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PRECISAMOS DE UMA CARA NOVA NA CORRIDA PRESIDENCIAL

COMO PRESIDENTE, LULA, HOJE, MAIS PARECE UM MISTO DE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO COM JOSÉ SARNEY, DOIS POLÍTICOS DAS ANTIGAS.
 
Democracia não tem dono e o Brasil precisa andar com os pés no chão, e não voar pelas nuvens. O governo de contos de fadas de Lula,vque se diz “candidatíssimo” para 2026, só serve mesmo para a classe média abastada e para o “pobre de novela” que compõem o “Clube de Assinantes VIP do Lulismo”.

A situação é desafiadora. A de desejarmos um sangue novo para a corrida presidencial quando toda a burguesia e o establishment político estão com Lula. A necessidade de um político novo para enfrentar um político das antigas e, por sinal, idoso, é uma urgência para evitar o carreirismo político que Lula representa com o PT agora rebaixado a um puxadinho do MDB. Lula, hoje, mais parece um misto de FHC com Sarney.

Lula põe o trem-bala na frente dos bois e não está preocupado com a verdadeira reconstrução do Brasil, pois prefere colocar a festa antes do trabalho. Ele está mais preocupado com a sua consagração política, se achando o menino mimado da História, como se o destino tivesse que fazer todas as suas vontades.

Não podemos deixar que essa reeleição ocorra. Devemos pensar num candidato novo com um senso estratégico de conquistar a opinião pública e trazer um programa de governo que, se não for excepcional, pelo menos faça alguma coisa para o Brasil, com medidas concretas e não relatórios.

A questão também é que o novo candidato faça parte de uma multidão de concorrentes que furassem as bolhas da polarização. Precisamos de uma corrida presidencial mais competitiva, em vez do velho vício polarizante de Lula achar que só compete com Bolsonaro (ou alguém similar a ele) e o resto é desprezível como um monte de birutas de postos de gasolina.

Queremos realidade, não sonho. Queremos melhoria e não grandiloquência. Devemos levar para as urnas a queda de popularidade de Lula e demonstrar que democracia não tem dono. É inadmissível haver uma “democracia de um homem só”, em que o presidente decide sozinho e ao povo cabe apenas brincar, dançar e festejar.

Lula representa o velho na política. Queremos algo novo, uma renovação, com frieza cirúrgica para reconstruir o país. Não queremos espetáculo, mas trabalho. Não queremos fantasia, mas fatos. Daí ser necessário haver mais concorrência, mostrar que a democracia não pode ser o patrimônio de um único indivíduo.

Que venham os novos candidatos a disputar a renovação política que vai combater a polarização entre Lula e Bolsonaro.

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