A RELIGIOSIDADE É UM DOS APELOS DA PROPAGANDA DE LULA PARA CATIVAR SEU ELEITORADO, VISANDO A REELEIÇÃO. AQUI, LULA E JANJA REZAM NA BASÍLICA DE NOSSA SENHORA DE NAZARÉ, EM BELÉM, A POUCOS DIAS DA COP30.
Segundo informações publicadas no UOL, o governo Lula aumentou as verbas da Secretaria de Comunicação em R$ 116 milhões, superando o valor de R$ 600 milhões ao atingir R$ 875 milhões este ano. As verbas são destinadas para a propaganda formal do governo, embora também seja propaganda o passeio de Lula e sua Janja no Pará, dias antes do evento ambiental COP30.
Vivemos numa sociedade hipermidiática e hipermercantil. Ou seja, o Brasil, em matéria sociocultural, está subserviente a interesses comerciais, embora haja a mentira descarada de que tudo flui como se fosse o ar que respiramos. Mas lembremos que esse “ar puro” vem dos grandes escritórios da Faria Lima, fiquemos espertos.
Lula cometeu sérios erros no mandato em que ele prometeu não errar. E isso é tão certo que até agora o bolsonarismo não se sentiu intimidado, mesmo com a decadência e as chances de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. E Lula preferiu fazer do terceiro mandato um mero trampolim para o quarto, o que é um erro mais grave.
Idoso, pouco importando se tem saúde ou não, Lula tinha a obrigação de não perder tempo no seu terceiro mandato. A política externa deveria ter sido adiada por um ano, pois a primeira coisa que ele deveria era desfazer todo o legado maligno de Michel Temer, não de Jair Bolsonaro, pois este apenas foi o garçom do cardápio montado pelo temeroso governante.
Isso incluiu melhorar de verdade os empregos, não só em quantidade como em qualidade, desfazendo uma cultura de falsa meritocracia e de clientelismo que contaminam o mercado de trabalho. Significa Lula não só investir, mas acompanhar pessoalmente a industrialização, as atividades científicas, a Educação pública, não o acompanhamento pessoal ao pé da letra, é claro, mas monitorando seu progresso estando dentro do Brasil.
Mesmo assim, era necessário que Lula mantivesse o apetite técnico para resolver os problemas do nosso país. Eu acreditava nisso até 2020, depois de ouvir Lula expressando lucidez nas ideias durante as entrevistas na prisão. Depois disso, me decepcionei quando Lula trocou o trabalho pela festa, como o presidente que se celebra por si mesmo. Desisti de votar nele.
Tudo virou propaganda, promoção, marketing, simulacros. Lula explorando a emotividade de seus eleitores, seja na religião, nas cúpulas internacionais, nos eventos festivos. As únicas realizações do governo foram e são mornas, coisa que qualquer fisiologista de segunda categoria do MDB faria. Lula apenas se destacou pelo espetáculo de oratória, pelas gafes, pelas frases de efeito com ideias previsíveis.
Durante a fase em que as supostas pesquisas de opinião apontaram queda de popularidade do presidente, até nisso Lula teve que recorrer à propaganda, como se o marketing do governo pudesse se sobrepor à realidade dos fatos. É como se a verdade fosse um patrimônio exclusivo de Lula e a realidade vivida pelo.povo pobre da vida real não fizesse sentido. O que vale, para a narrativa lulista, é o que Lula diz ou pensa. Os fatos concretos não têm importância.
Infelizmente, o lulismo passou a viver no Planeta Marketing, como se palavras, números, gráficos, rituais, cerimônias e estereótipos substituíssem vivências. Até quando medidas do governo são lançadas, há uma plotagem com pessoas ilustrando o cenário, como verdadeiros ganchos publicitários. Tudo é lindo e maravilhoso dentro do âmbito da Comunicação, das narrativas fáceis e das desculpas elaboradas.
O problema é que todo esse parque de diversões da linguagem está fora da realidade e, como se bastasse, a realidade do povo brasileiro tem que se submeter às narrativas dos gabinetes do governo Lula. Ou seja, os fatos viraram reféns da propaganda governamental e isso não é bom.
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