A INTEGRANTE DO BBB 15, ALINE GOTHSALG.
O Big Brother Brasil está decadente, perdendo audiência e cartaz. Mas a grande mídia tenta reverter a situação, tentando abafar a crise do BBB (pelo menos a tempo de renovar mais uma temporada e empurrá-la goela abaixo no próximo ano) e criando uma verdadeira indústria de matérias pagas tentando transformar seus integrantes em "famosos" de qualquer jeito.
Tendo encerrado a edição 15 do programa, na semana passada, o que se viu nas páginas de celebridades brasileiras foi uma enxurrada de notas sobre essas subcelebridades, com direito até ao "celibato" das integrantes Aline Gothsalg e Amanda Djehdian, que devem vir com namoros-relâmpagos num país em que as melhores mulheres "carregam casamento" com empresários e profissionais liberais.
E haja presença dos "brothers" e "sisters" em eventos de axé-music, "pagode romântico" e "sertanejo", ritmos cada vez mais decadentes, mas tomados de uma assustadora megalomania, de um estarrecedor complexo de superioridade, recentemente realimentado pela polêmica com o cantor Ed Motta.
Comparando os portais de celebridades daqui e dos EUA, como, por exemplo, O Fuxico e Just Jared, dá para ver uma grande diferença. Lá fora, se falava do fim do seriado Mad Men e do início da nova temporada de Game of Thrones, e aqui se falava do fim do Big Brother Brasil 15 - não seria melhor criarmos passeatas pedindo "Fora BBB!"? - e da exaltação de suas "celebridades".
Mesmo quando a festa de encerramento do BBB 15 contava apenas com a participação da Mulher Maçã e alguns chefões do jogo-do-bicho carioca, a mídia de celebridades no Brasil não se intimidou e resolveu capitalizar em uma enxurrada de matérias pagas sobre as nulidades dos que participaram da competição.
Dá dó ver as páginas sobre famosos no Brasil. Aqui o pessoal fica brincando de tecnologia, como caipiras que acabaram de ver um disco voador no céu. A moda virou um tal de dubmash, um aplicativo que faz a pessoa ter voz de outro, como em dublagem. totalmente sem graça.
Também é constrangedor ver algumas "boazudas" fazendo poses sem graça de pé, nos seus quartos, com biquíni e celular na mão para se autofotografarem. Recentemente, Veridiana Freitas foi vista com uma dessas poses, em pé se contemplando no celular. Poses insossas e um tanto bregas, embora a mídia atribua alguma "sensualidade".
Francamente, Maisie Williams com roupa de menino nas antigas temporadas de Game of Thrones, seduz muito mais. Se bem que, na vida real, a intérprete da Arya Stark surpreende, e muuuiiiiitooooo, na capacidade de seduzir. Alguém viu suas coreografias durante as apresentações de seu grupo de dança? E, não bastasse isso, Maisie é uma gatona e muito, muito feminina e graciosa.
Cerca de 60% do que os portais de celebridades no Brasil publicam é de subcelebridades. Gente que não tem o que dizer, que não tem o que fazer, mas que quer aparecer a vida toda, que não dá para alguém não arrancar os cabelos quando, de repente, morre um José Wilker.
Para piorar, a polêmica de Ed Motta ainda fez ferver os egos megalomaníacos dos fãs de "pagode, axé e sertanejo" cujos ídolos musicais demoram 20 anos para ter alguma noção de suas carreiras e, mesmo assim, só parasitam a MPB com pastiches e arremedos que causariam vergonha a quem tem um mínimo de neurônios em perfeito funcionamento.
A mídia brasileira é muito provinciana. Dá pena. Deslumbramento tecnológico, espetáculo brega-popularesco, valorização de nulidades. Brasil ainda bairrista, que acha que vai comandar o mundo assim, com uma cultura deficitária e problemática e uma realidade ainda muito acomodada.
O Big Brother Brasil está decadente, perdendo audiência e cartaz. Mas a grande mídia tenta reverter a situação, tentando abafar a crise do BBB (pelo menos a tempo de renovar mais uma temporada e empurrá-la goela abaixo no próximo ano) e criando uma verdadeira indústria de matérias pagas tentando transformar seus integrantes em "famosos" de qualquer jeito.
Tendo encerrado a edição 15 do programa, na semana passada, o que se viu nas páginas de celebridades brasileiras foi uma enxurrada de notas sobre essas subcelebridades, com direito até ao "celibato" das integrantes Aline Gothsalg e Amanda Djehdian, que devem vir com namoros-relâmpagos num país em que as melhores mulheres "carregam casamento" com empresários e profissionais liberais.
E haja presença dos "brothers" e "sisters" em eventos de axé-music, "pagode romântico" e "sertanejo", ritmos cada vez mais decadentes, mas tomados de uma assustadora megalomania, de um estarrecedor complexo de superioridade, recentemente realimentado pela polêmica com o cantor Ed Motta.
Comparando os portais de celebridades daqui e dos EUA, como, por exemplo, O Fuxico e Just Jared, dá para ver uma grande diferença. Lá fora, se falava do fim do seriado Mad Men e do início da nova temporada de Game of Thrones, e aqui se falava do fim do Big Brother Brasil 15 - não seria melhor criarmos passeatas pedindo "Fora BBB!"? - e da exaltação de suas "celebridades".
Mesmo quando a festa de encerramento do BBB 15 contava apenas com a participação da Mulher Maçã e alguns chefões do jogo-do-bicho carioca, a mídia de celebridades no Brasil não se intimidou e resolveu capitalizar em uma enxurrada de matérias pagas sobre as nulidades dos que participaram da competição.
Dá dó ver as páginas sobre famosos no Brasil. Aqui o pessoal fica brincando de tecnologia, como caipiras que acabaram de ver um disco voador no céu. A moda virou um tal de dubmash, um aplicativo que faz a pessoa ter voz de outro, como em dublagem. totalmente sem graça.
Também é constrangedor ver algumas "boazudas" fazendo poses sem graça de pé, nos seus quartos, com biquíni e celular na mão para se autofotografarem. Recentemente, Veridiana Freitas foi vista com uma dessas poses, em pé se contemplando no celular. Poses insossas e um tanto bregas, embora a mídia atribua alguma "sensualidade".
Francamente, Maisie Williams com roupa de menino nas antigas temporadas de Game of Thrones, seduz muito mais. Se bem que, na vida real, a intérprete da Arya Stark surpreende, e muuuiiiiitooooo, na capacidade de seduzir. Alguém viu suas coreografias durante as apresentações de seu grupo de dança? E, não bastasse isso, Maisie é uma gatona e muito, muito feminina e graciosa.
Cerca de 60% do que os portais de celebridades no Brasil publicam é de subcelebridades. Gente que não tem o que dizer, que não tem o que fazer, mas que quer aparecer a vida toda, que não dá para alguém não arrancar os cabelos quando, de repente, morre um José Wilker.
Para piorar, a polêmica de Ed Motta ainda fez ferver os egos megalomaníacos dos fãs de "pagode, axé e sertanejo" cujos ídolos musicais demoram 20 anos para ter alguma noção de suas carreiras e, mesmo assim, só parasitam a MPB com pastiches e arremedos que causariam vergonha a quem tem um mínimo de neurônios em perfeito funcionamento.
A mídia brasileira é muito provinciana. Dá pena. Deslumbramento tecnológico, espetáculo brega-popularesco, valorização de nulidades. Brasil ainda bairrista, que acha que vai comandar o mundo assim, com uma cultura deficitária e problemática e uma realidade ainda muito acomodada.
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