas do Direito, querendo que Lula seja condenado antes de esgotados os recursos jurídicos de defesa, garantidos pela Constituição de 1988.

Não. Esse jogo sujo contra Lula deixa seus opositores em situação ridícula e estúpida.

E mostra o quanto os opositores de Lula são medíocres, porque eles têm toda a oportunidade para dizerem que são melhores que o petista.

Embora isso seja discutível, mesmo assim os anti-petistas têm todo o direito democrático de dizer que o projeto de Lula não tem validade e que suas propostas não fazem seu gênero.

É o jogo da democracia, e os anti-petistas perdem a chance de se destacarem de maneira honrada e respeitosa.

Raciocinam com o umbigo e agem com os neurônios, em muitos casos demonstrando apenas mera truculência, arrogância e até mesmo imprudência.

Se comportam como se fossem trogloditas teimosos, sua única "cláusula pétrea" são suas opiniões ridículas, rancorosas e vingativas, além de intolerantes.

Afinal, eles agem com estupidez e burrice e ainda acham que estão com a razão em tudo. Se acham donos e senhores absolutos de uma verdade que não sabem direito do que se trata.

Perdem a chance de respirar, parar para pensar e agir com calma e prudência, pensando duas vezes antes de despejar um comentário agressivo que acaba, depois, soando como uma gafe imperdoável.

Isso porque a vida mostra que o valentão de hoje será o "pagador de mico" de amanhã, isso quando não contrair consequências piores com seu excesso de valentia e ser traído pelos seus próprios impulsos.

Tem valentão nas mídias sociais que acha que pode fazer o que quer: organiza sessões de cyberbullying em massa, cria blogues caluniosos, vai para a cidade onde mora o desafeto para ameaçar.

Só que, sem saber, o valentão acaba sofrendo risco de ser vítima de atentado, diante de sua truculência ostentação. Até os milicianos o confundem com um concorrente e podem eliminá-lo até à luz do dia diante de multidões, porque nada têm a perder.

Se fossem mais equilibrados e prudentes e tivessem uma capacidade argumentativa menos hidrófoba, os anti-petistas poderiam mesmo ter condições para derrotar Lula.

Evidentemente, estariam sempre abaixo da força progressista do antigo líder operário, mas ainda assim é direito de um anti-petista buscar uma chance nas urnas.

Se a direita anti-petista tivesse sido mais prudente, eles teriam agido para eleger Aécio Neves tentando mostrar qualidades positivas. Pode ser duvidoso, vendo o perfil sombrio do senador mineiro, mas mesmo assim a Constituição garante esse direito.

Não teria havido golpe político, nem o UFC de toga que o Judiciário faz contra membros do PT.

Tudo poderia ser resolvido dentro da normalidade institucional, e não pela insegurança jurídica que se observa hoje.

É por isso que o ódio a Lula só o fortalece nas pesquisas. E acaba enfraquecendo os anti-petistas, que são vistos como uma horda temperamental e desordeira.

Daí que, se Lula for preso, a vitória dos anti-petistas será sempre uma vitória de Pirro.

Como foi no pós-impeachment, no qual o cenário do governo Michel Temer se mostrou um cenário de desordens, nos quais os diversos protagonistas vivem em sérios desentendimentos.

E esses desentendimentos só continuarão quando o golpe político se consolidar nas urnas, pois a direita hidrófoba só raciocina com o umbigo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

BRASIL TÓXICO

O Brasil vive um momento tóxico, em que uma elite relativamente flexível, a elite do bom atraso - na verdade, a mesma elite do atraso ressignificada para o contexto "democrático" atual - , se acha dona de tudo, seja do mundo, da verdade, do povo pobre, do bom senso, do futuro, da espécie humana e até do dinheiro público para financiar seus trabalhos e liberar suas granas pessoais para a diversão. Controlando as narrativas que têm que ser aceitas como a "verdade indiscutível", pouco importando os fatos e a realidade, essa elite brasileira que se acha "a espécie humana por excelência", a "classe social mais legal do planeta", se diz "defensora da liberdade e do humanismo" mas age como se fosse radicalmente contra isso. Embora essa elite, hoje, se acha "tão democrática" que pretende reeleger Lula, de preferência, por dez vezes seguidas, pouco importando as restrições previstas pela Constituição Federal, sob o pretexto de que some

A GAFE MUNDIAL DE GUILHERME FIÚZA

Há praticamente dez anos morreu Bussunda, um dos mais talentosos humoristas do país. Mas seu biógrafo, Guilherme Fiúza, passou a atrair as gargalhadas que antes eram dadas ao falecido membro do Casseta & Planeta. Fiúza é membro-fundador do Instituto Millenium, junto com Pedro Bial, Rodrigo Constantino, Gustavo Franco e companhia. Gustavo Franco, com sua pinta de falso nerd (a turma do "cervejão-ão-ão" iria adorar), é uma espécie de "padrinho" de Guilherme Fiúza. O valente Fiúza foi namorado da socialite Narcisa Tamborindeguy, que foi mulher de um empresário do grupo Gerdau, Caco Gerdau Johannpeter. Não por acaso, o grupo Gerdau patrocina o Instituto Millenium. Guilherme Fiúza escreveu um texto na sua coluna da revista Época em que lançou uma tese debiloide. A de que o New York Times é um jornal patrocinado pelo PT. Nossa, que imaginação possuem os reaças da nossa mídia, que põem seus cérebros a serviço de seus umbigos! Imagine, um jornal bas

ADORAÇÃO AO FUTEBOL É UM FENÔMENO CUJO MENOS BENEFICIADO É O TORCEDOR

Sabe-se que soa divertido, em muitos ambientes de trabalho, conversar sobre futebol, interagir até com o patrão, combinando um encontro em algum restaurante de rua ou algum bar bastante badalado para assistir a um dito "clássico" do futebol brasileiro durante a tarde de domingo. Sabe-se que isso agrega socialmente, distrai a população e o futebol se torna um assunto para se falar para quem vive de falta de assunto. Mas vamos combinar que o futebol, apesar desse clima de alegria, é um dos símbolos de paixões tóxicas que contaminam o Brasil, e cujo fanatismo supera até mesmo o fanatismo que já existe e se torna violento em países como Argentina, Inglaterra, França e Itália. Mesmo o Uruguai, que não costuma ter essa fama, contou com a "contribuição" violenta dos torcedores do Peñarol, que no Rio de Janeiro causaram confusão, vandalismo e saques, assustando os moradores. A toxicidade do futebol é tamanha que o esporte é uma verdadeira usina de super-ricos, com dirigente

POR QUE A GERAÇÃO NASCIDA NOS ANOS 1950 NO BRASIL É CONSIDERADA "PERDIDA"?

CRIANÇA NASCIDA NOS ANOS 1950 SE INTROMETENDO NA CONVERSA DOS PAIS. Lendo as notícias acerca do casal Bianca Rinaldi e Eduardo Menga, este com 70 anos, ou seja, nascido em 1954, e observando também os setentões com quem telefono no meu trabalho de telemarketing , meu atual emprego, fico refletindo sobre quem nasceu nos anos 1950 no Brasil. Da parte dos bem de vida, o empresário Eduardo Menga havia sido, há 20 anos, um daqueles "coroas" que apareciam na revista Caras junto a esposas lindas e mais jovens, a exemplo de outros como Almir Ghiaroni, Malcolm Montgomery, Walter Mundell e Roberto Justus. Eles eram os antigos "mauricinhos" dos anos 1970 que simbolizavam a "nata" dos que nasceram nos anos 1950 e que, nos tempos do "milagre brasileiro", eram instruídos a apenas correr atrás do "bom dinheiro", como a própria ditadura militar recomendava aos jovens da época: usar os estudos superiores apenas como meio de buscar um status profissional

"BALADA": UMA GÍRIA CAFONA QUE NÃO ACEITA SUA TRANSITORIEDADE

A gíria "balada" é, de longe, a pior de todas que foram criadas na língua portuguesa e que tem a aberrante condição de ter seu próprio esquema de marketing . É a gíria da Faria Lima, da Jovem Pan, de Luciano Huck, mas se impõe como a gíria do Terceiro Reich. É uma gíria arrogante, que não aceita o caráter transitório e grupal das gírias. Uma gíria voltada à dance music , a jovens riquinhos da Zona Sul paulistana e confinada nos anos 1990. Uma gíria cafona, portanto, que já deveria ter caído em desuso há mais de 20 anos e que é falada quase que cuspindo na cara de outrem. Para piorar, é uma gíria ligada ao consumo de drogas, pois "balada" se refere a um rodízio de ecstasy, a droga alucinógena da virada dos anos 1980 para os 1990. Ecstasy é uma pílula, ou seja, é a tal "bala" na linguagem coloquial da "gente bonita" de Pinheiros e Jardins que frequentava as festas noturnas da Zona Sul de São Paulo.  A gíria "balada", originalmente, era o

BRASIL TERRIVELMENTE DOENTE

EMÍLIO SURITA FAZENDO COMENTÁRIOS HOMOFÓBICOS E JOVENS GRITANDO E SE EMBRIAGANDO DE MADRUGADA, PERTURBANDO A VIZINHANÇA. A turma do boicote, que não suporta ver textos questionadores e, mesmo em relação a textos jornalísticos, espera que se conte, em vez de fatos verídicos, estórias da Cinderela - é sério, tem muita gente assim - , não aceita que nosso Brasil esteja em crise e ainda vem com esse papo de "primeiro a gente vira Primeiro Mundo, depois a gente conversa". Vemos que o nosso Brasil está muito doente. Depois da pandemia da Covid-19, temos agora a pandemia do egoísmo, com pessoas cheias de grana consumindo que em animais afoitos, e que, nos dois planos ideológicos, a direita reacionária e a esquerda festiva, há exemplos de pura sociopatia, péssimos exemplos que ofendem e constrangem quem pensa num país com um mínimo de dignidade humana possível. Dias atrás, o radialista e apresentador do programa Pânico da Jovem Pan, Emílio Surita, fez uma atrocidade, ao investir numa

A LUTA CONTRA A ESCALA 6X1

Devemos admitir que uma parcela das esquerdas identitárias, pelo menos da parte da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), se preocupa com as pautas trabalhistas, num contexto em que grande parte das chamadas "esquerdas médias" (nome que eu defino como esquerdismo mainstream ) passam pano no legado da "Ponte para o Futuro" de Michel Temer, restringindo a oposição ao golpe de 2016 a um derivado, o circo do "fascismo-pastelão" de Jair Bolsonaro. Os protestos contra a escala 6x1, que determina uma jornada de trabalho de seis dias por semana e um de descanso, ocorreram em várias capitais brasileiras, como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre, e tiveram uma repercussão dividida, mesmo dentro das esquerdas e da direita moderada. Os protestos foram realizados pelo Movimento Vida Além do Trabalho (VAT). A escala 6x1, junto ao salário 100% comissionado de profissões como corretor de imóveis - que transformam a remuneração em algo tão

DERROTA DAS ESQUERDAS É O GRITO DOS EXCLUÍDOS ABANDONADOS POR LULA

POPULAÇÃO DE RUA MOSTRA O LADO OBSCURO DO BRASIL QUE NÃO APARECE NA FESTA IDENTITÁRIA DO LULISMO. A derrota das esquerdas nas recentes eleições para prefeitos em todo o Brasil está sendo abastada pelas esquerdas médias, que agora tentam investir nos mesmos apelos de sempre, os "relatórios" que mostram supostos "recordes históricos" do governo Lula e, também, supostas pesquisas de opinião alegando 60% de aprovação do atual presidente da República. Por sorte, a burguesia de chinelos que apoia Lula tenta convencer, através de sua canastrice ideológica expressa nas redes sociais, de que, só porque tem dinheiro e conseguem lacrar na Internet, está sempre com a razão, e tudo que não corresponder à sua atrofiada visão de mundo não tem sentido. A realidade não importa, os fatos não têm valor, e a visão realista do cotidiano nas ruas vale muito menos do que as narrativas distorcidas compartilhadas nas redes sociais. Por isso, não faz sentido Lula ter 60% de aprovação conform

SUPERESTIMADO, MICHAEL JACKSON É ALVO DE 'FAKE NEWS' NO BRASIL

  O falecido cantor Michael Jackson é um ídolo superestimado no Brasil, quando sabemos que, no seu país de origem, o chamado "Rei do Pop" passou as últimas duas décadas de vida como subcelebridade, só sendo considerado "gênio" pelo viralatismo cultural vigente no nosso país. A supervalorização de Michael no Brasil - comparado, no plano humorístico, ao que se vê no seriado mexicano  Chaves  - chega aos níveis constrangedores de exaltar um repertório que, na verdade, é cheio de altos e baixos e nem de longe representou algo revolucionário ou transformador na música contemporânea. Na verdade, Michael foi um complexado que, por seus traumas familiares, teve vergonha de ser negro, injetando remédios que fragilizaram sua pele e seu organismo, daí ter abreviado sua vida em 2009. E forçou muito a barra em querer ser roqueiro, com resultados igualmente supervalorizados, mas que, observando com muita atenção, soam bastante medíocres, burocráticos e sem conhecimento de causa.

SOCIEDADE COMEÇA A SE PREOCUPAR COM A "SERVIDÃO DIGITAL" DOS ALUNOS

No último fim de semana, a professora e filósofa Marilena Chauí comparou o telefone celular a um objeto de servidão, fazendo um contundente comentário a respeito do vício das pessoas verem as redes sociais. Ela comparou a hiperconectividade a um mecanismo de controle, dentro de um processo perigoso de formação da subjetividade na era digital, marcada pela necessidade de "ser visto" pelos outros internautas, o que constantemente leva a frustrações que geram narcisismos, depressão e suicídios. A dependência do reconhecimento externo faz com que as redes sociais encontrem no Brasil um ambiente propício dessa servidão digital, que já ocorria desde os tempos do Orkut, em 2005, onde havia até mesmo os "tribunais de Internet", processos de humilhação de quem discorda do que "está na moda". Noto essa obsessão das pessoas em brincarem de serem famosas. Há uma paranoia de publicar coisas no Instagram. Eu tenho um perfil "clandestino" no Instagram, no qual