Hoje é o dia do julgamento do ex-presidente Lula pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre.
O julgamento corresponde a um recurso à sentença do juiz paranaense Sérgio Moro, que em primeira instância condenou Lula a nove anos e meio de prisão por causa do caso do triplex do Guarujá.
Há uma expectativa de como os três desembargadores da 8ª turma do TRF-4, Leandro Paulsen, Vítor Laus e João Pedro Gebran Neto (este acusado de representar interesses de Moro) irão votar no fim do julgamento.
A expectativa varia entre o placar de 2 a 1 (dois pela condenação) e 3 a 0 (todos pela condenação), as tendências mais prováveis.
Mas isso causa apreensão em dois lados, esquerdas e direitas, ou melhor, as forças progressistas e as forças conservadoras.
Aparentemente, tudo pode acontecer.
Há a hipótese de, mesmo sendo Lula condenado em segunda instância, ele possa mesmo assim concorrer às eleições.
Há, tanto no caso da absolvição quanto da condenação, possibilidades, garantidas por lei, de recursos jurídicos contestando a referida sentença.
Se Lula for absolvido, o Ministério Público Federal recorre dentro do TRF-4.
Se Lula for condenado, quem recorre é o advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin Martins, bastante exemplar na defesa e no cumprimento dos procedimentos jurídicos legais.
Hoje tanto grupos solidários quanto hostis a Lula estão em Porto Alegre.
Não se sabe o que vai acontecer. Os manifestantes pró-Lula prometem uma manifestação pacífica, cuja prévia foi ontem, com o discurso de Lula na capital gaúcha.
Mas grupos como o Movimento Brasil Livre (ou melhor, Movimento Me Livre do Brasil), capazes de empastelar eventos de artes plásticas, podem agir com violência e vandalismo.
Em todo caso, o dia será de tensão ou apreensão. Será um dia difícil para o Brasil.
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