COMERCIAL DA MARCA SEMP TOSHIBA DE 1994 SUGERIA INCITAÇÃO AO FEMINICÍDIO.
O Estado do Rio de Janeiro promulgou, há dois dias, a Lei 7.835, que impõe alto valor em multas para propagandas machistas.
As multas se darão a propagandas que incluíssem conteúdo misógino ou sexista, ou que estimulassem agressão ou violência sexual.
Me lembro de um comercial da marca Semp Toshiba de 1994, que chegou a passar nos intervalos do Jornal Nacional.
Na peça publicitária, disponível no YouTube, aparecem várias pessoas numa fila de cinema.
De repente, na saída de uma sala, sai um menino saltitante, no primeiro plano da imagem, no lado inferior esquerdo.
O menino sai logo gritando, peralta: "A mocinha morre no final, a mocinha morre no final! Quem matou foi o marido, quem matou foi o marido!".
Embora fosse uma descrição, o comercial, só por essas frases, sugerem incitação ao feminicídio, induzindo ao estímulo à violência contra a mulher.
Na época, em escrevi cartas para a imprensa pedindo a retirada do comercial.
Felizmente, ele deixou de passar, ao menos, no Jornal Nacional.
O que fiquei pasmo é que, no endereço do YouTube, não houve um comentário alertando sobre isso.
Havia uns midiotas dizendo que o vídeo era apenas "um clássico".
Eu escrevi que a mensagem da propaganda fazia uma "sutil apologia ao feminicídio".
Afinal, a lógica do público médio que vê Jornal Nacional e encara um comercial desses é ver que os filmes de cinema terminam com "final feliz".
Ver que o feminicídio é visto como "final feliz", na alegre gritaria do menino, é assustador.
Sim, porque qualquer pretexto que venha sugerir apologia ao feminicídio impulsiona os valentões a eliminarem suas mulheres.
Se sem um comercial desses há estímulo de sobra para essa truculência, essa guerra civil unilateral no qual só um lado sai vitorioso, imagine com ele.
Não se pode definir um comercial desses como "clássico", mesmo diante da mania dos midiotas em dizer que até picolé de chuchu de dois anos atrás é clássico.
Se fosse veiculado hoje, o comercial da Semp Toshiba teria sido alvo de grande multa.
A Lei 7.835 prevê que propagandas desse tipo sejam multadas em valores de R$ 33 mil e R$ 658 mil, e, em casos reincidentes, até R$ 1,3 milhão.
Já existe um projeto similar em caráter nacional, que está sendo discutido por uma comissão na Câmara dos Deputados, que recebeu a proposta em 2016.
Em tempos em que se discute a ação masculina de assédio sexual ou estupro, essa proposta de reprimir a publicidade machista é muito bem vinda e oportuna.
O Estado do Rio de Janeiro promulgou, há dois dias, a Lei 7.835, que impõe alto valor em multas para propagandas machistas.
As multas se darão a propagandas que incluíssem conteúdo misógino ou sexista, ou que estimulassem agressão ou violência sexual.
Me lembro de um comercial da marca Semp Toshiba de 1994, que chegou a passar nos intervalos do Jornal Nacional.
Na peça publicitária, disponível no YouTube, aparecem várias pessoas numa fila de cinema.
De repente, na saída de uma sala, sai um menino saltitante, no primeiro plano da imagem, no lado inferior esquerdo.
O menino sai logo gritando, peralta: "A mocinha morre no final, a mocinha morre no final! Quem matou foi o marido, quem matou foi o marido!".
Embora fosse uma descrição, o comercial, só por essas frases, sugerem incitação ao feminicídio, induzindo ao estímulo à violência contra a mulher.
Na época, em escrevi cartas para a imprensa pedindo a retirada do comercial.
Felizmente, ele deixou de passar, ao menos, no Jornal Nacional.
O que fiquei pasmo é que, no endereço do YouTube, não houve um comentário alertando sobre isso.
Havia uns midiotas dizendo que o vídeo era apenas "um clássico".
Eu escrevi que a mensagem da propaganda fazia uma "sutil apologia ao feminicídio".
Afinal, a lógica do público médio que vê Jornal Nacional e encara um comercial desses é ver que os filmes de cinema terminam com "final feliz".
Ver que o feminicídio é visto como "final feliz", na alegre gritaria do menino, é assustador.
Sim, porque qualquer pretexto que venha sugerir apologia ao feminicídio impulsiona os valentões a eliminarem suas mulheres.
Se sem um comercial desses há estímulo de sobra para essa truculência, essa guerra civil unilateral no qual só um lado sai vitorioso, imagine com ele.
Não se pode definir um comercial desses como "clássico", mesmo diante da mania dos midiotas em dizer que até picolé de chuchu de dois anos atrás é clássico.
Se fosse veiculado hoje, o comercial da Semp Toshiba teria sido alvo de grande multa.
A Lei 7.835 prevê que propagandas desse tipo sejam multadas em valores de R$ 33 mil e R$ 658 mil, e, em casos reincidentes, até R$ 1,3 milhão.
Já existe um projeto similar em caráter nacional, que está sendo discutido por uma comissão na Câmara dos Deputados, que recebeu a proposta em 2016.
Em tempos em que se discute a ação masculina de assédio sexual ou estupro, essa proposta de reprimir a publicidade machista é muito bem vinda e oportuna.
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