Tirar o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva da corrida presidencial de 2018 faria a campanha se tornar mais competitiva, certo?
Errado. Sem Lula, a corrida não será competitiva. Com Lula, será.
Mas o desavisado perguntará: "Como será competitiva se Lula, considerado favorito nas pesquisas, ganhará de bandeja a campanha?".
Explica-se. Lula tem um projeto de governo considerado o melhor para a maioria dos brasileiros.
É um líder popular com firmeza e muito jogo de cintura para conduzir o governo em favor das classes populares, combinando desenvolvimento econômico e inclusão social.
Isso força os rivais a adotarem um programa de governo próximo do que Lula propõe aos brasileiros.
Os concorrentes de Lula terão que aperfeiçoar suas propostas, se distanciar da sombra de Michel Temer e buscar também defender a inclusão social.
Os demais candidatos terão que virar arremedos do próprio Lula para levar vantagem nas urnas.
Mesmo os mais direitistas terão que ceder, prometendo, ao menos, "reduzir" os excessos das reformas trazidas pelo governo Temer.
Sem Lula na corrida, isso não haverá necessidade.
Os candidatos poderão até se manter na sombra de Temer, embora seja preciso conter os excessos de seu programa de governo, deixar a "Ponte para o Futuro" menos pinguela.
Mas o discurso será morno, pois a ausência de um candidato como Lula fará com que a campanha de 2018 seja a competição entre medianos.
Sem Lula, a campanha será menos competitiva, porque quem se destacará será um candidato neoliberal, que será apenas uma versão light de Michel Temer, com poucos acenos sociais.
Um candidato "meio-meio", entreguista de riquezas nacionais aos estrangeiros, mas com bom-mocismo para "minimizar" os estragos das temerosas reformas.
Portanto, a corrida presidencial só será mais competitiva com Lula, porque forçará os candidatos a criarem propostas mais arrojadas para tentar vencer o candidato em vantagem.
Sem ele, tudo fica na mesma e o que se verá, sob o risível rótulo do "novo", serão políticos medianos com pouco diferencial para superar os tempos temerosos que hoje vivemos.
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